Capítulo treze

380 46 22
                                    

Azriel ~

     Rhysand só poderia estar de brincadeira com a minha cara. Não era possível que ele estivesse pedindo aquilo. E pior ainda era Feyre ao lado dele.

— Iremos realizar o encontro com os Grão-Senhores na Corte Crepuscular e vou precisar que nesse meio tempo vocês investiguem o desaparecimento de um dos nossos espiões — Feyre anuncia com o semblante solene e a postura ereta ao lado de Rhysand em seu escritório.

Eu já tinha tentando entrar na Corte Outonal, mas descobri que aquele lugar está simplesmente enfeitiçado com algo maligno. Uma proteção muito forte cercava aquela corte.

— Eu não sou espião. Não tenho porque ir até lá — Lucien cruzou os braços fortes na altura do peito.

Mantenho meu rosto sombrio e indiferente, mas por dentro estou fervendo de ódio. Meu ódio tem nome: Lucien.

Fodido ruivo.

— Sabemos que quem tem sangue da Corte Outonal consegue entrar e sair do território, por isso você é a pessoa certa para acompanhar Azriel — explica Rhysand, fazendo uma torre com as mãos enquanto descansa o queixo sobre elas.

Lucien revira os olhos e solta um suspiro de derrota. Ele me olha de canto de olho e preciso controlar todo meu ódio para não socá-lo.

— Lucien. Cassian está na sala te esperando para escolher as armas e vestir um roupa mais adequada — Feyre oferece olhando para as roupas elegantes e esnobes de Lucien.

Ele assente e sai da sala com a fêmea. Quando vou desaparecer em sombras, Rhysand me chama.

— Por favor, não invente de matar Lucien pelo caminho. Precisamos dele...

Estreito meus olhos sentindo raiva do meu irmão. O motivo não sei, mas estou irritado faz muito tempo, especificamente há cinco décadas.

— Não vou fazer nada, só se ele tentar algo — afirmo não encarando Rhys.

Minutos depois piso no ringue após me vestir para sair em missão, entro mais precisamente na sala de armas. Lucien está de costas para mim e vestindo o couro illyriano.

Uma trança vermelha enorme serpenteia suas costas caindo até a cintura. Meus olhos encontram aquela bunda marcada pelo couro, preciso morder a bochecha para me punir por ter ficado excitado.

Ele está com um braço em volta da cintura e a outra mão embaixo do queixo como um pensador focado, enquanto escolhe as armas.

Cassian mostra-lhe várias adagas, espadas e uma faca de caça. Lucien escolhe uma adaga e pede para ficar com arco e flecha; a arma mais estúpida do nosso arsenal.

— Você vai precisar de um casaco de pele por naquela região ser fronteira com a Corte Invernal — informa Cassian, observando Lucien prender a adaga e pegar uma bolsa com suprimentos.

Um sorriso de comedor de merda se abre no rosto daquele ruivo. É a primeira vez que vejo aquele sarcasmo surgir depois de muito tempo.

— Eu sou um macho quente — ele zomba fazendo uma ceninha estúpida mostrando fogo nos dedos. — Posso aquecer uma sala inteira.

Eu não perco aquela cantada. Ele está ali flertando com meu irmão que de forma alheia solta uma gargalhada não sabendo o quanto Lucien é pervertido.

— Estou começando a gostar de você, foguinho — Cassian bate no ombro de Lucien.

Aquilo é o suficiente para mim. Entro na sala fazendo barulho com meus sapatos grossos, porque diferente do senhor bola de fogo, posso sentir frio.

Corte de Desejos Sombrios | luriel (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora