Capítulo nove

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Lucien ~

    Fazia dois dias que Azriel havia aparecido na minha cabana. Foi também a última vez que tivemos aquele beijo devastador e que ele gozou na minha boca.

Eu seria um mentiroso se dissesse que não senti falta da sua presença caótica. Azriel tinha uma aura sombria e uma inocência cativante.

Sabia que ele era um macho violento que havia presenciando coisas terríveis, no entanto, quando ele estava ali exposto e com a expressão mais suave do que nunca, ele parecera tão inocente...

E eu era um diabo. Meu pai me disse isso quando matou meu amante na minha frente por eu me envolver com inferiores e me deitar com machos, aquilo não era absurdo para Prythian, de forma geral... mas, para cortes tradicionalistas como a nossa era algo ridicularizado.

Nunca me importei com isso porque eu gostava de me divertir e estar com quem eu queria. Agora sentado em meu sofá, fiquei pensando na forma que Azriel gemia gostoso enquanto era chupado.

Meu pau ficou duro quase arrebentando o fecho da minha calça. Aquele pau enorme e grosso enterrado dentro de mim seria minha perdição.

Giro os olhos só de lembrar do macho sentado no mesmo lugar que eu em toda a sua glória me fazendo prometer não estar com outros machos.

Será que ele ficaria com outras pessoas?

Ele parecia ser tão possessivo, e eu também era. Se ele ousasse foder com algum macho ou fêmea, ele receberia o troco.

Olho por olho. Dente por dente.

Levanto do sofá indo até meu quarto para preparar minhas malas antes de ir embora. Preciso retornar para a Corte Primaveril com certa urgência.

Deixei Tamlin muito tempo sozinho com seus pensamentos após aqueles dias péssimos na Corte Estival. O lugar não era problema, mas sim as pessoas da minha corte e de outras que insistiam em se aliar ao inimigo.

Depois que organizei as minhas coisas, tomo um longo banho de banheira e visto uma calça confortável de tecido cinza-escuro.

Começo a fazer uma janta simples para mim. Aquele tempo na cabana sendo apenas eu e a natureza foi um belo tempo para relaxar.

Uma batida na porta chama minha atenção quando termino de servir meu prato. Franzindo o cenho, pego minha faca de caça de cima do balcão que está perto da porta.

Inalo o ar tentando sentir a presença de quem está na porta nesse horário. Por mais que o lugar seja protegido, sempre terá o risco de alguém ter descoberto o meu esconderijo.

Quando abro a porta pronto para atacar quem seja, uma mão se ergue para bater novamente.

Azriel está na parado na porta com roupas escuras casuais e uma garrafa de vinho apoiado no braço musculoso. A tensão some do meu corpo enquanto eu relaxo e abro mais a porta para ele.

— Desde quando você bate na porta? — pergunto, quando ele passa por mim e entra na cabana.

Fecho a porta e solto a faca novamente no lugar. O cheiro dele invade meus sentidos me deixando muito alerta sobre a presença dele.

Um sorriso divertido se abre nos meus lábios notando a tensão que ele exala. Azriel não diz nada quando solta a garrafa na bancada da cozinha.

Acompanho o movimento das coxas dele e a forma que a bunda fica deslumbrante em qualquer calça ou couro que ele vista.

Ele se vira para mim e cruza os braços encostando o quadril na bancada da cozinha.

— Estou tentando ser educado. Nas últimas vezes eu já estava em cima de você — a voz grave sai de forma irônica.

Corte de Desejos Sombrios | luriel (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora