Capítulo cinco

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Azriel~

    Minutos depois, entrei na parte designada para os feéricos da Corte Primaveril. Todos estavam presentes no salão, até mesmo o Grão-Senhor da Primaveril.

Encontrei a porta do quarto de Lucien entreaberta, entro no quarto sem pensar nas consequências de estar invadindo o espaço de uma corte que não é a minha. Escuto o som de passos pesados perto da porta do banheiro.

O quarto era idêntico ao meu na outra ala, mas aqui tem o cheiro de Lucien. O macho sai do banheiro com uma toalha sobre o ombro.

Ele para no caminho quando me olha com os olhos arregalados, nos encaramos por uns segundos. Lucien parece pasmo por um momento, mas logo se recupera da surpresa.

— Ainda me espionando, mestre-espião? — ele pergunta, com um sorriso presunçoso.

Fico parado ainda olhando para ele. As sombras deslizam pelas minhas asas sussurrando uma série de coisas que não me importo em compreender.

— Vejo que já está indo embora. Até que fim, assim não seguirei mais ordens do meu Grão-Senhor.

Não sei porque respondi uma provocação dele. Normalmente eu não me importaria o suficiente em abrir a boca, no entanto, aquele macho me tirava do sério.

— Vai sentir minha falta? — Lucien provocou terminando de enxugar o rosto, e soltando a toalha em uma cadeira.

Ele começa a se aproximar de mim. E eu fico imóvel o encarando de cima como se ele não estivesse me afetando. As luzes feéricas acesas no quarto dão um aspecto de meia luz; um tom amarelado no ambiente.

— Já não disse para você parar de falar besteiras? — revidei, cruzando os braços.

Lucien me analisa de cima a baixo. E ergue uma sobrancelha ao aproximar o rosto do meu. Meus olhos caem para os lábios do macho. Nem mesmo me mexo com aquela proximidade, já estou tenso o suficiente quando o cheiro dele me envolve.

— Você me olha com desejo. Veio até meu quarto — ele riu, divertido. — Diga-me, mestre-espião, o que você quer? — o macho ronronou.

Os olhos castanho-avermelhados mergulharam nos meus, como se buscassem uma explicação. Não sei o motivo que me fez dar o primeiro passo. Depois eu me arrependeria disso, eu sei disso... mas, descruzo os braços e puxo a gola da túnica azul-escura dele na minha direção. Lucien nem mesmo me empurra quando agarro o pescoço dele.

— Quero saber como é seu gosto — rosno inclinando a cabeça para baixo, colando meus lábios nos do macho.

No primeiro momento volto a razão, arregalando os olhos com o que eu havia feito.

Estou beijando um macho. Um macho inimigo ainda por cima. Na ala do rival de Rhysand.

Lucien se aproxima de mim, soltando um gemido e buscando minha boca com a dele. Eu fecho os olhos perdendo a batalha quando sinto o gosto dele.

Nossas línguas se tocam, e eu perco todo o controle quando meu corpo se arrepia por inteiro com a sensação do toque dele. O gosto dele. Meu corpo estremece da cabeça aos pés, e o meu pau vira uma pedra na calça.

Eu estava beijando um macho, e estava gostando. Lucien passa os braços em volta do meu pescoço, puxando-me para ele enquanto nossas línguas duelam novamente.

Ainda com uma mão no pescoço dele, coloco a outra na nunca segurando ele no lugar. Solto um grunhido quando Lucien suga a minha língua com força, e morde o canto da minha boca.

— É gostoso não é? — ele murmura com uma voz rouca. — Sentir a língua de uma macho.

Ele nem me dá a chance de responder, antes de lamber meus lábios e mergulhar a língua na minha boca, aprofundando o beijo. Nossos peitos se encostam enquanto nos beijávamos. Único som no quarto era das nossas bocas se devorando naquela noite.

Corte de Desejos Sombrios | luriel (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora