13- CAOS

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Vendo que eles estavam próximos, resolvo fazer uma proposta.
— Vocês podem ir para o quarto de hóspedes, aproveitem, enquanto isso vou resolver umas coisas.
— Mas nós combinamos de comer juntas e...—disse Vi.
— Vi já já nós comemos. VAI...—falei.
— Bem...se ele quiser eu vou.—Vi.
— Aonde é o quarto?—Thyago.
— Passando a cozinha.—falei.
— Beleza, valeu Serena, se precisar de algo me avisa.—Thyago.
— Não precisa agradecer.
Entrei no quarto e tranquei a porta, abro a outra gaveta da cômoda e vejo que o envelope deixado por Ícaro não estava lá, senti falta do livro de Marvin também, meu descontrole começou a surgir.
Em cada canto do quarto, na roupa que eu usava, junto as pistas pego meu notebook, ligo e recebo uma notificação no e-mail, uma mensagem recebida.
“ O vampiro está por trás de tudo, ele está indo bem, estará um passo a frente, a caça foi liberada.
Te darei outra chance, ainda pode escapar...”
Essa maldita mensagem, passo para um papel, procuro novamente o livro e o envelope.
Intrigada eu ligo para Andrew, infelizmente ele não atende. Me arrumo pois irei voltar para a boate. Para não atrapalhar Vi e Thyago eu deixo um bilhete na cozinha informando minha saída.
Aproveito e ligo para Marvin, ele atendeu, eu pedi para que me encontrasse na boate, ele confirmou sua presença, ligo o carro e vou ao encontro dele, em uma rua próximo a boate vejo uma moto sair do nada, começa a me seguir, eu acelero o máximo que posso, pela persistência compreendo, era a droga de um caçador, a moto ultrapassou e fecha o caminho, vejo ele parado, acelero mais em direção a ele, vejo o caçador apontar a arma na minha direção, freio o carro e desço com as mãos para cima.
O caçador desce da moto e se aproxima, começo a rir quando reconheci ele, era Luka.
— Você tá maluca?
— Deveria ter atirado. Por que não fez?
— Serena cadê o dono do carro?
—  O nome dele é Andrew.
— É...eu sei...aonde ele está?—Luka.
— Não sei, ele me deu de presente o carro, ele era seu? O Andrew te roubou?
— Não...mas...
— Mas o que Luka?—questiono.
— Nada não, deixa pra lá...foi mal, preciso ir.
Dou risada e ele parou me encarando.
— Vocês se intitulam como caçadores mas vivem fugindo...
— Qual foi Serena, já viu a gente em ação né?—Luka.
— Já sim, são tão covardes ao ponto de por seres da mesma raça para se matar porque não querem sujar as mãos.
Ele caminhou até a moto e quando subiu disse:
— Esse cara tá mudando você princesa.
— Quem sabe eu me torne igual a ele.—falei.
— Quem sabe dessa vez eu não pense antes de disparar.
— Pode ser que assim você seja corajoso o suficiente...
Entrei no carro e saí com tudo passando por ele, na porta da boate Marvin e um caçador já estavam à minha espera, desci do carro, Marvin se aproxima dizendo:
— Serena esse é Atos meu novo recrutado.
— Satisfação em conhecer, vamos entrar temos muito o que conversar.
— Como se sente?
— Com ódio.
Abri a porta e acendi todas as luzes, no bar estavam todas as bebidas, Marvin senta próximo ao balcão.
— Marcou esse encontro para beber?
— Claro, eu não preciso me preocupar com mais nada né?
— Calma Serena.
— Calma? Te contei que seu soldadinho o Luka apontou uma arma pra mim.
— Creio que foi pelo carro.
— Tanto faz.
— O que te aflige?
— Tudo isso! Eu queria ser livre e nem saber da existência de vocês.
— Se liberte dele Serena.
Peguei uma garrafa de gin e sentei de frente pra ele.
— Marvin eu achei as outras pistas mas aconteceu algo...
— O que?
Olhei para Atos e ele saiu para dar uma volta.
— O envelope que Ícaro deixou pra mim e o livro sumiram da minha casa.
— Tem certeza disso?
— Sim, procurei em tudo.
— Bem vamos analisar com calma e...
O telefone tocou e Marvin atende.
— Mandem parar a caça, eu vou resolver isso.
Ele desligou, me encarou e pediu uma dose de martini, eu servi, e questionei.
— Problemas?
— Seu namorado fugiu.
— Na verdade acho que ele foi ver a namorada dele.
— Namorada?
— É... Eu falei que ele não tinha nada comigo.
— Mas você tinha as rosas...
— E o que isso tem haver?
— Isso é um simbolismo de relação entre o vampiro e o doador.
— Sei...
— Serena você não entende por...
— Porque eu sou humana, bla, bla, bla...
— Você não leva a sério...
— O fato de ser humana não diminui minha importância, aonde vocês querem chegar?
— Encontrar o assassino da minha filha!
— E o que eu tenho haver?
— Serena...
Me levantei e abri a porta para ele sair.
— Sem respostas, sem ajuda.
— Calma...eu explico.—Marvin.
— Vou fazer uma ligação.
Fechei a porta e o cara que trabalhava para Marvin entrou, peguei o celular e liguei para Andrew e ele atendeu:
— Oi gata... Antes de falar algo eu acho que devemos ficar longe um do outro.
— Você está sendo caçado.
— O que?
— Tem alguém te observando, devem estar de olho em você, tentando jogar a culpa sobre a morte da filha do Marvin.
— To indo aí, não faça nada.
— Você tá maluco! Eu quase tomei um tiro só por estar no seu carro.
— Já já chego aí.
— Andrew, vai ficar aí.
— Ta, vou esperar a ligação.—desligou.
Era pior ainda a sensação de saber que ele corria perigo, ou eu estaria correndo perigo? Como posso fazer para sair disso, será que Marvin tem alguma informação...?
Tantas dúvidas...
Volto decidida, sento e pego mais uma dose de gin.
— Marvin tenho uma proposta.
— Pode falar.
— Eu irei para minha casa, vou procurar mais uma vez as coisas, depois entro em contato com você.
— Claro eu aguardo, mas não temos muito tempo.
Nos despedimos, enquanto eu organizava as coisas, Vi ligou.
— Oi Vi desculpa amiga.
— Honey relaxa, eu trouxe o Thyago pra minha casa, podemos conversar amanhã?
— Claro, quero detalhes.
— Se for acompanhado de um café...
— Fechado, beijos te amo.
— Também te amo amore.

1- Sua MarcaOnde histórias criam vida. Descubra agora