Capítulo um: Sanji, o cozinheiro vendido!

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Mordo o meu lábio inferior, me sentindo extremamente envergonhado ao ter que dar uma voltinha, me "mostrando" para aqueles velhos pervertidos. Engulo em seco, sentindo meu corpo tremer ao ver que os lances estão cada vez mais altos, que apareciam mais e mais velhos lixos dando lances altíssimos, e que provavelmente eu viraria uma puta de algum daqueles nojentos, sem liberdade.

Olho para minha irmã, que estava aos prantos, seus cabelos rosas caindo por seus olhos enquanto ela soluçava. Reiju se desespera ao ver o último lance ser dado, o mais alto e consequentemente o vencedor daquele leilão idiota. Respiro fundo tentando não chorar com aquilo, olho para a pessoa que deu aquele tanto de dinheiro somente para me ter, fico surpreso ao ver alguém jovem, de cabelos verdes e terno apertado, dando um vislumbre de seus muitos músculos. Não dava para ver seu rosto, já que ele estava usando óculos escuro e máscara.

Ichiji vem ao meu encontro, me segurando com brutalidade e me empurrando até a sala separada para que eu espere meu novo dono. Ele zomba de mim, se divertindo totalmente com a situação em que estou.

Meu "pai" biológico me colocou a venda, após contrair uma dívida muito grande com uma yonkou ( uma pessoa muito poderosa na política) e para não ser morto, pediu alguns dias para conseguir ganhar o dinheiro, e decidiu que me venderia, ele armou todo esse circo e agora estou aqui, esperando o cara que vai ser o meu dono.

Reiju vem correndo em minha direção, lágrimas grossas descendo por seu rosto enquanto ela me abraça apertado. Faço carinho em seus cabelos e me mantenho em silêncio enquanto ela me agarra, como se não quisesse que ninguém me tirasse dela. Niji vem para perto, com um sorriso de pura zombaria, reiju se levanta de meus braços, os punhos cerrados, ela olha para ele com fúria nos olhos antes de socar a cara dele com força.

— Se nossa mãe estivesse viva, ela te odiaria! — Ela grita, e acho que pela primeira vez na vida vejo niji surpreso. — Como você pode rir com tudo isso? Nosso pai está vendendo nosso irmão! Você é idiota? Claro que é, seu estupido de merda! Seu pedaço de merda azul!

Niji parece triste por um milésimo de segundo, antes de ficar com raiva. Puxo Reiju para mim antes que ele levante a mão para ela, e quando ele está prestes a bater em meu rosto, a pessoa misteriosa que me comprou segura a mão dele, apertando com força. O grandalhão parece sério, agora sem a máscara e os óculos eu posso admirar o quão bonito é,  todo grandão, cheio de músculos e o rosto é simplesmente perfeito.

"Se ele quiser me foder, eu não tenho problema com isso."

Fico envergonhado depois que esse pensamento passa pela minha cabeça, isso é uma coisa estúpida de se pensar, aquele marimo nunca ficaria interessado em mim, fora toda a situação de venda.

— Não toque no que não é seu, vinsmoke. — A voz dele arrepia meu corpo inteiro, olho para seu rosto e depois para sua mão, que ainda está apertando o pulso do meu irmão. — Não gosto que toquem no que me pertence, isso inclue o cara.

Meu irmão engole em seco, acenando para o cabeça de grama. Ele finalmente solta niji, que sai andando meio trêmulo, segurando o pulso. Logo meu irmão some dali, sobrando somente eu, Reiju e ele.

— Como você se chama? — Ele pergunta, me encarando nos olhos.

— S-sanji. — Engulo em seco, sentindo minhas mãos tremerem em nervosismo.

— Me chamo Roronoa Zoro. — Ele me analisa de cima a baixo, parecendo interessado em algo. — Se despeça de sua irmã, estarei te esperando lá fora.

Sem me deixar responder, ele simplesmente sai. Olho para Reiju que está completamente angustiada, respiro fundo e seguro suas mãos.

— Eu ficarei bem, ok? — Ela começa a negar, mas não há o que ser feito; eu tenho que ir com Zoro. — Não entre em problemas, eu irei me virar.

Espadachim e o CozinheiroOnde histórias criam vida. Descubra agora