POSSESSÃO - DEAN

647 28 2
                                    

MAYA

Acordei e Dean não estava no quarto.
Estranhei, já que ele nunca acorda tão cedo. Principalmente porque passei a noite fazendo pesquisas sobre os casos recentes, para decidir o próximo lugar que podemos ir, e ele ficou acordado para me fazer companhia.
Sam também não estava em sua cama.

Estranho...

Fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e troquei de roupa.
O dia estava ensolarado, então eu com certeza podería fazer uma caminhada. Iria caminhar ouvindo as fitas sobre os casos criminais ocorridos em estados próximos, para tentar identificar algo fora do normal.

Saí do banheiro e Dean estava observando a mesa com as páginas que escrevi especificando criaturas mitológicas e meus estudos sobre demonologia.

- Bom dia, meu amor. -sorri, o abraçando por trás- Que milagre! Acordou antes de mim, hoje... Onde está o Sam?
- Não sei... Foi em algum lugar. Daqui a pouco está de volta.

- Eu quería comer panquecas... Estou com fome. O que acha? Vamos passar em algum lugar para comer?
- Você que sabe.
- Pensei que iria sugerir um hambúrguer, como sempre.
- Posso fazer suas vontades, hoje. É seu dia de sorte. Vamos comer panquecas. -ele se virou para mim, com um sorriso estranho e pupilas dilatadas. Pude jurar sentir um pavor me percorrer.

O estranhei.
- Você está bem?
- Melhor impossível, minha linda.

(...)

Estávamos no restaurante, comendo panquecas. E ele comia com tanto gosto que eu o achava fora do normal.
- Você tem certeza de que está bem?
- Claro.
- Entre panquecas e um hambúrguer, você escolheu panquecas, Dean.
- Mudança de hábitos. -ele deu de ombros.

Tem algo de errado.

- Está bem, né...

Depois de um tempo, ele decidiu ir ao banheiro.
Voltou como se nada tivesse acontecido e depois disse que iria pegar algo no carro.

- Gente! Tem um cara morto no banheiro! -um homem anunciou, apavorado, e o restante das pessoas se desesperou.

(...)

A polícia foi acionada e saímos de lá antes que pudessem nos reconhecer.
Olhei no banco de trás e haviam manchas de sangue.
Suspirei, mantendo a calma.

- O que houve lá?
- Ah... Um homem morto no banheiro.
- Acha que é um dos nossos casos?
- Não. Teríamos notado algo de diferente. -menti- Deve ter sido um assassinato qualquer... Podemos deixar nas mãos da polícia.

Embora eu tivesse certeza de que sim, e de que havia sido ele que fez isso, permaneci quieta.

Eu sei muito bem o que está diferente.
Esse ao meu lado não é Dean Winchester.

(...)

Ele estava mais uma vez analisando meus papéis com anotações sobre demonologia em cima da mesa, desde que chegamos. Parecia curioso.

O que será que ele fez com Sam?
Aonde está Sam?

Eu devia ter percebido assim que o vi. Se não tivéssemos saído, ele não teria matado um homem aleatório no banheiro do restaurante...

Me aproximei dele, parando ao seu lado.
O frasco de água benta estava em minhas mãos.
- O que houve com você? - questionei.

Ele sequer respondeu, apenas me encarou com olhos frios. Agora estavam escuros, parecia possuído. Ele sorriu, macabro e travesso, fazendo um biquinho logo em seguida.
- Descobriu meu segredinho...

𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧 // 𝙨𝙪𝙥𝙚𝙧𝙣𝙖𝙩𝙪𝙧𝙖𝙡Onde histórias criam vida. Descubra agora