𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧 // 𝙨𝙪𝙥𝙚𝙧𝙣𝙖𝙩𝙪𝙧𝙖𝙡

DESPEDIDA //2 - DEAN

↪ continuação do capítulo anterior: "DESPEDIDA"
 
DE VOLTA AO MUNDO DOS VIVOS!

MAYA

Se completavam exatos 4 meses da morte de Dean.
Eu o vi ser estraçalhado por um cão do inferno.

Sam não quis, em hipótese alguma, queimar o corpo.
Disse que Dean precisaria de um corpo para quando descobrisse como voltar.
Porém, particularmente, acho isso meio impossível.

Eu andava tão desanimada.
Acabei não acompanhando mais Sam em seus casos, mal saio de casa. Aluguei um apartamento e fico o dia todo lendo ou dormindo.
Apenas aceitei que tem um demônio chamado Lilith á solta e que ela provavelmente vai acabar com o mundo.

Eu já não tinha mais muita energia para nada.
Mas o lado bom é que evoluí bastante na bruxaria, acabei de lotar mais um grimório, com muitos feitiços, conjuros e magias novas.

Meu novo passatempo é estudar bruxaria através dos livros.
Claro que de vez em quando (raramente), acabo saindo de casa para ir ao cinema assistir filmes de terror ou comer hambúrguer. E rock é meu novo estilo musical preferido. Ouço um pouquinho todo dia, me faz sentir como se Dean estivesse perto.

Ultimamente tenho tido sonhos com ele, bem perturbados.
Eu o vejo queimar, o ouço gritar. E acordo apavorada.
Acho que não consigo parar de lembrar que ele foi para o inferno, e isso acaba se manifestando em sonhos.

Soltei o livro quando o celular tocou.
- Alô?
- Maya?
- Sim? Quem é?
- Maya, sou eu!
- Sua voz parece...

Não é possível.

- Sou eu! É o Dean!
- Não, não, não! Eu acho que estou louca.
- Sou eu!
- Puta que me pariu! Ou eu estou muito louca e preciso de um psiquiatra, ou eu realmente estou ouvindo a voz do...
- Maya!

Desliguei o celular.

Ah, eu estou ficando louca. Primeiro, sonho com ele me pedindo socorro. Depois, o celular toca e eu ouço a voz dele? Caralho! Eu vou marcar um psiquiatra urgente!

O celular tocou de novo e atendi.
- Maya! Sou eu!
- Olha, isso não tem graça!
- É o Dean, eu juro!
- Não é!
- Minha linda!
- Você é um Crocotta. Estou te avisando, se me ligar de novo, eu te caço. Não brinque com a morte do Dean.

(...)

Tomei um belo banho, lavei o cabelo, vesti meu macacão quentinho e me joguei no sofá, com o novo grimório nas mãos.

Ótimo, hora de revisar os feitiços novos.

Coloquei um rock para tocar em um volume não muito alto, e fui aos estudos.
Eu estava com o colar de Dean e meu amuleto no pescoço.

Passei um bom tempo treinando a pronúncia dos feitiços e conjuros em latim.

Senti uma sensação estranha, e tinha certeza de que tinha alguém atrás de mim.
Me acomodei no sofá, peguei a faca escondida entre as almofadas e a lancei na direção certa.

- Ui! -Dean resmungou, desviando da faca, que ficou cravada na parede- Caramba! Ótima mira, meu amorzinho.

O olhei desconfiada, me aproximando devagar.
- Quem é você?
- Como assim quem sou eu? Seu quase namorado, meu amor. Só falta a aliança. Aliás, que bom que me ouviu e está escutando rock. É cultura.

- Sai de perto de mim. -peguei outra faca.
- Opa! Calma aí! Maya, sou eu!

- Não. Como você assumiu o corpo dele?
- Maya, sou eu! Eu juro! Sou eu, tá legal? Sou o Dean.