COLAR QUEBRADO - DEAN

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MAYA

Dean entrou pela porta.
- Acredite, é melhor sair. -pedi.

- Por quê? -ele questionou, com dúvida.
- Porque um demônio conseguiu me possuir, e eu não sei se vou conseguir aguentar por muito mais tempo.

- Como é que é?
- Não consigo me mexer. To tentando aguentar, chame o Sam e saiam agora.

- Sair? Ficou louca? E você?
- Fico aqui. Quando isso sair de mim, talvez eu possa encontrar vocês.

- Negativo. Vou te prender, agora.
- Então me exorciza.
- Negativo! Vamos te matar se fizermos isso.
- Eu não vou aguentar mais muito tempo! Rápido!

Ele fazia um círculo de sal ao meu redor, depois de me puxar até uma cadeira, mas antes que conseguisse terminar, perdi o controle do meu corpo.

O empurrei, e que força! Ele foi lançado contra a parede, batendo as costas.

Ele se levantou novamente, jogando um pouco de sal em meu rosto.
Senti minha pele queimar, e me afastei alguns passos, sorrindo.

- Acha que isso vai me impedir de matar você, Dean?
- Sai do corpo dela.
- Não estou afim. Gosto desse corpo. É forte, saudável, e eu estou linda.

- Como conseguiu possuir ela?
- A queridinha esqueceu o colar de proteção. -fiz biquinho- Sua vadia bobeou.
- Não a chame de vadia. VOCÊ é uma.
- Ah, me ofendendo, meu amor?

Ele veio para cima de mim novamente, com o sal em mãos.
Desviei de seu soco e o empurrei novamente.
- Como você é fraquinho...

- Vai embora.
- Não estou afim, Dean. Já disse.
- Eu vou te matar se ficar aqui.
- Ah, não vai, não. -dei risada- Se me matar, vai matar sua linda namorada também. Acho que você não quer isso, quer?

Ele correu em minha direção novamente, e o arremessei na parede.
Mas exagerei na força, ele acabou batendo a cabeça e ficando bem tonto.

Ele perdeu os sentidos por um momento e o amarrei na cadeira rapidamente.

Me sentei na cama, o observando e esperando que acordasse.
Depois de um tempo, ele recuperou a consciência.

- Ops... Exagerei. Acho que a pancada foi muito forte, meu amor.

Ele suspirou, derrotado.
- O que você quer?
- O quê eu quero? Hm... Nada demais. Só fazer sua namorada te torturar. Por um bom tempo. Com lâminas, com fogo, com tudo que eu tiver ao meu alcance. E depois te matar.

Ele enclinou a cabeça para trás, respirando com dificuldade. Eu o lancei tão forte contra a parede, que devo ter machucado suas costelas.

- E aí, eu vou sair do corpo dela. Ela vai ficar fraca por um bom tempo! E vai se lembrar de tudo que fiz enquanto estava no corpo dela. Que ela segurou a faca que cortou sua garganta... Que ela te matou.

Peguei a faca que estava em presa a minha bota.
Eu estava apavorada, mas não conseguia me controlar.
Era uma mera expectadora.

Abri seu casaco e levantei levemente sua camiseta, deixando seu abdômen exposto.
E cortei, não tão fundo.
Ele resmungou de dor.

- Sua...
- E aí ela vai perder o controle, porque deve ser muito triste perder um amor. Sam também. Imagino que deva ser muito triste perder um irmão também.  E eles vão se culpar muito. Porque você vai voltar para o inferno, Dean.

- Você pode me matar. Mas nunca vai parar eles. Está muito enganada se pensa que você e as criaturas repugnantes que você acompanha vão vencer essa guerra. Eu não me importo de morrer, desde que isso acabe e as pessoas importantes para mim sobrevivam. E você nunca vai conseguir matar eles.

𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧 // 𝙨𝙪𝙥𝙚𝙧𝙣𝙖𝙩𝙪𝙧𝙖𝙡Onde histórias criam vida. Descubra agora