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Depois de um banho (me apoiando nas paredes para não cair), Yuta e eu nos jogamos na cama para não nos levantarmos nunca mais. O quarto foi virado do avesso dessa vez, talvez eu tenha provocado demais o homem, agora terei de comprar outro abajur e passar no mínimo meia hora recolhendo a bagunça. O que posso fazer? Não imaginei que Yuta seria um bruto dessa vez, me prensando até contra as paredes. Sorte que a cama está inteira.

Eu, por outro lado...

–Fome... – Murmuro contra o travesseiro fofo. Chego a ter sono, meus membros viraram geleca. – Yuta...

–Hmmm? – Ele grunhe sem mover os lábios, esparramado ao meu lado feito uma boneca de pano. As marcas de minhas mordidas são escuras em sua pele branquinha, eu não tive dó nem piedade e não me arrependo nem um pouco de minhas escolhas, encaro cada marca orgulhosa.

–Comida?

O estômago dele ruge bem alto em resposta.

–Quero... – Seu corpo gira na cama para envolver o meu em um abraço preguiçoso. A pele dele é macia, lisa, mas os dedos traçando linhas imaginárias em meu ventre são meio ásperos e calejados, igualmente gratificantes. – Depois, pode ser?

–Quando você desmaiar de fome?

–Não consigo me levantar agora...

Nem eu. Já devem ser três da tarde no mínimo, tenho preguiça de pegar meu telefone e conferir, então confio em meus instintos e na luminosidade forte do Sol através de janela. Yuta encaixa um joelho entre minhas pernas e o rosto em meu pescoço, inspirando profundamente. O peso de seu corpo prensa o meu próprio contra o colchão e travesseiro, quase me sinto sufocada, mas não tenho vontade alguma de afastá-lo. Caio no sono umas duas vezes, sempre acordo assustada, ainda cansada.

E muita, mas muita fome.

–Yuta. – Bato em seu tronco. Ele me aberta contra o seu corpo e esconde mais o rosto em meus cabelos. – Pega meu telefone na cômoda, vai.

–Pra que...? Dorme comigo, vai... – Como ele dorme morto de fome desse jeito? Há um vazio doloroso em meu estômago, chega a arder. Ignoro o beijo preguiçoso que ele dá em minha nuca e belisco seu nariz. – Ai!

–Meu celular, anda! Vou pedir à Haruka algo para comermos.

Yuta solta um chiado mal-humorado, seu peito vibra em minhas costas e eu rio de sua preguiça. Esticando o braço, ele tateia a superfície de madeira da cômoda para depois me envolver novamente, entregando o aparelho diretamente em minhas mãos. Franzo o cenho para a luz da tela, e digito rapidamente uma mensagem para minha irmã; peço o máximo de comida possível e bebidas.

Ela não demora a responder; não duvido que esteja de plantão desde ontem, só a espera de uma oportunidade para destruir Yuta e garantir a dominância como a "Alfa Master" da casa.

Puppy Eyes, Okkotsu YutaOnde histórias criam vida. Descubra agora