♡'ೃ ↳"- Você age como uma sombra insistente em minha vida. Não posso imaginar com um Grão Senhor tão ocupado, consiga encontrar tempo para mim."
Desde sempre, bruxas não são criaturas bem vistas, uma bruxa sem um coração é pior ainda. Na Corte Prima...
Maireana sedifolia | Austrália do Sul e Território do Norte
Muito comum em desertos e ambientes salinos, este arbusto baixo alberga um fantástico ecossistemade tesouros quase ocultos: osgas, carriças, fungos e colónias de líquenes. Resistente à seca, tem uma folhagem perene cinzenta-prata que forma uma densa cobertura do solo, retardadora de fogo.
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A neve ainda soprava forte, a ventania arrancara o capuz sobre sua cabeça não uma, mas duas vezes, uma prova do quanto sua magia estava instável, incapaz de manter suas vestes intactas durante o caminhar.
Desde que acompanhou seu Grão-Senhor até o casebre da criatura mortal, não realizou tal feitiço novamente, havia uma ordem "não dita" sobre manter suas energias, poupar feitiços desnecessário e estar preparada, entretanto, a feiticeira vira aquilo como um mal necessário, e quando se isolou em seus aposentos e a barreira mágica a envolveu ninguém a impediu de partir. Ninguém poderia.
Havia outra vila nova muito distante da muralha, próxima aquela onde Feyre residia, um vilarejo praticamente abandonado, sustendo por uma padaria, uma taberna e um mercado quase falido, fora isso não passava de cem moradores com seus olhos aguçados de fome e línguas afiadas. Todos os mortais amaldiçoados.
Sacudiu as lapelas da capa negra e ajeitou o capuz, sua aparência mesmo oculta pelas sombras poderia atrair olhares indesejados, mas contando que seguisse sempre o mesmo caminho e não os olhasse mais de uma vez ela encontraria o que procurava... Quem poderia lhe atrair para aquele lugar imundo.
Atravessou o caminho enlameado, a neve a rodeado do e então empurrou a porca de madeira da residência em uma das ruas mais escuras.
O lugar era sujo, pelo conto do olho vou um rato se esconder num buraco na parede assim que bateu a porta, o crepitante da lareira continuava fulminante como de costume, as ondulações do fogo mantendo os olhos azuis fixados como um homem olhando um pêndulo.
A fascinação dela sobre pequenas coisas toda via trazia um encanto único, sentada sobre um tapete amarronzado, as pernas cruzadas e os olhos brilhantes, o cabelo loiro cumprido escorrendo por suas costas. Entretida como uma criança faria, mas ela era uma criança, a feiticeira relembrou.
━━ Você voltou cedo. ━━ sua voz arrastada não passou de um sussurro. ━━ Você nunca volta tão cedo. Ainda é você? ━━ os olhos azuis se voltaram para ela, estreitando, o lábio inferior se curvou numa careta de desgosto quando ela apenas respondeu:
━━ Ainda sou eu.
A criança soltou um suspiro frustrado e voltou a olhar para o fogo.
