- capítulo seis • caixa de espinhos

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Caixa de espinhos

Significado: Adolescência

Bursaria spinosa |  Austrália Oriental

Árvore pequena ou arbusto com casca cinzenta escura sulcada. Ramos lisos, mas com armações interiores espinhosas. As folhas, quando esmagadas, libertam uma fragrância a pinho. As flores são brancas, em forma de estrela e de aroma adocicado, e florescem no verão. Fornece néctar àsborboletas e constitui um abrigo seguro para pequenas aves. A sua intrigada arquitetura de espinhos é muito procurada por numerosas espécies de aranhas para a construção de teias.

Quando Feyre Archeron chegou ao jantar após mais de uma hora de molho na banheira, Selene não estava lá

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Quando Feyre Archeron chegou ao jantar após mais de uma hora de molho na banheira, Selene não estava lá. A cadeira, à beira de Tamlin estava vazia, e mesmo o objeto solitário adornada por ramos de ouro que se assemelhavam a espinhos e cristais que se moldavam como rosas, a áurea que pairava era sombria. Como se de alguma forma, ela estivesse lá.

Havia uma presença obscura sobre ela, uma coisa que se moldava como garras arranhando sobre a pele, ocultas apenas por uma beleza assombrosa.

"Beleza assombrosa" talvez nem fosse o termo correto, se tivesse alguma coisa para descrever Feyre teria pensando, mas ela não encontrou nada que chegasse a altura da dona dos olhos verdes mais brilhantes e sombrios que já viu, com um cabelo negro que descia como um rio de sombras que escondiam os pecados mais mortais. Aquele tom morto que ela viu, como a pele de Selene parecia tão pálida à luz da floresta, como se não fosse nada além de um fantasma, aquilo havia mexido alguma coisa dentro dela.

Um Suriel poderia ter sido pavoroso, mas como Selene moldou magia foi pior. Ela podia sentir o fedor antes mesmo de correr, sentiu todo seu corpo arrepiar e o coração disparou, e quando Selene a olhou uma última vez ela se parecia com uma criatura banhada em sombras, um demônio.

E quando voltou, se deparando com o chão enlameado de sangue, e destroços de osso e pele, tudo o que viu fora uma fêmea indefesa, sendo carregada nos braços de seu grão senhor.

Uma feiticeira. Ela corrigiu. Selene era uma feiticeira, Tamlin era seu Grão-Senhor.

Havia ouvido sobre aquilo antes, não tão explícito, mas na vila em que morava, antes da queda, ela ouviu histórias sobre feiticeiras, criaturas malignas que buscavam sangue e morte, e quando ligadas a um Grão-Senhor os fariam prosperar até mesmo sobre areia infértil. Era apavorante, a corte primaveril era esplêndida, e agora chegava a se perguntar se aquilo era devido a Selene, ou apenas Tamlin.

Feiticeiras aprisionadas, aquela fora outra parte da história que ouviu, uma na qual quase ninguém falava, sobre corações e segredos ocultos pelas sombras, alguma coisa que ela ouviu atrás de paredes a muito tempo e agora sua mente já não era tão certa de lhe confidenciar sobre aquilo.

CORTE DAS ILUSÕES - O CORAÇÃO DA BRUXA ; Rhysand Onde histórias criam vida. Descubra agora