Sinopse:
Wen Qian é um rapazinho que muito cedo tornou-se responsável por sua irmãzinha, Xiaobao, e por Wei Zhiyuan, um garotinho que encontrou abandonado na rua e que resolveu adotar, criando-o como se fosse seu próprio irmão. Vivendo uma vida de...
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Quando Wei Zhiyuan deixou Lao Xiong, já estava anoitecendo.
Ele caminhou pela estrada tranquila e deserta para encontrar o ponto de ônibus enquanto as luzes esparsas da rua arrastavam sua sombra por um longo caminho. Uma rajada de vento soprou as nuvens finas, revelando a luz das estrelas no céu e a vastidão do universo de repente fazia parecer que a terra era um lugar ainda mais silencioso.
Como o templo era uma atração turística, que não vendia ingressos após as 16h30 e como o horário de recepção era limitado, para economizar recursos, o intervalo entre os últimos ônibus para a cidade, após as 17h30 de cada dia, durava 45 minutos.
Na solitária rodoviária, Wei Zhiyuan era o único encostado no pilar da estação, esperando o ônibus com a cabeça baixa.
Talvez alguns lugares fossem realmente adequados para pensar, como a prisão, para conjectura de Weil para a hipótese de Riemann(1) , ou a árvore Bodhi do Buda Sakyamuni (2). No minúsculo jardim zen de Lao Xiong, a dor interior de Wei Zhiyuan, e o ressentimento malévolo ocasional se acalmaram lentamente depois de fluir e refluir.
A princípio, Wei Zhiyuan não pôde deixar de pensar em Wei Qian inúmeras vezes. Essa era a pessoa em quem ele pensava dia e noite. Ele até sentiu que poderia descrever cada fio de cabelo de Wei Qian.
Wei Zhiyuan não se reprimiu, ele cedeu ao seu desejo desenfreado de blasfemar contra aquela pessoa livremente em sua mente, pois era provável que em breve perderia o direito de sentir falta dele.
No entanto, à medida que o sol se punha no oeste e o calor diminuía gradualmente, o cheiro de sândalo emergia das rachaduras da velha moldura de madeira. Suas fortes emoções subiam e desciam e, finalmente, ele se acalmou, cansado. De alguma forma, Wei Zhiyuan de repente se lembrou de uma pessoa que morrera em uma câmara frigorífica.
Por muitos anos, Wei Zhiyuan nunca se arrependeu, nunca pensou que estivesse errado e, mesmo depois que o incidente passou, ele raramente pensava nisso.
Agora era difícil para ele recordar a imagem daquela pessoa, apenas seus sentimentos daquela época ainda estavam claramente impressos em seu coração. Wei Zhiyuan ainda se lembrava de que depois de saber que Wei Qian poderia nunca mais voltar, ele voltou sozinho da drogaria de Lao Xiong, colocou a bicicleta de lado e deitou-se no guidão frio, sentindo um leve cheiro de ferrugem nele.
Por que matar aquele homem?
Ódio?
Não... não até esse ponto. Afinal, aquela pessoa era apenas um covarde e não lhe causou nenhum dano real.
