Eu estava moído, cansado e machucado, mas não só pelos golpes, por tudo o que eu havia colocado para fora, por toda a realidade da minha vida miserável. Passei a noite toda ali, amarrado à coluna, lambendo minhas feridas. O que quer que ela havia colocado em mim, aumentava de tamanho periodicamente e doía sempre que isso acontecia. Quando o dia raiou, eu não havia conseguido pregar os olhos e continuei assim a manhã toda. Acho que transformei tudo o que eu estava sentindo em ódio e guardei bem fundo na minha mente. Nunca mais tive esses rompantes, nunca mais me apeguei a nenhum dono, nunca mais demonstrei meus sentimentos reais para ninguém, até agora que estou contando isso a você.
Já havia passado da hora do almoço quando Febe apareceu e me soltou. Eu fiquei em pé, aguardando sua ordem. O objeto no meu cu estava enorme e doloroso, ficou pior quando ele começou a se mover como uma cobra dentro de mim, o que começou quase no mesmo momento que ela me soltou.
— Vai para dentro.
Obedeci, respirando descompassado, pela dor que sentia.
— Come.
Ela apontou a mamadeira e eu obedeci. Quando eu acabei ela me mandou ficar no meio da sala em pé. Prendeu uma gaiola no meu membro e atrelou uma guia, colocou a máscara e mandou eu colocar as mãos para trás e os braceletes se uniram. Me mandou sentar e colocou uma espécie de sapatilha nos meus pés e me puxou pela guia.
Saímos da casa e fomos em direção ao Centro comercial. Ela parou em uma espécie de lanchonete, pediu uma mamadeira de água e me fez tomar toda ela. Ela seguiu me puxando pelo pau, parando em algumas lojas, mas não comprou nada, não entrou em loja nenhuma, só olhava as vitrines e seguia para a próxima. Logo estava com muita vontade de mijar, mas não disse nada.
Viramos algumas ruas e continuamos até uma grande praça, onde vários donos andavam com seus Its. Ela se sentou e mandou eu me sentar ao seu lado.
— Pensei muito no que disse ontem, por isso decidi te trazer aqui hoje. Olha em volta, o que está faltando aqui?
Observei a praça, tinha tudo, só não tinham...
— Crianças.
— Exato.
Ela ficou quieta por alguns minutos.
— É estranho, não é? Uma praça sem crianças.
Não respondi.
— Não nascem crianças na Ilha. Nunca nasceu.
— Porque?
— Morreram.
— Que?
— Sim, morreram, não só as daqui, mas a taxa de mortalidade entre crianças cresceu muito no mundo. Olhei sua ficha ontem, você está aqui a dois anos e três meses, quase quarto. Você disse que sentia falta da sua liberdade... você nunca foi livre, nem antes, nem agora.
Suspirei, ela estava tentando mexer com minha cabeça de novo.
— Ninguém aqui é, todos aqui tem uma função, um papel a desempenhar. Você já ouviu isso antes, sei disso e sei que sabe que é verdade. Você não foi sequestrado ao acaso, não foi um azar ou "pessoa errada na hora errada". O grupo te escolheu muito antes de te pegarem.
— Para ser escravo sexual dentro de uma comunidade de doidos?
— Sim e não. Para ser escravo aqui, para atender as pessoas daqui sexualmente porque você gosta disso.
— Jura? - Disse irônico.
— É, pode parecer que eu estou querendo mexer com a sua cabeça, mas não estou, você é um It, porque você tem vocação para ser um It, tem o perfil e os gostos certos para tal função.
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Its
General FictionBDSM-HARD 18+ Um dia eu fui um homem, mas isso faz tanto tempo que parece que foi em uma outra vida.