Horas antes.
Um tanto pensativo e frustrado, Nanami retirou-se do local e foi para a sua residência. Tomou um banho pouco demorado e colocou sua vestimenta habitual: calça em tom claro, cinto, e uma camisa social na cor azul-escuro acompanhada por suspensórios e sua gravata inerente. Subsequentemente, pegou seu aparelho celular e fez uma rápida ligação.
— Ijichi, bom dia!
— Bom dia, senhor Nanami. P-Posso ajudar em alguma coisa?
— Sim. Se possível, gostaria que me ajudasse em algo estritamente pessoal.
— Se estiver ao meu alcance, farei o possível. O que seria?
— Preciso da localização exata de alguém. Acredito que você possa conseguir para mim, certo?
— S-Sim.
— Muito obrigado! Não irei mais incomodá-lo com assuntos assim. Acertamos depois...— Finalizou a ligação, passou os poucos dados que possuía por mensagem de texto e aguardou calmamente o retorno de Ijichi.
Assim que lhe foi concedido o que era de seu interesse, o dos fios louros fez o percurso até a residência do dito cujo. Estacionou o seu veículo e, por ironia do destino, esse estava chegando simultaneamente. Pelo traje esportivo e a garrafa térmica em sua mão, podia-se dizer que esse vinha da academia. Havia um remorso mínimo, mas nada que o impedisse de fazer suas atividades diárias.
Daiki abriu o portão e adentrou no lugar com dois curtos passos. Logo, foi surpreendido por uma mão máscula pressionando o seu ombro. De imediato, ele virou-se para trás.
(Deletem o nome Keisuke da mente)
— Eu conheço você, cara?...— Franziu o cenho.
Nanami não pronunciou uma palavra sequer, apenas retirou, sem pressa, sua gravata e enrolou-a em uma das mãos.
Certamente, não pretendia abusar de sua força como feiticeiro para com um cidadão comum. Entretanto, ainda assim, optou por evitar que suas mãos ficassem avermelhadas, pois, sabia que isso levantaria questões frenéticas e inquietas da de fios negros.
— Ô loirinho de óculos, eu fiz uma pergunta. Está surd...— A frase foi interrompida por um forte soco vindo do de fios louros. Esse fez com que o dito cujo perdesse o equilíbrio e caísse ao chão. Nanami entrou e encostou o portão.
Sua expressão facial estava séria e sua áurea tenebrosa. Poucas palavras. Ou melhor, nulas.
— Pensando bem, acho que me recordo de você...— Levantou-se ligeiramente...— Você é aquele que eu via saindo com a minha mulher da empresa. Deve ser o tal Nanami, o "respeitável"...— Gargalhou debochado e limpou, com a ponta dos dedos, o sangue que escorria no canto de sua boca.
Desde a sua adolescência, o dos fios escuros era adepto a violência. Dito isso, seu desempenho em brigas e bate-bocas era altamente considerável. Não demorou para que ele fosse convencidamente até Nanami e lhe desse um chute forte acima da pélvis. Em circunstâncias habituais, pela força imposta, a vítima cairia ao chão. Contudo, Nanami não mexeu um milímetro sequer.
"Uma parede?"...— Se perguntou imensamente perplexo.
O de óculos apenas conduziu o olhar para aquele pé imundo pousado em sua vestimenta. Imediatamente esse foi retirado de lá.
— Como ela está? Sabe que ela que bateu na minha porta, não é?...— Usou um sarcasmo corrosivo.
— Se fez isso, foi um ato tolo e irresponsável...— Afirmou racionalmente...— Contudo, não vejo justificativa alguma.
Nanami caminhou em direção a ele, que mantinha-se imóvel, pois, até então, estava certo que conseguiria sobressair aos golpes que viria. Era alto. Seu corpo era forte. Tinha familiaridade com lutas. Não tinha o que temer.
Logo, o dos fios louros desferiu mais um soco. O dito cujo tentou amortecer o ato com seus fortes braços, mas falhou miseravelmente. Em segundos, esse estava no chão brevemente atordoado.
Sem deixá-lo se levantar, Nanami posicionou-se sobre o corpo dele. Não havia contato físico. Seu joelho esquerdo estava apoiado no chão ao lado direito do corpo do homem, enquanto seu pé direto estava apoiado ao lado esquerdo.
— Admito, passei dos limites. Estava com saudades daquele corpo e das coisas que posso fazer com ele. Você deveria entender, já que transou com ela...— Tentou amenizar. Afinal, possuía um mau-caráter, mas não era desprovido de inteligência.
— Ela é boa demais...— Seu lado debochado e destemido veio à tona, as palavras saíram de forma involuntária...— Se eu pudesse voltar no tempo, teria feito diferente e tomado ela de volta para mim.
— Eu não gostaria de elevar isso aqui a um nível fora da lei, então, meça as suas palavras sujas e hipócritas.
Nanami segurou ferozmente os cabelos curtos do que estava deitado, levantou ligeiramente sua cabeça e começou a desferir socos frenéticos e impetuosos em sua face. O homem tentava defender-se com seus antebraços, mas esses também eram atingidos. Posteriormente, ele pôde ouvir o osso de seu antebraço trincando. Uma dor extremamente aguda.
De pouco a pouco, aquela bela face estava sendo cobertar por hematomas. Obviamente, Nanami estava controlando a sua força e não chegaria a um extremo. Porém, não se abstinha de ignorar os resmungos e súplicas vez ou outra.
Desferiu um último soco, esse na parte central e superior do abdômen e, com relutância, levantou-se. Queria deixá-lo brevemente consciente.
— Não julgo que essa informação lhe diz respeito, mas...— Colocou a gravata em seu devido lugar e ajustou seus óculos com as pontas dos dedos.
— Se ela me permitir, pretendo ser para ela o que você nunca foi...— Deu as costas...— Não se aproxime mais dela! Passar bem!
O homem ficou deitado ali por muito, muito tempo até que tivesse forças para se levantar.
Nanami retirou-se do local e deu início aos seus afazeres do dia. Assim, deu espaço para que ela tivesse um tempo a sós com sua amiga que não via a meses. Lizzie e ele já haviam combinado horários para trocarem. Ambos queriam estar com ela.
Durante todo o dia, ele não pôde deixar de pensar sobre o porquê raios ela foi lá.
.
.Amei escrever isso aqui!
Espero que fiquem satisfeitas. Me inspirei na surra épica no Haruta, mas não segui a risca.
É isso gente... Tem vezes que demoro 10 dias para postar um capítulo e outras vezes, posto um em cima do outro. 🧚♀️
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PERFECT, JUST LIKE YOU- Nanami Kento.
FanficO que o imprevisível futuro e o incalculável destino reserva para uma mulher que sempre aceitou misérias da vida?