Alguns dias se passaram e lá estava ela, sentada em um dos bancos de uma praça, sob um céu estrelado.
A noite estava magnífica. Altamente cativante para sair, espairecer e perder-se em devaneios. Ainda mais após um dia exaustivo e repleto de pensamentos intrusivos.
Encontrava-se sozinha, sem seu celular ou qualquer outro meio de distração. Os seus braços estavam abertos, apoiados no encosto do banco. Sua cabeça estava declinada para trás, e seu olhar direcionado às estrelas era duradouro.
Ela deleitava-se daquela brisa fresca, e vez ou outra, espiava os casais adolescentes presentes no local. Era divertido ver as crianças que, mesmo em horário inadequado, estavam ali, limitando as interações dos pombinhos apaixonados.
— Eu poderia estar falando com ele agora...— Pensou alto e, de modo meigo, sorriu.
Mencionando o dos fios louros, em instantes, ela começou a perguntar-se o porquê. Por que raios ele estava negando ter relações sexuais com ela novamente?
De início, era apenas uma impressão infundada. Entretanto, tornava-se cada vez mais nítido que essa suposição era verídica. Ele não escondia o desejo, mas estava moderadamente retraído.
— Sua intenção é me deixar necessitada? Se sim, conseguiu. Seu loiro gostoso!...— Deu um gargalho pequeno...— Vamos testar a sua resistência, Nanamin...— Uma ideia perversa pairou em sua mente...— Céus, devo ter atingido um grau alto de insanidade, para estar falando sozinha.
Passado-se alguns minutos, absorta em sua astúcia, ela pôde captar uma presença intimidadora vinda de longe. Uma voz máscula e plenamente conhecida surgiu.
— [Nomezinha], eu estava indo embora, mas senti sua presença aqui. Então, resolvi te dar a honra de minha presença...— Sorriu grande e galanteador...— Aliás, o que uma gatinha dessa faz aqui sozinha?
— Ora, ora. O mais forte de todos está aqui na minha frente, que honra a minha...— Disse, sarcástica, e endireitou sua cabeça que estava declinada...— Nada de espetacular. A "gatinha" está apenas respirando um pouco e observando o céu.
— Aé?...— Sentou-se ao lado dela...— Vai mais para lá...— Pediu, sem-vergonha, para que ela fosse para a ponta do banco.
— Tão espaçoso quanto convencido..— Bufou, incrédula. Posteriormente, fez o que lhe foi pedido...— Mas gosto um pouquinho de você. Só um pouquinho.
— Eu sei.
Satoru deitou-se sem qualquer pudor sobre o colo dela e em seguida, apontou para uma das estrelas. Em específico, para qual mais brilhava naquele vasto céu.
— Olha aquela, [Nomezinha]. Ela só não brilha mais que eu.
— Satoru...— Gargalhou, ao mesmo tempo, que desferiu um tapa leve na cabeça do albino...— E levanta do meu colo, porque estou com as pernas doloridas. (Certamente, não era esse o real motivo).
— Só daqui uns minutinhos.
— Você me deixou pensativa...— Decidiu ignorar a audácia do maior. Afinal, era melhor que lidar com seu lado dramático e persistente.
— Do que fala? Sobre a possível infiltração que comentei outro dia?
— Sim.
— Fica tranquila! Foi apenas uma intuição, não estou certo de nada ainda. Não vamos falar sobre isso...— Acenou, com o dedo indicador, em negação...— Vai estragar o clima.
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PERFECT, JUST LIKE YOU- Nanami Kento.
FanfictionO que o imprevisível futuro e o incalculável destino reserva para uma mulher que sempre aceitou misérias da vida?