ENTRELAÇADOS- Parte 2.

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Nanami's pov

Me permitir envolver sentimentalmente e, de forma tão depravada com uma mulher, é incontestavelmente uma experiência diferente. Há alguns anos, minha vida era baseada exclusivamente em trabalho, trabalho e mais trabalho. E cá estou eu, querendo mais dela.

Retirei sua 'lingerie' com pesar e ela prendeu seus cabelos ondulados num coque desajeitado antes de entrarmos juntos na banheira e sentarmos de frente um para o outro. Ou melhor, eu estou propriamente sentado, e ela, deitada, com o corpo submerso e os pés acariciando minhas coxas sugestivamente enquanto degusta um bom vinho. Eu a acompanho, tendo mais resistência ao álcool que ela. Muito mais. Suas bochechas estão tomadas pelo mais adorável tom avermelhado. É lindo!

Nanamin?

Hm?

Sabia que mulheres também comentam e fazem várias suposições sobre homens?...— Pergunta, soltando um gargalho travesso e, instantaneamente, sinto meu corpo arrepiar com um mau pressentimento.

Sim, eu sei disso...— Afirmo um tanto hesitante...— Por que tal questionamento? ...— Franzo o cenho em desaprovação e me preparo para o que há de vir.

As meninas do escritório eram umas danadinhas...— Prende um riso que claramente arranha sua garganta...— Falavam sobre tudo e todos. Sem exceção...— Coloca uma ênfase no "sem exceção" e beberica mais um gole de vinho.

Sobre mim?...— Indago, mesmo imaginando a resposta. Parando para pensar, eu ouvia muitas risadinhas tolas e um tanto aleatórias quando passava perto do grupinho imbatível.

Você estava no topo dos assuntos...— Mordisca os lábios e minha mente divaga por instantes acompanhando a ação...— Fantasiavam sobre a cor, o tamanho, a grossura...se fazia chegar lá ou não. A aposta maior era que você era bem do "sexo baunilha".

Sinto meu sangue percorrer com mais velocidade. Nunca dei abertura alguma para isso. Dentre tantos assuntos inteligentes e edificantes...

Isso?
Sério mesmo?

Baunilha? Isso seria ruim?

Não exatamente. Porém, seria algo limitado e muito "dentro da casinha". Sem muitas posições, brincadeiras, fetiches e coisas fora do convencional. Simples é a palavra que define.

Resumindo, elas me fantasiavam como alguém antiquado...— Apesar de estar estranhamente irritado, não ligo, afinal, não tinha nenhuma pretensão com nenhuma delas...— Você comentava e fazia suposições também, senhorita?...— Rebato a questão, aguardando a resposta que mais me interessa nesse diálogo todo.

Eu me mantia imparcial e preferia escutar as suposições...— Afirma...— Porém, às vezes era bem complicado olhar para você e os outros colegas de trabalho depois de ouvir tantas coisas...— Ela pousa a taça num canto qualquer e fica sobre seus joelhos, vindo vagarosamente em minha direção. Não tenho privações ao fitar os seios agora expostos e temo que nunca vou admirá-lo menos.

Mas, e você? Tinha algum pensamento impuro quanto a mim?...— Se encaixa perfeitamente sobre meu colo e direciona ambas mãos à minha nuca.

— Não me permitia isso...— Nego, e envolvo sua cintura fina e desnuda com minhas mãos...— Chega a ser uma pergunta ofensiva dado ao apelido que me deu...— Dou-lhe um selar afetuoso em sua testa.

"Sr. loirinho certinho". Sendo sincero, quando ouvi isso, não soube como reagir, nem como repreender. E isso é fora do meu padrão, já que, se fosse qualquer outra pessoa, eu teria sido bem certeiro e ligeiramente rude.

PERFECT, JUST LIKE YOU- Nanami Kento.Onde histórias criam vida. Descubra agora