Arrogância desnecessária

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Nova York
Quinta-feira, 08:12 AM

Uma semana depois.

Elena

Dou três batidinhas leves na porta do escritório, esperando ansiosamente por uma resposta do meu chefe. Minhas mãos seguram com cuidado uma xícara de café preto, preparada meticulosamente para ele. À medida que espero, sinto meu rosto ficar quente, envergonhado ao recordar o incidente constrangedor que ocorreu no meu primeiro dia de trabalho aqui.

Flashback on.

— Aqui está o café senhor Salvatore! — Com um misto de entusiasmo e ansiedade, abro a porta com toda a energia que pulsava em meu peito, revelando um sorriso radiante estampado em meu rosto. A conquista da vaga no emprego tão almejado transbordava em meu ser, deixando-me quase eufórica por ter alcançado o que parecia inalcançável.

Conforme o olhar penetrante do meu chefe encontra o meu, sinto um arrepio percorrer minha espinha. Seus olhos emanam uma mistura de desaprovação e descontentamento, e meu sorriso se desfaz como uma flor murchando rapidamente. Com um aperto no coração, engulo em seco, minha mente já imaginando todos os possíveis erros que poderia ter cometido.

— Senhorita Gilbert, você não sabe bater na porta? Mostre mais respeito pelo seu chefe, sua mãe não te deu educação? — O timbre arrogante em sua voz ecoa em meus ouvidos, envolvendo-me em uma onda de insegurança. Meu corpo instintivamente encolhe, como se eu fosse uma criança frágil e vulnerável. Toda a minha empolgação se dissipa instantaneamente.

Aperto a xícara de café com tanta força que meus dedos começam a doer, como se estivessem tentando extrair algum conforto do objeto quente entre minhas mãos trêmulas. O esporro que acabo de levar reverberava em minha mente, cada palavra ecoando como uma martelada de culpa e vergonha enquanto eu tento encontrar uma desculpa válida para a falha cometida.

— Me desculpe, eu s-

— Não vou tolerar esse tipo de comportamento na minha empresa, na próxima vez será demitida. — Profere irritado, me interrompendo e eu apenas assinto com a cabeça, tentando manter uma expressão profissional. Por mais que no fundo estivesse desejando correr para chorar no banheiro. — O tipo de pessoa que a Caroline me convenceu a contratar. — Ele emite um leve suspiro de irritação, seus olhos revirando com desdém, como se minha presença fosse insignificante e eu não estivesse bem ali, ouvindo tudo.

Enquanto suas palavras cortantes atingem meus ouvidos, posso sentir o peso da situação em meus ombros. Era difícil acreditar que estava sendo repreendida tão severamente logo no meu primeiro dia na empresa. Em minha mente, questionava a opinião da Caroline, a pessoa que me recomendou para o cargo. Afinal, como ela poderia ter escolhido alguém que aparentemente não se encaixava nos padrões de um chefe tão rigoroso?

Flashback off.

Após semanas de buscas incessantes eu finalmente havia conseguido meu primeiro emprego, a seis dias atrás. Ao receber a notícia de que fui selecionada, foi como se um peso imenso tivesse saído de meus ombros, eu tinha terminado a faculdade de administração a pouco tempo e estava ansiosa para isso. Só não contava com o tamanho do desafio que era ter que trabalhar para Damon Salvatore.

Era o nome do meu chefe.

Caroline não havia exagerado nem um pouquinho quando me avisou sobre a necessidade de paciência ao lidar com Damon. Era um verdadeiro desafio para qualquer um que tivesse que conviver com ele diariamente. Seu comportamento era irritante e seus hábitos disruptivos tornavam a convivência uma verdadeira prova de resistência. Seu sorriso cínico e olhar debochado eram constantes lembretes de que ele sabia exatamente o impacto que causava. Era como se sua missão diária fosse testar meus limites.

Playing With My Boss || DelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora