Capítulo 02

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HANNA GONÇALVES


Desperto contente e me espreguiço em meu leito, hoje eu faço mais uma primavera, completo dezoito anos e estou demasiadamente feliz por isso.

Saio do meu leito e vou ao lavabo, faço minha higiene matinal e me banho, gosto de começar o dia sempre com um banho isso me deixa disposta, retorno ao dormitório e escolho meu vestido preferido, ele é verde água e é de uma seda muito delicada, tem botões de cima a baixo e várias entrelinhas em sua estampa, quem me presenteou com ele foi minha vozinha Kassandra, só de recorda dela meu coração bate forte, eu a amo tanto e é provável que ela venha hoje para uma visita, afinal é meu aniversário.

Vovó Kassandra mora com o vovô Alexandre a umas poucas horas de automóvel daqui, depois que eles perderam tudo passaram a morar aqui por um tempo e foi maravilhoso, o melhores anos na minha vida, meu pai Bento o deu abrigo e o ajudou, logo o vovô conseguiu ficar rico novamente e moram num sítio muito lindo, eu amo ir ter com eles.

Me olho no espelho e aprovo minhas vestes, deixo meus cabelos loiros soltos, minhas duas mãezinhas são loiras, mas eu sou muito mais loira que elas, cabelos delas são de um loiro mais escuro, os meus são muito claros,  meus olhos azuis estão parecendo tão brilhantes hoje, certamente é por conta da minha felicidade, borrifo uma colônia de jasmim a minha predileta, ela tem um aroma suave e que fixa o dia todo, minha pele é tão alva que consigo ver as veias arroxeadas por quase todos os lugares da minha pele com um mapa ramificado, após calçar meus sapatos me sinto bonita para um dia especial.

Antes de sair dos aposentos arrumo todo meu leito, gosto de ver tudo no seu devido lugar. Desço as escadas e já sinto um aroma bom na casa, certamente minha mãe Bella deve está fazendo algum desjejum saboroso.

_ ei cabritos onde está todo mudo?

Falo com dois dos meus irmãos que estão assentados no tapete da sala jogando bola de gude, nunca os chamo pelo nome, por culpa do meu pai que desde os nascimento das crianças nunca as chamou pelo nomes, apenas de cabritos e cabritas.

_ papai e mamãe Bella saíram, disseram que tinha algo a resolver e mamãe Aurora está na cozinha.

Então ele baixa o tom de voz e sussurra:

_ ela está a horas na cozinha e estou com medo da comida que ela está a preparar!

Seguro o riso para não dar ousadia a esse cabrito afoito, mas até me surpreendo ao saber que quem está a cozinha é mamãe Aurora e não a Bella, eu até compreendo a fala do meu irmão, a última vez que Aurora foi a cozinha as coisas não saíram nada boa, não que só minha mãe Bella prepare as refeições, meu pai também é bom na cozinha e só mamãe Aurora que não leva muito jeito com as panelas.

_ não deverias falar essas asneiras, certamente a mamãe fará algo muito saboroso.

Ele dá de ombros como se duvidando do que falei e volta a jogar bola de gude me ignorando.

_ garoto audacioso! 

Falo sorrindo e sigo para cozinha e quando adentro na cozinha parece que estou em um cenário de guerra, a mesa que onde mamãe está, se encontra completamente branca de farinha, tem sacas de açúcar aberto na mesa e ovos espalhados por todos os lados.

_ mamãe!

Quando eu a chamo ela se ergue para me olhar e acaba tocando em um dos ovos que sai rolando e se espatifa no chão.

_ Filha!

Ela sorrir ao me ver totalmente alheia a cena de destruição que está na cozinha, mamãe larga tudo e vem ao meu encontro.

Alexandre II Onde histórias criam vida. Descubra agora