016: entendo por que gosta dela

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Moon Jiwoo

Hum? Por que dormi na cabine de Heeseung de novo?

Confusa, começo a recobrar os sentidos e vejo que dormi de vestido. Sinto minha cabeça latejar e levo uma mão à testa, fechando os olhos com força. É claro que a resposta para minhas perguntas é o álcool, tenho que parar com esse hábito de exagerar na bebida...

Assim que minha cabeça para de latejar, vejo o Lee ressonando tranquilamente no sofá do outro lado do cômodo e questiono mentalmente por que ele me deixou dormir em sua cabine outra vez. Não é como se Heeseung ainda precisasse se preocupar com minhas tentativas de fuga, então o que houve?

Respiro fundo e fecho os olhos, focando para tentar lembrar a noite passada. Minhas memórias estão um pouco embaçadas e embaralhadas, mas eventualmente consigo resgatá-las em ordem cronológica. As lutas, as vitórias, as bebidas, as cantorias, as danças, as bebidas, as risadas, as bebidas... até chegar na parte da qual não me lembrava.

Não é possível.

No mesmo instante, a timidez começa a tomar conta de mim e as memórias vêm todas à tona, com mais nitidez do que eu gostaria. Heeseung tentou levar-me ao meu quarto... Então, dei birra porque queria dormir na cabine dele... Em seguida, derrubei nós dois no colchão... E aí...

Sento na cama de sobressalto quando recupero a cena em que eu quase o beijei. Meu Deus, onde eu estava com a cabeça?!

Surtando internamente, percebo que minhas bochechas esquentaram e meu coração acelerou, então volto o olhar para o Lee no sofá e meu primeiro pensamento é que tenho que sair daqui antes que ele acorde. A cabine está levemente iluminada através da fina cortina e fico com medo da tripulação já ter acordado, mas verifico o horário no relógio de parede e noto que ainda está bem cedo. Com sorte, eu conseguiria chegar ao meu quarto sem ser vista.

Logo, retiro as cobertas de cima de mim e, com cuidado, coloco meus pés descalços no chão. Começo a caminhar na ponta dos pés até a saída e comemoro internamente quando a alcanço sem acordar Heeseung. Lentamente, abro a porta da cabine apenas o suficiente para passar e, após conferir que não havia ninguém para me pegar no flagra, consigo escapar do cômodo e o capitão continua dormindo tranquilamente.

Corro para meu quarto e fecho a porta atrás de mim, soltando o ar que nem percebi estar segurando. Escolho (tentar) descansar mais um pouco, já que hoje será meu primeiro dia oficial de trabalho e Sunoo me ensinará todos os tipos de serviços básicos no navio. Contudo, assim que deito a cabeça no travesseiro e fecho os olhos, minha mente é inundada por memórias e pensamentos.

O fato de que desenvolvi sentimentos românticos por Heeseung não é exatamente um problema, pois não ligo para o que os outros pensariam sobre ele ser meu capitão. Mas eu nem sei se o que sinto por ele é recíproco. Claro, o Lee é muito bom comigo, o problema é que não consigo afirmar se isso é um tratamento especial, de fato. Além de que nunca sei com certeza se seus flertes são sérios ou só brincadeiras...

Enfim, é minha primeira vez tentando descobrir se meus sentimentos por alguém são recíprocos e talvez eu devesse perguntar para um dos meninos. Eles conhecem seu capitão melhor que ninguém e podem ter um outro olhar da situação. Continuo com esse tópico na cabeça e admito minha derrota, percebendo que não vou conseguir voltar a dormir. Por isso, decido tomar um banho e, em seguida, ir à cozinha para ajudar o Sr. Junseo com o café da manhã para espairecer.

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Como imaginei, aprender os trabalhos do navio é extremamente cansativo. Sunoo fez questão de apresentar-me todas as tarefas, desde as mais básicas, e me dei melhor com as manuais do que com as que requerem mais força física. Já estamos no meio da manhã e tenho evitado Heeseung o máximo possível, ainda envergonhada demais para sustentar contato visual com ele por conta da noite passada. Felizmente, o Kim tem ajudado-me com isso por me manter ocupada.

run away; heeseungOnde histórias criam vida. Descubra agora