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Moon Jiwoo
Minha tentativa de fuga foi um fracasso. Depois de Heeseung alcançar e contar-me que Daiyu ficou sob responsabilidade de um completo estranho, voltei às pressas e encontrei-a sentada, inocentemente, em um banquinho atrás de um vendedor de melancia e se lambuzando com um pedaço dessa fruta. O moço falou para levarmos de graça (mais um para a lista de encantados com a fofura da pequena), mas o Lee pagou mesmo assim.
Ficamos o dia todo fora — terminando as compras, resolvendo assuntos dos refugiados que não querem seguir para a tal ilha e passeando por Jeongdan. Apenas retornamos ao hotel à noite e jantamos todos juntos em um bar, em clima de festa, o que deixou-me feliz por ver que os chineses estavam mais saudáveis e mais... vivos. Foi como uma comemoração por sua liberdade e eles, inclusive, agradeceram e fizeram brindes à tripulação do Lua Sombria, emocionando alguns dos meninos.
À medida que adentramos a noite, vou ficando cada vez mais com sono. Entretanto, não desisto de arranjar um modo de fugir e tenho a ideia de escapar pela janela do quarto. Os piratas vão pensar que estou dormindo e eu conseguirei sair com minha mala, sem deixar pertences para trás. É o plano perfeito!
Incorporando meu lado atriz, solto um bocejo e espreguiço-me, o que não foi tão difícil tendo em vista que realmente estou sonolenta. Então, levanto da mesa e digo, com um tom descontraído:
— Bom, já está na hora do meu soninho da beleza, pessoal. Uma boa noite para todos!
— Eu vou com você, senhorita. Também irei me retirar. Boa noite, companheiros! — Ficando em pé, Heeseung fala e lembro que ainda nem sei onde é o meu quarto, então melhor que ele vá comigo, mesmo.
Assim, deixamos o estabelecimento e vamos até o hotel em um silêncio que, para mim, é desconfortável, porém tento agir naturalmente. Subimos as escadas do saguão, após cumprimentar o recepcionista, e caminhamos pelo corredor até a porta de número 14, quando o Lee parou e falou:
— É este o quarto, meu bem. — Ele tira uma chave do bolso e destranca a porta, sendo que consigo ver minhas malas em um canto.
— Obrigada por me acompanhar, Lee. — Digo enquanto entro no quarto e paro ao lado da porta, já começando a fechá-la. — Boa noite!
— Espera, eu também vou entrar! — Heeseung segura a porta com um pé e coloca a mão em uma maçaneta, deixando-me confusa.
— Como é?
— Nós vamos dividir o quarto! Alguém tem que ficar de olho na senhorita.
Não é possível, eu gastei toda minha sorte quando consegui fugir sem problemas do castelo? Aproveitando que fiquei sem reação, o Lee passa por mim e adentra o quarto, jogando-se em uma das duas camas de solteiro. Fecho a porta atrás de mim e viro-me de volta para o moreno, perguntando:
— Não adianta nada eu reclamar, né?
— Não. — Solto um suspiro diante de sua resposta e saio de perto da entrada, derrotada.