019: por nada nesse mundo

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5 dias até o Baile de Máscaras

Moon Jiwoo

— Vocês me garantem que não tem problema em estarmos aqui? — Pergunto e quase tropeço em uma raiz de árvore que estava no caminho.

— Como assim? — Jungwon me responde, cortando com sua espada a vegetação para limpar o caminho.

— Sei lá, não deveríamos estar repassando o plano, praticando combate ou algo do tipo?

— Querida Jiji, — diz Riki, pelo apelido que Daiyu me chamava — é importante que entenda que o tempo de descanso é tão valioso quanto o de trabalho. Tenho certeza de que suas preocupações desaparecerão assim que chegarmos ao nosso destino.

— Falou bonito! — Jake apoia o mais novo com um aperto de mão, enquanto Sunoo revira os olhos diante da falsa pose de sábio que o Nishimura tenta sustentar.

— Pior que o Ni-ki está certo, Jiwoo. — É a vez de Sunghoon falar, calmo como de costume. — Estamos treinando duro nos últimos dias e Boamri é nossa última parada antes de Yeosu, faz bem descontrair um pouco.

O som da água correndo começa, suavemente, a se sobrepor aos outros sons da mata, o que indica que estamos próximos de nosso destino.

— Além de que esse plano é seguro, vai dar tudo certo. — Sunoo me consola com um sorriso afetuoso e sei que ele está falando com propriedade, por conta das dezenas (talvez centenas) de vezes que o capitão repassou o plano com eles.

— Chegamos, marujos! — Um pouco à nossa frente, Jungwon anuncia e, quando o alcançamos, ficamos boquiabertos com a linda paisagem.

É uma cachoeira com duas quedas d'água que caem em um poço cristalino, o qual continua em um riacho pela floresta abaixo. Eu nunca vi algo assim antes, então tento guardar bem essa imagem em minha memória.

— O último a chegar é a mulher do Kraken! — Acabando com o clima paradisíaco da natureza à nossa volta, Ni-ki exclama e os meninos saem correndo em direção a água, deixando Sunoo e eu para trás, sem qualquer intenção de alcançá-los.

Jungwon e Sunghoon largam nossos pertences em cima das pedras que contornam o poço e estão prestes a mergulhar, mas param abruptamente quando seus pés tocam a água. No entanto, Jake e Ni-ki estão focados demais em ganhar e não pensam duas vezes antes de se lançar no poço. Imediatamente, o arrependimento fica estampado em suas faces e o australiano sai do rio aos berros:

— A ÁGUA TÁ CONGELANDO!

— Ah, q-qual é, g-gente? É s-só esperar u-um pouco p-para se ac-acostumar, nem t-tá tão f-fria a-as-assim! — O Nishimura, tentando se fazer de inafetado, mal consegue terminar a frase, tremendo feito vara verde.

Rio da teimosia do mais novo e o caos se instaura de vez quando a peste do Jungwon empurra o pobre do Sunghoon para dentro da água, iniciando uma guerra entre eles. Eu e Sunoo nos afastamos de fininho para evitar que nos notem, o que não adiantou muita coisa. Num piscar de olhos, meu estimado amigo é capturado pelos selvagens e arrastado em direção ao poço, então sei que serei a próxima vítima.

Solto as sacolas de comida no chão e tento correr para longe da água, mas já é tarde demais.

— SOCORRO! ME DEIXEM IR! — Ni-ki e Jungwon começam a me carregar até o poço e não consigo me livrar dos dois, que são mais fortes do que aparentam ser. — NÃO, MENINOS! PAREM! EU NÃO SEI NADAR!

Para a minha surpresa, os mais novos de fato ficam imóveis quando grito essas últimas palavras, mas não são só eles. Vejo que Jake, Sunghoon e Sunoo pararam de jogar água uns nos outros e estão olhando para mim, estáticos. De repente, eles quebram o silêncio e exclamam, em coro:

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⏰ Última atualização: Aug 31 ⏰

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