05h56.
Me acordei vinte e sete minutos antes do despertador tocar. Não consegui dormir, não depois de saber que tenho menos de 2 meses antes de Matt ir para a faculdade.
Nunca pensei que sentiria falta dele, mas por mais louco que seja vou sentir falta do jeito controlador dele. Tento dormir de novo, me viro de bruço na cama pegando de leve no sono.
06h10.
A droga do alarme começa a tocar me tirando do sono leve. Eu odeio quem inventou o alarme de celular.
Saio da cama a contra gosto, resmungando. O despertador volta a tocar muito alto, me estico inteira para desligar o celular. Eu não tinha desligado esse troço?
Pego meu vestido preto estilo quimono, ele vai até metade da perna, e flores brancas estampam o tecido fino. Desço as escadas depois de prender meus cabelos em um coque alto.
Jay está dormindo na sala, eo Dylan está segurando um copo de água pronto para atirar na boca aberta de Jay. Passo por Dyaln dizendo cinco palavras mágicas.
- Você que vai secar Dylan. - Ele me olha e tira o copo de frente da cara do nosso irmão.
- Estraga prazeres. Empata foda. - Eu Sorrio amavelmente.
- Eu também te amo irmãozinho. - Ele mostra a língua para mim que revido o gesto.
Entro na cozinha para fazer meu café da manhã. Dylan me segue se sentando na banqueta de frente para a ilha.
- O Matt te contou que ele vai para a UM? - Assinto. me baixo para pegar a farinha em embaixo da ilha. Ele me encara com os olhos virados para a bancada, ele também sente o mesmo que eu. Saber que Dylan também se sente divido aplaca a sensação no meu peito.
- Ele disse ontem a noite. O Matt está feliz até de mais. - Digo. Pego os ovos, o leite na geladeira e misturo tudo na tigela.
- Claro, ele vai ser puta feliz lá, nem se lembrar da gente vai. - Pego a frigideira e espalho a massa em círculos.
- Tomara que seja feliz, é isso que ele quer, eu só posso apoiar ele. E você também. - Dylan dá de ombros. Conforme as panquecas vão ficando prontas vou pondo na bandeja na minha frente.
- Vai fazer um estágio esse ano? Podíamos fazer no asilo de novo. - Pergunto para mudar de assunto sensível. Todos os anos nós dois fazemos algum estágio para formar currículo. Ano passado foi na Hale house uma casa de idosos há uns 28Km daqui.
- Nem fodendo que eu vou voltar naquele lugar. Aquela mocreia da Jean ficou me molestando o verão inteiro, ela que vá para a puta que pariu.
Jean é a diretora do asilo, deve ter uns 47, mas as plásticas no rosto, a maquiagem exagerada, e principalmente as roupas de perua a deixam com no mínimo 80 anos.
- Qual é Dylan, não precisa ser no asilo, tem um orfanato no centro, seria incrível ficar com as crianças. - Um dos meus sonhos é ter filhos, eu amo crianças, e seria bem legal trabalhar num orfanato. Na verdade falei isso só para convencer o Dylan a fazer um estágio comigo, mas a idéia não me pareceu tão ruim.
- E trocar uns fedelhos fedendo a merda? Nem fu. den. do.
Faço meu café preto e Dylan torce a cara quando não coloco açúcar. Fresco.
- Você precisa parar de falar tanto palavrão. - Ele sai da banqueta para
preparar seu café.
- Pode esquecer, falar palavrão me deixa mais calmo, se não falar eu soco alguém, e Jay está logo ali na sala para isso.
Dylan pega a chaleira elétrica para fazer seu café, ele coloca café e passa o açucareiro bem na minha frente ao por o café na caneta do sherek que dei de natal para ele.
- Colocar açúcar no café é um crime.
Nesse momento o Jay aparece todo bagunçado, com os cabelos arrepiados, a camisa do pijama caindo dos ombros, e uma marca de baba seca nos cantos da boca. Eca.
- Um crime é o barulho que vocês tão fazendo a essa hora.
Vou até ele para dar um tapa no ombro. Jay sempre amou dormir até tarde.
- Porque você dormiu no sofá? - Pergunto, Dylan alcança uma caneca de café para Jay que bebe com gosto.
- Cheguei bêbado, como acha que eu iria chegar na minha cama do outro lado do corredor? Eu olhei para a escada e desisti de viver.
Término meu café com panquecas. E levo meu prato para lavar na pia.
- Matt vai para Detroit. - Dylan solta a bomba do momento. Jay arregala os olhos. Chocado. Bem vindo ao clube.
- Pera aí... até me engasguei. Ele vai para onde?
Respiro fundo antes de responder. Abro a torneira para abafar minha resposta para caso o Matthew acorde.
- Ele vai estudar Na UM, no Michigan, daqui a dois meses. - Jay fica parado, Dylan não esboça nenhuma reação.
- Nossa, Desde quando o Matthew tá sabendo disso? Ele não comentou nada... - Dou de ombros.
- Foi ontem a noite que ele ficou sabendo, o treinador falou com ele e ofereceu uma bolsa esportiva. - Digo. E Jay dá um manear de cabeça.
- E o egoísta não pensou por um instante em deixar a gente. Não que vamos morrer sem o general caralho no comando. - Dylan completa com a mágoa no tom de voz evidente. Jay assente. Seco a minha louça.
- Que filho da mãe sortudo, meu amigo Peter está há mais de 1 ano atrás de uma bolsa dessas. - Nesse momento Matt entra na sala. Ele está vestido com as roupas do Lions. Todo aparamentado.
- Bom dia família. - Ele diz animado com um sorriso gigantesco no rosto.
- Bom dia - Dizemos eu, Dylan, e Jay juntos.
06h00.
Matt começa a fazer seu café. Ele tá tão feliz que está até cantarolando alguma música. Dylan, Jay e eu nos olhamos.
- Então, o Dylan me disse que você vai pra Detroit, está feliz? - Jay pergunta enquanto bebe um pouco de café. Matt abre um sorriso gigantesco, ou como diria o Dylan de idiota.
- Eu queria fazer uma surpresa, mas tudo bem. Estou incrivelmente calmo, sabe? Como se...sei lá. É estranho. - Faço uma careta. Que droga foi essa? Ele basicamente disse na nossa cara que nem está nervoso de sair do Estado. Jay solta um suspriro cansado e volfs a tomar o seu café.
- Então...como foi que o Kevin te ofereceu a bolsa? - Jay quer mesmo que eu pule no pescoço do Matt.
- Depois do jogo eu fiquei no vestiário, daí ele chegou e disse que tinha uma proposta pra mim. E claro que eu aceitei na hora. Quem diria não para estudar na UM? De graça? - Dylan pega uma panqueca.
Os meninos começam a falar sobre o jogo de ontem, o assunto da faculdade parece que foi encerrado. Ainda bem.
- Mas o Seth jogou bem ontem. Quantas partidas vocês não perdem mesmo? - Matt pergunta. Dylan sorri orgulhoso de si.
- sete partidas. Dessa vez o Seth ganha a porra do interclasse.
Uma pedra bate no vidro de leve. Vou até a porta e a Charlotte está parada com a bolsa da Lacoste rosa no braço.
- Bom dia! Da licença! - Charlotte diz e já vai entrando. Ela é só um pouco expansiva.
- Bom dia Collins homens! - Ela grita. Dylan solta um resmungo, Jay sorri e o Matt não dá a mínima.
- Que merda você está fazendo aqui de manhã cedo numa terça-feira? - Charlotte caminha até a geladeira ignorando completamente o Dylan.
- Sou basicamente da família, nem é tão cedo assim.
Jay sai da sala obviamente prevendo a confusão. Ele é esperto.
- Você é sim da família...Adams. - Matt dá risada. E eu uso todo o autocontrole pra não rir.
- Você é bem engraçado Dylan. Tô morrendo de rir aqui, por dentro. - Dylan se levanta da mesa indo pra sala.
- Não sou palhaço pra te fazer rir. Faz um favor e vai embora caralho. - Charlotte acha graça da falta de educação do Dylan.
- Todo mundo sabe que você me ama Dylan! - Dylan mostra o dedo do meio para a Charlie e vai pra sala.
- Eu amo te ver longe da minha casa!
Charlotte caí na risada.
- Você sabe que é seis horas da manhã? Não que eu não goste de você arrumando briga na minha casa a essa hora, claro. - Matt pergunta e Charlie sorri.
- A minha mãe, tá um porre hoje. Então vim praticar meu esporte favorito. Encher o saco do Dylan. - Começo a vestir o meu avental.
- O que houve com a Shirley? Ela te proibiu te usar a maquiagem dela de novo? - Charlie nega.
- Eu mesma pego a maquiagem. Foi só uns problemas leves, nada de mais.
Pego a minha garrafa de água.
- Eu vim aqui para falar com seu irmão mais velho. - Matt ergue as sobrancelhas. Ela veio falar com o Matt?
- Comigo? - Ela assente. E lá vem bomba.
- Exato. Como meu Collins preferido, quero pedir se a Skye pode vir mais tarde para essa linda casa hoje? - Engasgo com a saliva. A Charlotte não tem limites na hora de puxar o saco. É por isso que amo ela.
- E por que ela voltaria tarde? - Charlotte caminha até o Matt e segura os ombros do meu irmão. Puxa-saco.
- Ora, para ajudar a Janet com o neném dela.
Saio da sala. O Matt vai dizer que não, isso é fato.
- A coisa já foi embora? - Dylan pergunta.
- Não. Você bem que podia ser mais legal né Dylan? Ela é minha melhor amiga.
- Uma péssima escolha. - Dylan retruca.
Babaca. Segundos depois ouvimos um grito de animação da Charlotte.
- Será que o Matt matou ela? Quero ser o primeiro a ver.
Dylan não tem jeito.
- Que mórbido. Seria mais legal se ela agonizasse cara. - Jay fala sorrindo.
Charlotte entra na sala e mostra a língua para o Dylan que a ignora.
- Seu irmão querido disse que você pode ir ajudar a Janet com a bebê hoje. Então agora sim podemos ir trabalhar. - Dylan comemora.
E não é que ela conseguiu? Se fosse eu que pedisse ele ia dizer não.
- Ele disse isso só pra você ir embora logo. - Dylan debocha. Pego a mão da Charlotte antes que os dois fiquem se xingando até eu me atrasar.
- Tchau melhor amigo! - Charlotte debocha enquanto eu a puxo pra fora de casa.
- Vai se foder!
06h41.
Passamos pelas ruas do nosso bairro, passei algumas aventuras aqui. Todos ainda estão dormindo ou acordando, o Sr Scott está regando as plantas de sua casa. Ele perdeu a esposa há alguns anos desde então eu venho uma vez por mês para lhe fazer companhia. Ele acena quando passo, eu retribuo o gesto.
- Belas Hortênsias Sr Scott! - Elogio. Charlotte debocha de mim por que disse que são belas flores.
- Belas Flores. Até parece que você gosta dele.
As vezes a Charlotte é um pouco fria demais.
- Ele é um homen solitário Charlotte. Nem os filhos ficam perto dele. - Charlotte ignora meu comentário.
- E dai? Minha mãe também é solitária nem por isso fica enchendo o saco dos outros por aí.
O pai da Charlotte morreu quando tínhamos 10 anos. Ele era alcoólico, batia na esposa e na Charlotte. Farias vezes ela dormia na minha casa quando o pai ficava agressivo. Meus pais tentaram ajudar a Shirley, a mãe da Charlotte. Mas ela tinha medo de denunciar o marido. Um dia o pai da Charlie foi diagnosticado com câncer cerebral. Com a quimioterapia ele viveu um ano e meio.
- A sua mãe tem você. O Sr Scott não tem ninguém. - Ela da de ombros.
- Não posso fazer nada.
Insensível.
Depois de sair de nosso tradicional bairro, entramos na agitada Boston, com carros, ônibus e muitas pessoas apressadas. Sempre me imaginei morando aqui, perto de meus irmãos, mas agora que Matt vai sair do estado talvez portas se abram para mim.
- Quando vier morar sozinha vou querer um apartamento bem aqui no meio da cidade.
- Dou uma risadinha.
- Ainda falta muito pra isso acontecer. - Digo. Mas realmente o centro de Boston combina muito mais com ela do que o nosso pacto bairro.
- Isso é o que você pensa.
07h48.
Pela primeira vez cheguei cedo, mas Miller já está aposto no balcão. Estaciono minha bicicleta no lugar de sempre em frente à entrada. Miller abre metade da cortina de ferro que protege a porta de vidro. Entro e ele checa seu relógio.
- Vamos ver - Ele olha e sorri pondo a mão em meu ombro. - dez minutos adiantada. Parabéns. - Sorrio e vou direto para a cozinha onde encontro Janet fazendo massa de biscoitos. Chego para tirar uma prova enquanto jane fica de costas, mais como uma ninja ela vira me dando uma colherada na mão.
- Nada disso mocinha. Isso aqui é para vender e não para suas patas sujas de bicleta. - Faço cara de cachorrinho pidao e Janet cede me dando um biscoito assado.
- Obrigada, você é a melhor.
08h.
Miller abre o café e como de sempre a multidão entra fazendo pedidos a todo o vapor.
Corro de um lado para o outro, por causa de uma borboleta batendo as assas na China, ou qualquer coisa que seja obra do tinhoso vejo a garota Loreena e sua amiga esquentadinha entrando. Por que Deus? Elas se sentam numa mesa diferente dessa vez, perto da cozinha. Me aproximo para anotar os pedidos.
- Você de novo? Aqui não tem outra garçonete não? - Conto até 25 antes de dar uma de Dylan e mandar ela para a casa do carvalho.
- Não. Só tem eu aqui. Vai fazer o pedido? - pergunto sem paciência. Loreena fica vermelha diante da grosseira da amiga.
- Eu vou querer uma limonada. Sem açúcar, se não vou pedir muito. - Calma, você precisa do trabalho e sua primeira prisão pode ser usada para alguém muito pior que ela.
- E você vai pedir agora também? - Loreena sorri e faz que sim. Ela exala gentileza, seus cabelos estão entre o Loiro e o castanho. E seus olhos são quase verdes.
- Um milk-shake de chocolate com um hambúrguer por favor. - A chata fica com cara de indignação.
- Se comer tanto desse jeito vai virar uma bola igual o Vicenzo. - Deus me dê paciência porque se me der força...
- Ellen, não fala dele assim. Ele é meu primo. - Ellen a vaca não se intimida mesmo com o tom ameaçador na voz da amiga.
- Por isso mesmo que você não pode comer, a gordura tá no sangue sua idiota. - Com isso eu exploro de vez.
- Só uma pergunta, você vai pagar a conta dela? - pergunto para Ellen que nega com veemência.
- Claro que não. Ainda mais a dessa projeto de gorda. - Minha respiração acelera de raiva.
- Então por que está se metendo no quê ela vai comer? O corpo não é seu, se ela ficar gorda não é da sua conta. - Ellen fica roxa de raiva. E por um instante me arrependo de ter falado com ela assim, mas só pelo sorriso de Loreena valeu a pena.
- O QUE VOCÊ DISSE? - Ela praticamente grita, chamado a atenção de alguns clientes. Dou de ombros. Se ela quiser ir embora não vai fazer a menor falta.
- Vamos Embora daqui! - Ellen ordena se levantando. Mas Loreena nem faz qualquer movimento para se levantar.
- Loreena, vamos. - Loreena nega sorrindo o que também me faz sorrir.
- Pode ir se quiser, vou ficar para comer, depois a gente se fala Ellen. - Noossa que patada. Ellen pega sua bolsa e sai pisando duro porta a fora. Ela quase quebra o vidro da porta ao bater com força. Pelo ou menos ela não fez mais escândalo. Miller me olha do balcão buscando uma explicação para o que acaba de acontecer. Faço um gesto de louco perto da cabeça para ele, que entende o gesto. Loreena ainda olha para a porta onde a amiga saiu.
- Desculpa por fazer vocês brigarem mas ela é tão... - Travo tentando descrever aquela pessoa sem ofender Loreena. Mas ela dá de ombros.
- Sei bem como Ellen é. Mas eu é que agradeço, a cara dela foi maravilhosa eu devia ter tirado uma foto! - Ela ri. Loreena estende a mão em minha direção. Ela é bem simpática, como foi que achou a substituta de Satã para amiga?
- Loreena Thompson. - Aperto a mão dela.
- Skyler Collins. - Ela fica um pouco surpresa. Ah.
- Belo nome. Desculpa perguntar, mas voce é parente dos Collins? - E lá vamos nós. Meus irmãos meio que são famosos por causa do futebol então muita gente conhece eles.
- Sou sim, Irmã na verdade. - Loreena olha para a mesa parecendo estar desconfortável.
- Ah. Não sabia que eles tinham irmã.
Ugh. Essa doeu, sei que sou anônima mas ainda sim doeu.
- Tranquilo. Vou lá pegar seu pedido então. - Loreena ficou perdida em sua mente mas do nada volta.
- Claro, o pedido. Tinha até esquecido do pedido. - Ok... isso foi realmente aleatório. Saio para fazer o pedido de Loreena. Entro na cozinha. Jane está como sempre a todo vapor.
- Janet, Você conhece uma tal de Loreena Thompson por acaso? - Ela reflete consigo, mas faz que não. Certo.
- Não conheço, por que? - Dou de ombros.
- Ah, nada não Janet. - Volto para o salão para pegar os pedidos das mesas que se acumularam por causa do tempo em que fiquei na mesa de Loreena. Uns 17 minutos depois Janet me chama para pegar o pedido de Loreena. Agradeço e levo a bandeja para a mesa.
- Aqui está. - Loreena nem me nota por vários segundos, balanço a mão na frente do rosto dela que sorri envergonhada.
- Desculpa, acho que me desliguei. - Solto uma risadinha. Me viro para sair, mas preciso perguntar. Como já disse sou uma alma curiosa demais.
- Posso te fazer uma pergunta? - Loreena fica surpresa mas permite.
- Você ficou "distraída" desde que disse que sou uma Collins ou é impressão minha? - Quando estou convencida que ela vai negar, a mesma abaixa a cabeça confirmando minhas suspeitas.
- É... meu Deus como isso é constrangedor. Eu estou saindo um dos seus irmãos. - Por essa eu não esperava Mesmo! A idéia de ter Loreena como cunhada me anima, já basta ter Hailey que não gosta muito de mim. Sento na cadeira em frente à minha cunhada..? Mas então me ocorre de perguntar.
- Você está saindo com o Matt? - Ela nega. Então se não é o Matt só pode ser o...
- Dylan? Aí meu deus, finalmente alguém aguenta aquele mau humor! - Loreena ri fazendo boa parte da sua vergonha sumir.
- Há quanto tempo vocês estão saindo? Como se conheceram? Meus irmãos te conhecem? - Perco o fôlego depois da tantas perguntas, mas não consigo evitar.
- Estamos saindo a um mês eu acho. Eu vi ele numa festa de uma amiga, daí ele derrubou vodka em mim e eu xinguei ele. E não, por enquanto só conheço você, mas já vi aquele seu irmão, o de cabelo preto na escola de longe. - Estou tão feliz, mas tão feliz!
Finalmente Dylan desencalhou. Sorrio feito uma mãe orgulhosa.
- Qual deles? Os três tem cabelo preto. - Ah. O asiático. - Jay. Jayme puxou muito ao nosso pai, mas o resto puxou a mamãe.
- Olha, eu não sabia que ele tinha irmã, e desculpa ter ficado estranha mas eu meio que fiquei com vergonha de falar. - Dylan é um baita de um esperto. Ficou quieto sobre a gente para não passar vergonha.
- Tá de boa Loreena. Eu tô muito animada por meu irmão estar ficando com alguém como você, na verdade eu ia propor para a gente sair qualquer dia desses, se você quiser claro. - Ela assente.
- Sim, eu adoraria sair com você. - Certo. Eu já amei mais ainda Loreena.
Sinto um toque no meu ombro. Me viro e me deparo com Owen de cabelo descolorido.
- Fala aí mona, pode ir que eu assumo agora. - Balanço a cabeça. E dou um abraço em Loreena.
- Pode me dar o seu número? - Ela assente e eu lhe alcanço a minha caneta. Loreena escreve seu número em um guardanapo de papel.
- Ótima cor, combinou com você. - Owen sorri.
- A gente se vê Loreena. - Loreena sorri. Entrego o avental para Owen, ele imediatamente coloca e já entra em ação. Saio do campo de batalha. Dou tchau para Janet e Miller.
E atravesso a rua. Seja que Deus quiser.
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Mais uma vez
RomanceCrescer rodeada por 3 irmãos superprotores foi uma grande chatice, mas agora que vou para o ultimo ano do ensino médio tenho um bom pressentimento de que isso vai mudar. E não serei conhecida só por ser a irmã dos Collins e sim por ser Skyler apenas.