❗️está leitura pode ser perturbadora para algumas pessoas.
🚫Menções de violência, tortura mental e física.Quando a doença toma conta, enchemos o corpo de remédios. Quando a fome aperta, nos empanturramos com comida. Nos momentos de frio, buscamos aquecer nosso corpo. Mas e quando o pesadelo se torna realidade? Abrir os olhos não te priva da escuridão quando o monstro que habita seus sonhos também habita o mundo real. Então nos sentimos em uma frágil corda bamba e uma questão nos surge em nossos pensamentos ficamos acordados ou nos entregamos ao sono?
A realidade e a imaginação se misturaram, fundindo-se em uma só entidade. Sentia-me amarrado a essas duas facetas, vivendo tenebrosos dias de violência psicológica e física. Aceitar essa realidade ainda era um desafio para minha mente, algo estranho de contemplar e aceitar. Não mais saía com meus doces amigos nem realizava as coisas que eu amava. Tornei-me um completo estranho para mim mesmo, a vida de um jovem universitário cheio de excitação e alegria era apenas um passado distante e volúvel. alegria, aventura e descobertas tinham se tornado palavras irreconhecíveis. Essa parte da minha existência parecia nunca ter acontecido, afundada em algum lugar no fundo da minha própria mente ou no lamaçal de tristeza e inconstância que havia em meu ser.
Minhas memórias felizes, meus momentos preciosos, estavam protegidos e guardados, distantes do alcance do monstro que me assombrava que estava sempre a espreita para me atacar e me punir por coisas imaginárias, Eram meu último refúgio para uma vida humanamente aceitável, meu sustento precário à vida. Era a única coisa que me prendia ao fino fio que ainda me ligava à existência. A única coisa que me mantinha respirando por um longo prazo. Através delas, eu os mantinha vivos, meus amigos, meus pais e P'Max. Oh, não... Não queria pensar nele, não podia. Sua lembrança era sempre avassaladora, uma tortura insuportável que me rasgava a pele a cada cinco minutos. Não, eu não iria pensar nele. Apenas abriria a ferida que tanto dói.
Olhei melancólico para as pessoas andando na rua da janela daquele apartamento ostensivo e sombrio, imaginando que todas aquelas pessoas que iam e vinham com toda a vida em seu curso natural, poderiam estar passando pelos mesmo infortúnios, matando os seus próprios dragões, passando pelo seu próprio inferno pessoal, e não tinha ninguém para salvá-las assim como eu. Ninguém sabia que no nono andar daquele prédio luxuoso tinha um garoto meio despedaçado e sem perspectiva, pagando por pecados que ele não sabia que tinha cometido. Ninguém a não ser o motorista que me esperava do lado de fora do prédio, mas ele não importava ele era como um mudo e surdo.
Olhei para o meu pulso inchado e roxo, mas uma marca pra contar que Gun tinha acabado de me dá, quando ficou sabendo que P'Max tinha brigado com Ezio nos corredores da Prestige e isso de alguma forma me envolvia, pela 12⁰ vez naquele dia não conseguir deixar de me sentir ainda mais miserável e infeliz. A vontade de chorar se fez presente, mas não chorei, faltava-me lágrimas e forças, de alguma forma meu cérebro já tinha se autoprogramado para que eu não chorasse. Voltei a olhar para rua um casal estava passando o garoto enorme abraçando a pequena garota de forma protetora, e então pensei se fosse eu e P'Max... não eu não estava pensando nele novamente.
Sentir alguém me abraçando por trás, meu corpo ficou tenso eu não me virei, só iam duas pessoas naquele apartamento, e uma delas era eu.
-Desculpe docinho, eu não queria fazer isso, foi aquele idiota que me fez perder o controle, ele já passou o limite de propriedade com você ele precisa entender que você não pertence mais a ele.
Eu fiz um meneio com a cabeça, Gun estava doente mentalmente essa era a principal coisa que eu precisava saber a segunda era que ele não ficava sã por muito tempo, qualquer coisa que parecesse errada ou suspeita dentro de seus próprios parâmetros, claro, era motivo para ele perder o controle assim se tornando muito perigoso e hostil, então eu precisava concordar com ele sempre, para o meu próprio bem e das pessoas que eu amava
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The Beauty Of Chaos (Reescrevendo)
FanficA raiva não tem nada de bom mas é preferível quando comparada a dor. Naqueles olhos que se estreitaram para mim só era possível ver ódio, aquele tipo de ódio que faz você desejar nunca estar do lado oposto. Essa foi a primeira coisa que vi nos...