Capítulo-6

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Passaram-se muitos dias desde que Lena começou a enviar flores para Kara diariamente. A cada entrega, Kara sentia seu coração acelerar ao ler os cartões apaixonados escritos por Lena. Era evidente que o amor entre elas ainda estava vivo e pulsante no coração de Kara. Para tentar distrair sua mente, Kara mergulhava cada vez mais em seu trabalho na CatCo.

Após alguns dias, Kara decidiu levar sua filha para conhecer seu local de trabalho. Porém, ela não fazia ideia de que Lena estaria lá naquele mesmo dia e, por ironia do destino, acabaria conhecendo a filha de Kara sem sequer saber sua identidade. Kara conduziu sua filha pela CatCo, apresentando-a à revista que trabalhava. A garota ficou encantada com o ambiente, mas em um determinado momento, Lena saiu de sua sala e se deparou com Kara e a criança.

Ao ver Kara com aquela garota, Lena ficou tomada por ciúmes e curiosidade. Um ponto de interrogação surgiu em sua mente, questionando quem seria o pai da filha de Kara, visto que Kara e Diana haviam começado a namorar há pouco tempo, e a menina parecia ter entre 9 e 10 anos. Movida pelo ciúme, Lena se aproximou de Kara e fez a pergunta direta:

Lena: Kara, quem é o pai da sua filha?

Kara, nervosa, se virou para encarar Lena e respondeu com certa agressividade:

Kara: Eu não te devo satisfações da minha vida. E, respondendo à sua pergunta, mesmo que não seja da sua conta, o pai de Elizabeth morreu pouco depois que ela nasceu. Está satisfeita?

Ao ouvir Kara chamar sua filha de Elizabeth, Lena começou a conectar os pontos em sua mente. Antes de tudo acontecer e se separarem, Kara havia mencionado a Lena que, se tivessem um filho, e se fosse uma menina, o nome seria Elizabeth. Agora, Lena tinha a confirmação de sua suspeita e decidiu fazer a pergunta que kara estava implorando em pensamento para Lena não fazer:

Lena: Kara, Elizabeth é minha filha?

Em um momento carregado de tensão, Lena percebeu o quanto Kara ficou nervosa e suando frio, com os olhos arregalados. Essa reação confirmou a resposta que Lena tanto temia. Kara respirou fundo e, com raiva e dor, disparou:

Kara: Lena, Elizabeth não é sua filha, e vou deixar bem claro: nunca chegue perto da minha filha, entendeu? Eu não vou permitir que você a machuque como fez comigo. Nunca mais se aproxime dela, você entendeu, Lena? Fique longe da minha filha!

Determinada a não se deixar abalar, Lena confrontou Kara e afirmou que ela estava mentindo. Lena sabia que a garota ali sentada naquela cadeira vendo a revista, era sua filha. A resposta de Kara ao ser questionada sobre a filha só confirmou suas suspeitas. Lena exigiu o direito de conhecer e fazer parte da vida de sua filha.

Lena: Kara, não minta para mim. Eu sei que essa garota ali é minha filha. Você ficou nervosa quando eu fiz a pergunta e tive a confirmação de minha suspeita. Ela é sim minha filha, e eu tenho o direito de conhecer e fazer parte da vida dela. Eu sei que machuquei você, mas você não tinha o direito de esconder que eu tinha uma filha. Agora, e deixo bem claro que não vou mais ficar longe dela. Vou embora, mas saiba que minha advogada estará aqui amanhã para garantir que minha filha tenha o sobrenome Luthor, afinal, ela é uma Luthor e tem direito a minha herança.

Com isso, Lena virou as costas e se afastou, deixando claro em seus pensamentos que, mais do que nunca, ela precisava reconquistar o amor de Kara e, consequentemente, conquistar o amor de sua filha. Ela estava disposta a lutar por seu lugar na vida da sua filha Elizabeth.

Marcas do passado:Memorias que Moldam o presenteOnde histórias criam vida. Descubra agora