Aniversário de Kelvin

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Kelvin:

Eu fui para casa cedo, o bar ainda estava aberto e lotado, Nice havia sido detida, o que nem era de se espantar, ela andava estranha ultimamente.

No dia seguinte, acordei com Luana batendo na porta do meu quarto logo cedo, havia um banquete de café da manhã pra mim, Zeza, Berê e a Graciara chegaram depois, os demais ficaram em baixo atendendo clientes.

- Parabéns... - Começaram a cantar e eu tentei impedir.

- Sem cantoria por enquanto, eu acabei de acordar... - Falo sonolento - Obrigada pelo café... Aliás, que café!

Ambos sorriem para mim e eu sorrio de volta, eles deixam eu aproveitar o café e descem para o bar. Tomei um banho gelado para acordar, vesti minha melhor roupa e desci até o bar.

Todos os meus amigos estavam enfeitando o bar, havia comida por toda parte, uma mesa com alguns presentes, uma faixa com meu nome. Nando pegou no violão e começou a tocar uma música e logo reconheci que era o "Parabéns".

- Parabéns pra você! - Nando começou a cantar e logo os demais fizeram o mesmo.

Todos começaram a bater palmas, inclusive eu, e cantamos o resto da música. Corri pra abraçar os meus amigos e agradecer pelo que tinham preparado. Enquanto observava o local, senti falta do Ramiro, até que vi ele entrar. Ele estava tão belo, até havia arrumado os cachinhos do cabelo.

Fui diretamente em direção dele, vi que ele segurava duas caixinhas, uma de chocolates e outra caixinha de cor vinho com um laço de fita o que seria um presente.

- Opa, Kevin. - Ramiro fala sem jeito.

- Oiê! Hmmm, tá todo arrumadinho, - Examino ele, - Isso é pra mim?

- É, é pr'ocê, - Ramiro fala com uma vozinha tímida, - Eu sei que é mei' simples, mas é com carinho. - Ele entrega a caixa.

- Brigada pelos chocolates! - Dou um sorriso modesto,  - Quer que eu abra essa outra caixinha na sua frente?

- Se 'ocê quiser abrir. - Ramiro fala com um sorrisinho de orgulho.

Puxei uma parte da fita e abri a caixa, lá havia a foto que havíamos tirado em nosso passeio e uma pulseirinha que parecia ser de ouro.

- Não devia ter se preocupado com presente, Rams. - Digo, mas da boca pra fora, eu havia adorado.

- Queria presentar 'ocê. Cê gostou? 

- Claro que eu gostei, também não devia ter se preocupado em gastar seu dinheiro. - Falo sendo modesto.

- Gastei minhas economias, mas vale a pena se for pr'ocê. - Ramiro sorri.

- Ah... - Fico corado.

Escuto as pessoas me chamarem lá dentro, gritavam um "Kelvin, vem cortar o bolo", convidei Ramiro para entrar. O bolo estava muito bonito, esperava eu, que o gosto estivesse gostoso.

Cortei um pedaço e abriram os questionamentos da primeira fatia de bolo.

- Nem sei porque vocês perguntam sabendo que ele vai dar pro "Rams Rams" dele. - Zeza fala do outro lado do balcão.

- Sim, eu vou dar pro Rams. - Entrego o bolo.

- Eeeeee. - Ramiro leva pra safadeza.

Vejo mais uma pessoa entrar e era o Henrique, que vinha com presentes.

- Olha a segunda fatia de bolo chegando! - Levanto uma fatia de bolo para o Henrique.

 - Ah... Obrigada, meu amor! - Ele disse o apelido "meu amor", mas não é em sentido amoroso, mesmo assim, todos olharam com outros olhos.

Ramiro ficou com a cara fechada enquanto comiamos, me aproximei dele devagarinho e dei um sorriso e o mesmo encara o nada.

- Tô sentido... - Ramiro fala com uma carinha triste, - 'Ocê tem algo com aquele macho? - Ele aponta para o Henrique.

- Não, Rams, e o nome dele é Henrique. - Digo.

- Fala o nome desse diabo não. - Ele fala com raiva, - Mai' por que ele chamou 'ocê de amor?

- Por educação. - Respondo.

- Desde quando chamar meu Kevin de amor é educação? - Ramiro questiona, - Nem amor dele 'ocê é!

- As pessoas costumam dar apelidos assim para quem gostam, mas assim, - Dou uma pausa, - Se eu não sou amor dele, eu sou amor de quem?

- Meu! - Ramiro fala de forma inconciente.

- Hmmmm, bem que a gente poderia ter algo, né? - Digo.

- Eu num entendi. - Ele fala confuso.

- Ainda bem, bora subir lá em cima. - Sorrio.

- Tá bom.

Chamei o Ramiro para meu quarto sem motivos específicos, talvez (apenas talvez) eu quisesse uns beijinhos. Ramiro fez uma carinha de confuso o que me dava ainda mais vontade de agarrar ele e nunca mais largar.

- Então... - Ramiro começa a dizer, - O que 'ocê quer fazer aqui em cima do nada?

- Nada demais. - Me aproximo lentamente, fazendo-o ficar contra parede.

- Nada dema... - Interrompo a fala dele com um simples "shhh".

Aproximo meus lábios do dele, mas sem beijar, ele me encara ligeiramente evitando olhar para minha boca. Sinto as mãos dele deslizarem devagar pela minha cintura e apertar com uma força moderada, ele me empurra levemente fazendo invertermos os papéis, agora eu estava contra a parede e ele em minha frente com o rosto perto do meu.

- A gente num tinha que descer? - Ramiro questiona, mas sentindo aquela respiração quente perto de mim, ele só poderia estar de brincadeira.

Eu beijo-o, aproveitando o gosto dos lábios dele, era impossível de se resistir. Ele me puxava lentamente para si, e distribuia leves apertos pelo meu corpo.

- Tem certeza que quer descer? - Falei de forma sedutora.

- Num tenho muita certeza não. - Ele levanta minha cabeça de leve pondo a mão em meu pescoço.

Ele sela nossos lábios, me levando até a cama e me deitando, deixando o corpo dele sobre o meu, continuando com o beijo. Coloquei minhas mãos nos botões da camisa de Ramiro como se eu fosse desabotoar e como ele não negou eu fiz o serviço de retirar a camisa dele, enquanto ele se deitou ao meu lado largando os beijos que dava em meus lábios, aproveitei pra ficar sobre ele e comecei a dar beijinho no pescoço dele, descendo até os ombros, mamilos, abdômen e eu senti ele tremer devagar.

- 'Ocê tá pensando em fazer aquilo de novo? - Ele pergunta com uma vozinha sugestiva.

- Só se você quiser. - Falo relembrando de avisos antigos.

- Bão... - Ele pensa, - Talvez eu queira.

Sorri, porque a forma de dizer que ele queria e muito, é engraçada. Desci da cama, mas meus planos estavam um pouco longe de ser por enquanto o que ele quer. Me afastei um pouco e ele se sentou na cama com um rosto confuso, andei em direção às costas dele e fui engatinhando até chegar mais pertinho dele, dei um suspiro quente perto da orelha dele e ele fechou os olhos por uns dois segundos, depois abriu e virou o rosto me encarando.

- O que 'ocê tá fazendo? - Ele questiona.

- Nada. - Digo de forma breve.

Ele volta a olhar para frente e eu passo meus lábios perto da orelha dele e beijo o pescoço do mesmo. 

- Quer uma massagem? - Falo no ouvido dele com uma voz excitante, colocando a mão sobre os ombros dele.

- Massagem? - Ele fala confuso.

- Não se faça de desentendido. - Deslizo a mão de leve em movimentos vai e vem pelos ombros do Ramiro.

Ele ficou calado sem dar respostas, então tomei a decisão que eu queria e comecei a massagear os ombros e as costas dele. Depois de uns minutos eu vi que ele parecia mais calmo, era bom ver ele calminho, mas selvagem deve ser ainda melhor.


Simplesmente, 'ocê - KelmiroOnde histórias criam vida. Descubra agora