Capítulo 10-Vitory Day
Lauren
13 de junho de 2005
Fórum de Santa BarbadaEu aguardava o veredito do lado de fora da sala de onde julgamento acontecia, eu estava nervosa e ansiosa, minhas mãos suavam e o meu corpo tremia. Por mais que eu estivesse convicta da inocência de Michael, eu tinha medo.
Ao ouvir o veredito, não consegui me conter, pulei e vibrei de alegria. Os Santos parece um está em um show lá fora, todos berravam de felicidade.
Minutos depois, os jurados foram saindo aos poucos de dentro da sala, eu os agradece mentalmente por fazer justiça, em seguida a família Jackson foi saindo e logo depois,ele.
Nosso olhos se encontraram depois de tanto tempo, as lágrimas dele eram visíveis apesar de enxugar as bochechas assim que saiu da sala. Um misto de saudade por não vê-lo há tempos e uma dor tomou conta de mim ao vê-lo tão abatido.
- A justiça foi feita!-Thomas envolveu meu corpo trêmulo e disfarçadamente sussurrou em meu ouvido.-Depois você fala com ele, tem muita gente aqui.
Me perguntei até quando eu precisaria engolir sapos. Sufocar e oprimir um sentimento dentro de mim por medo do julgamento alheio. Eu só queria abraçá-lo e dizer boas palavras.
- Obrigado!-Consegui lê os seus lábios enquanto caminhava em minha direção passando ao meu lado com seus irmãos.
Apesar de me senti mau, entendi e aceitei.
Cheguei no escritório acompanhada por Thomas e June, la comemoramos a inocência de Michael com resto do pessoal.
-Quero agradecer a todos vocês pelo trabalho duro.-Thomas segurava uma taça de champanhe olhando pra sua equipe.-Vocês foram excelentes profissionais,sabia desde o início que poderia contar com cada um de vocês. Estou muito orgulhoso pela lealdade de vocês.-Ele realmente estava orgulhoso.-E por fim, o senhor Jackson é um homem inocente! Quero dedicar esse brinde a ele. Assim posso fechar com chave de outro minha carreira como um bom advogado!-Thomas ergueu a taça e todos brindamos felizes.
Fomos para sua sala a pedido dele, entrei e esperei o que ele tinha pra me falar.
- Parabéns pelo ótimo trabalho, sempre soube que era o melhor!-Eu o-abracei com carinho.
- E você tbm. Foi meu braço direito. Acha que vou esquecer das noites que viramos aqui nessa sala lendo os processos? Esse mérito tbm é seu. Estou muito orgulhoso!-Fiquei feliz com a suas palavras, eu amava ser uma boa profissional.
- E como foi pra ele, na hora do veredito ?
- Ele chorou muito,muito mesmo. Porém não esboçou nenhuma outra reação. Talvez já esteja destruído suficientemente, sair livre dali não foi grande coisa pra ele, a dor já fez coisa pior do que uma condenação.-Thomas encarou o chão.-Aconselhei ele a descansar e procurar uma boa terapia. Ele precisa de pessoas boas e verdadeiras em sua vida. E não de controladores que se fazem de bons amigos.
- Eu até sei de quem o senhor possa está se referindo.
- Sim e por isso te chamei aqui.-Thomas olhou em meus olhos.-Se quer realmente está próxima dele,você precisa ter cautela. Por isso que preferi manter vocês afastados. Aqueles caras não são confiáveis.-Claro que Thomas se referia a Taylor e Paul.-Michael sabia o quanto você estava preocupada com ele,o quanto você queria está presente. Pode ter certeza.-Ele esboçou um sorriso.-Ele gosta da sua amizade, assim como gosta de você. Tinha que vê a gargalhada que deu quando eu contei sobre você ser a mandante do furo no pula-pula. Eu só quis proteger você daquele furacão, daqueles amigos dele e a mídia. Vc entende?
- Claro. E agradeço. As vezes eu queria agir no impulso e agradeço pelo seu zelo.-Assumi.-Espero poder vê-lo outra vez.
- Você irá. Só precisa ter cuidado. Ele não deixa de ser quem é. Todo cuidado é pouco quando falando das pessoas que cercam ele.A poeira baixou, passei uma semana mandando flores, cestas de doces e cartas para Michael, como uma um loucamente apaixonada, já que não conseguia falar com ele por telefone e nem por e-mail. Entendi seu sumiço, ele realmente precisava se curar.
Era tarde de sábado, eu, John, Richard e Mattew assistíamos um filme comendo pipoca espalhados na sala, amava aqueles momentos com meus amigos por perto.
Meu celular começou a tocar, John me entregou, não reconheci o número que apareceu no visor porém atendi.
- Alô!
- Preciso de você agora!-Aquela voz era irreconhecível. Eu paralisei por alguns segundos e não consegui ter reação.
- Onde você está?-Perguntei e todos ali presentes olharam pra mim.
- Estou longe de Santa Bárbara,mas peço que Bill busque você.-Senti que sua voz estava triste.
- Eu irei sim.-Falei.
- Traga o que precisar,a viagem até aqui será longa e vamos passar um tempo juntos,se você quiser, claro.
- Claro. Eu... posso passar o endereço ?
- Não precisa, Bill já tem.-Como ele sabia? Não questionei, até porque não queria dar o que entender aos meus amigos.
- Tá bom.
- Eu te aguardo!
Desliguei o celular e encarei os três homens em minha frente com os olhos fixos em mim.
- Vou precisar sair.
- Como assim?-John como sempre.
- Vou pegar umas coisa e vou.-Levantei do sofá.
- Mas o filme nem terminou ainda.-Matt apontou pra TV frustrado.
- Depois locamos outra vez. Mas, eu preciso correr agora.- Fui caminhando pro meu quarto e John veio atrás como um furacão. Claro,seu senso de proteção não faria ele ser de outro jeito.
- Lauren, qual é?- Ele entrou no quarto e fechou a porta atrás de si.- O que tá rolando, há tempos você anda estranha.
- Relaxa John. Eu sei bem o que estou fazendo.-Entrei no closet.-Não tem com o que se preocupar.
- A questão não é essa Lauren. É que do nada você recebe uma ligação misteriosa e diz que vai sair.-John veio atrás de mim.- você anda estranha, acredito que desde que seu chefe começou a trabalhar pro Michael Jackson.
Ao ouvir esse nome parei de fuçar as roupas e encarei John.
- Desculpe se eu fiz algo, eu preciso que confie em mim.
- Eu confio,não quero invadir sua privacidade como pais de adolescentes que estão fumando maconha escondido, mas preciso saber como agir se algo sair do combinado, entende ?
Claro que eu entendia, tínhamos códigos em caso de riscos quando estávamos em um encontro. Entendia também que meus pais entregaram sua única filha nas mãos dele. John me amava e tinha muito cuidado comigo, eu sempre reconheci.
- Eu entendo. Assim que eu puder, falo com você. Vou sair pra encontrar um amigo...
John cruzou os braços e me fitou minuciosamente.
- O Velho que não quis levar você pra cama?
- Sim, vamos conversar.- Voltei a pegar algumas roupas e produtos de higiene, provavelmente iria precisar.
- Onde você conheceu esse cara?
- Que cara!-Matt entrou no meu closet querendo saber. Revirei os olhos.
- Eu mereço.-bufei.
- Então você vai largar a gente aqui pra sair com um carinha qualquer ?-era óbvio que ele desaprovava a ideia.
- Ah Mattew, me poupe.
- Como ele se chama?-John adorava me colocar em saia justa.
- Michael!-falei sorrindo.-Agora saiam, eu preciso me arrumar.
- Vai me dizer que é o Michael Jackson?-John debochou por não acreditar no nome que lhe disse.
- Se ele não fosse gay,até poderia ser já que ela vivia de risinhos com ele lá no fórum.-Mattew não escondeu o ciúmes e eu não segurei a gargalhada.
- Ele não é gay seu idiota.-John deu um tapa no braço de Matt.-Quem me dera,assim talvez pudesse ter chance.
- Vocês são loucos.-continuei arrumando minha mala.
- Vamos gente, deixem Lauren em paz. Vcs são chatos demais as vezes.-Richard entrou puxando a mão de John.
Já estava pronta e com uma mala organizada, na bolsa eu levava documentos e maquiagem. Eu estava linda,fiz cuidados com a pele, corpo e depilação. Passei horas me cuidando o mais rápido que pude para não me atrasar tanto. Vestia um vestidinho florido azul com rosa,era colado nos seios até a cintura,bem decotado e solto na parte debaixo. Era bem confortável, calcei meus saltos médios.
- Você está tão linda minha deusa.-John veio me bajular quando cheguei na sala.-você só precisa de um colar, vamos ? - ele agarrou na minha mãe e me levou de volta pro meu quarto.
- Esse.-John olhou o colar de pérolas que havia ganhado da minha avó.
- Você não acha que é um pouco demais?-Franzi as sobrancelhas.
- Não. Pode apostar.-John colocou em meu pescoço enquanto me olhava no espelho.-Ele ama pérolas!
Fiquei sem chão com a sua persuasão. Nem consegui falar nada,ele realmente sabia ou estava jogando verde?
- John... -me virei pra ele.
- Confio em você gata.-John me interrompeu.-Não precisa me dizer nada,eu entendo os seus motivos e principalmente sabendo de quem se trata.-ele me envolveu em seus braços musculosos e fez carinho em meus cabelos. - Só quero que seja feliz.
- Obrigada John.
Meu celular tocou, era Bill.
- Olá senhorita Clark,estou aqui na portaria.
- Ok Bill, vou descer.- desliguei.
- Por favor não comente nada com ninguém.-Olhei nos olhos do meu melhor amigo.
- Não se preocupe. Seja feliz borboletinha!-John me levou até a porta, me despedi de todos e desci.
- Boa tarde senhorita Clark.-Bill saudou enquanto eu me acomodava no banco traseiro do carro.
- Só Lauren,Bill.-sorri.-Boa tarde.
- Me perdoe não ter decido, poderia levantar suspeitas. O mundo já me conhece depois de me vê acompanhar senhor Jackson por meses naquele fórum.
- Sem problemas.-Fechei o cinto de segurança.-como ele está ?
- Foram dias difíceis.-Bill deu partida no carro.- Mas acredito que o pior já passou. Ele vai ficar melhor.
O caminho foi bem tranquilo, era bem longe, fica conversando sobre coisas Aleatórias com Bill, ele me contou um pouco sobre sua filha e como era ser pai solteiro, acredito que era um cara legal. Quando dei por mim já estava em Beverly Hills,depois de 3h00 de viagem entramos no Bel Air hotel,notei o quanto era lindo e todo aquele verde o-deixava ainda mais luxuoso.
- Vamos entrar pelos fundos, senhor Jackson deu um nome falso quando fez a reserva para duas pessoas, acredito que não vai precisar fazer check-in.-Acompanhei Bill com pressa. Ele carregava minha pequena mala.
A pressa era para que ninguém levantasse suspeitas,fomos pelo longo corredor até chegarmos no elevador. Entramos,percebi que minha respiração estava ofegante e não era só pela caminhada rápida, ao me olhar no espelho do elevador me assustei com a minha expressão de nervosismo, senti meu estômago revirar, eu realmente estava nervosa. O elevador parou na cobertura, Bill me deu passagem para que eu pudesse sair primeiro,pensei que fosse cair. Tentei me recompor, porém a cada passo o meu nervosíssimo do crescia.
Paramos em frente à porta da suíte presidencial, Bill deu três batidas e passou o cartão de acesso no leitor da porta e entramos. O quarto era lindo,acho que maior que meu apartamento. Corri os olhos por tudo que pude alcançar, O teto de madeira com um enorme lustre que clareia tudo fazia do quarto ainda mais luxuoso, vi uma mesa de cor mogno,o tapete quadriculado em tons de preto e branco combinavam com as cortinas mostardas, achei tudo de muito bom gosto.
- Até mais Lauren.-Bill se despediu.
- Obrigada Bill. Até mais.-Sorri e ele saiu fechando a porta.
Dei dois passos pra frente e pude vê aquele homem lindo vim em minha direção.
Michael estava ainda mais lindo, seus cabelos estavam presos com cachos caindo em seu rosto, vi seu rosto se iluminar ao se aproximar ainda mais de mim.
- Você está perfeita!-Michael me olhou lentamente da cabeça aos pés.-Obrigado por vir.
Eu só consegui ficar ali de pé parada olhando pra ele,parecia uma miragem de tão lindo e cheiroso que era aquele homem. Eu estava morrendo de saudades,meus olhos me denunciaram ao soltar lágrimas e meu corpo não reagir.
- Você está bem?-Michael se aproximou ainda mais.
- Você não faz ideia do quanto eu senti sua falta!-Consegui colocar pra fora.
Michael ficou me encarando por alguns segundos e em seguida me surpreendeu com um inesperado beijo. Eu correspondi. Larguei minha bolsa no chão e agarrei suas costas, era a primeira vez que nos beijávamos de pé. Que beijo gostoso, cheio de saudade e paixão, era capaz de eternizar aquele momento. Aos poucos fomos nos batendo em tudo até chegarmos no sofá de couro bege do quarto, Michael estava por cima de mim.
- Eu quero você Lauren, eu não vou suportar mais ficar longe de você, de qualquer forma que seja.-Michael olhou em meus olhos.
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Até Depois do Fim
Fanfic"A história de amor de um casal não está baseada somente em momentos fofos, brigas e alegrias. Eles transam e narrar isso sem tabu é o que torna essa história ainda mais envolvente e viciante. Quebre os paradoxos que lhe prendem e venha viver essa l...