"A história de amor de um casal não está baseada somente em momentos fofos, brigas e alegrias. Eles transam e narrar isso sem tabu é o que torna essa história ainda mais envolvente e viciante. Quebre os paradoxos que lhe prendem e venha viver essa l...
A sala inteira foi tomada por uma surpresa com a informado que a médica trouxe. Não podia ser. - Bebê?-Sofia cambaleou buscando oxigênio.-Mas que bebê? - Como?-Ivy ficou confusa.-Vocês não sabiam que a senhorita Clark está grávida ? - Não!-O coro emocionado foi unânime. - Ah meu Deus.-John caiu em lágrimas sorrindo. - Só pode ter algo errado nisso, minha... minha filha ficou estéril... como ?-Sofia tentava encontrar as melhores palavras pra explicar. Sentia seu coração bater muito forte. - Bom, no momento só temos uma única Lauren Clark Queirós na unidade.-Informou.-Não existe erro. Os exames apontou o HCG no sangue, na ultrassom que fizemos para saber se ela havia sofrido algum tipo de trauma no abdômen, vimos o feto. É compatível com cerca de dois meses e meio mais ou menos, temos também uma porcentagem do sexo mas isso só podemos confirmar com mais tempo. Enquanto a médica explicava, a emoção tomava conta daquela sala, lágrimas de alegria. Um milagre. - Ela não contou pra você ? - Na verdade ela nem imagina.-Sofia estava muito feliz porém muito preocupada. - Era como se eu soubesse.-John suspirou.
Lauren acordou com o sol que já batia nas cortinas da janela do quarto do hospital, observou tudo ao seu redor e se perguntou o motivo pelo qual ela ainda estava viva. Se perguntou se realmente era a morte que ela ansiava naquele momento, não, Lauren não era uma suicida, ela só queria amenizar aquela dor tão carrasca que lhe punia severamente dia após dia depois que o amor de sua vida morreu.
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- Bom dia filha!-Sofia apareceu no campo de vista de Lauren.-Como se sente? - Morta!-Disse sem expressar qualquer sentimento. - Tem noção da besteira que você fez Lauren?-A mãe não consegui conter as lágrimas e seu desgosto na fala. Lauren apenas ignorou.-Você não podia. Consegue imaginar a dor que causaria não só a mim e ao seu pai, aos seus amigos mas também aquelas três crianças? Lauren fixou os olhos marejados na mãe e tentou formular uma frase em sua mente. Não queria causar dor pior em sua mãe. Sofia não merecia. Ela estava lutando. - Eu não pensei mãe.-Respirou profundamente.-Eu só me deixei levar pela adrenalina.-Sem vontade de continuar com assunto, se precipitou em mudá-lo.-Como está o Matt?-A culpa invadiu seus olhos. - Está bem.-Sofia sentou-se na beira da cama.-Ele so cortou a testa com o impacto da batida do carro na água. - Me perdoe pelo carro.-Lamentou por ter destruído o carro de luxo de sua mãe. - Isso é sério Lauren?-Sofia arregalou os olhos e levou as mãos ao peito como se tivesse levado uma facada ali.-Acha mesmo que me importo com uma droga de carro? Quando eu...-Sofia tremeu a voz pelo choro.-Eu iria perder o meu bem mais precioso, mais um.. A culpa agora pegou severamente, Lauren deixou as lágrimas se revelarem. - Talvez agora você finalmente tenha certeza do que é um verdadeiro sentimento materno. -Disparou Sofia sem pensar, enquanto enxugava as lágrimas ficando de pé. Lauren franziu o cenho e sentou-se, não entendeu a frase da mãe. A agulha enfiada em sua mão latejou com a medicação que tomava para hidrata-se. A enfermeira bateu na porta e entrou, cumprimentou as duas com um "bom dia" e observou o soro de Lauren. - Olha, já está acabando. Logo receberá alta.-A enfermeira baixinha afirmou. - Não seria melhor mantê-la aqui por mais alguns dias?-A pergunta de Sofia fez Lauren irrita-se, ela sabia que a filha odiava estar ali. - Acredito que não há necessidade.-A enfermeira sorriu.-Mas a Dra. Samily já está vindo aqui, ela vai saber.-Retirou-se. - Por que diabos quer me manter aqui?-Lauren fuzilou a mãe com os olhos.-Tá querendo me punir? - Penso que pode ser melhor.-Falou e arrumou sua blusa. Não conformada com a resposta rasa de sua mãe, estava pronta para questioná-la mas as batidas na porta fez a mesma mudar de ideia. - Bom dia!-A voz entusiasmada da médica entrou no quarto.-Como está a nossa paciente?-Olhou nos olhos fracos de Lauren. - Estou bem, eu acho.-Disse logo após saudar com o "bom dia." - Tudo certo com seus exames, nenhuma fratura, nem edema e nada de coágulos, isso é ótimo.-Ivy explicava com a prancheta nas mãos enquanto Lauren olhava fixamente para ela.-Agora trago uma boa notícia, eu acho que será boa.-O suspense na voz de Ivy fez Lauren esperar pela notícia com uma certa ansiedade.-Parabéns Lauren, você está grávida! Lauren arregalou os olhos e a sua boca se abriu, sentiu os batimentos acelerar, desenfreado. - É... é impossível.-Foi a única coisa que ela conseguiu fazer, rebater. - Não é não.-A médica entregou o papel com o seu exame quantitativo.-Está com quase entrando no terceiro mês.-Explicou enquanto Lauren lia o exame com seus dados.-E está tudo bem, fizemos a ultrassom, o feto está bem colocado em seu útero, os batimentos estão perfeito e temos uma porcentagem do sexo. Lauren estava debulhando em lágrimas. - Quer vê? Podemos fazer a ultrassom morfológica que é obrigatório fazer com esse tempo de gestação, para vermos se não há anomalias entre outros. - Sim, claro. Oh meu Deus... eu... -A voz de Lauren estava trêmula pelo choro emocionado enquanto tentava assimilar tudo aquilo que ouviu. - Eu já liguei para sua ginecologista e podemos ir lá hoje mesmo.-Sofia também estava emocionada.-A Dra. Samily nos contou achando que sabíamos e eu explicei toda a situação, mas corri para marcar com a doutora Briana.-Completou aproximando-se do monitor onde a médica já se organizava para iniciar a ultrassom. - Está pronta? - Sim.-O sorriso perfeito se abriu no rosto de Lauren quando viu no monitor um bebê já formado. -Oh meu Deus.-As lágrimas lavavam seu rosto enquanto a médica ia explicando cada parte do seu corpo.