Capítulo 34- Natal e Esclarecimentos
Lauren
Eu ainda estava tentando assimilar sobre estar carregando um filho, e mais, era um filho do Michael Jackson, na verdade era tanta coisa pra digerir que eu nem sabia por onde começar.
Cheguei em casa e contei como foi a consulta para os meus pais e ficamos conversando sobre. Fiz algumas pesquisas e fui em busca do contrato de uma Doula, acabei deixando para Michael decidir.
Mais tarde optei por me afundar no trabalho trancada em meu escritório improvisado junto com o meu pai. Fragrâncias e texturas para alguns cremes, farda de funcionários, até músicas que iriam trocar na loja foi decidida naquele dia. Estava sentindo alguns cheiros, quando adentrou as minhas narinas uma fragrância muito gostosa e ao mesmo tempo afrodisíaco, me fez lembra-se do cheiro do motel que fui com Michael, aquele era o cheiro que atraia sexo.
- Aphrodite!-Disse em tom sexy.
- O que tem a deusa do amor?-Meu pai riu sem entender.
- Esse será o nome da loja!
- Finalmente!-Brandon bateu palmas vitorioso, já estava farto da minha indecisão.
- Aphrodite Cosmetics!
- Uau! Achei tendencioso e ousado.-Papai ficou orgulhoso.-Foi essa fragrância que lhe inspirou?
- Sim.-Fechei os olhos e me lembrei de Michael me fodendo algemada naquela cruz de Santo André.- O cheiro da luxúria.25 de dezembro de 2005
Chegamos todos na casa de Michael por volta das 20h00. Tudo estava lindo, decorado em clima de Natal. Tocava músicas clássicas no som, a mesa estava cheia de comidas típicas daquela época. Combinei com Michael de colocarmos sapatinhos de bebê nos presentes das crianças e assim revelaríamos para eles quando fosse a hora de abrir os presentes de frente para a lareira. Achei perfeita aquela gigantesca árvore decorada lotada de presentes embaixo.
- Você está impecável meu amor.-Falei ao homem da minha vida ao vê-lo trajado por um terno champanhe sem gravata, seus cabelos estavam lisos caindo sob seus ombros, percebi que ele tinha aparado às pontas e retocado para esconder seus fios brancos.
- Nada se compara a mulher extraordinária que você é, meu Deus Lauren.-Ele me olhou da cabeça aos pés.-Eu não merecia tanto.
- Eu tento ficar a sua altura.-Lhe dei um selinho.-A altura de um rei.
- Você adora me deixar sem jeito.-Realmente eu amava aquele sorrisinho tímido que ele tinha. Tão puro e tímido.-Como está nosso bebê?
- Me fazendo colocar o próprio estômago pra fora, acho que está bem.-Sorri.
- Logo vai passar meu bem.-Me abraçou com carinho.-Baby... antes do jantar quero ter uma conversa com Taylor e Paul.
Me senti aflita, a presença daqueles dois caras me deixava mal.
- Eles estão aqui ?-Fitei seus olhos.
- Sim. Nos aguardam na biblioteca. Por isso que pedi que viesse mais cedo, não quero que outras pessoas saibam ou entre na conversa. Só diz respeito a não.-Ele caminhou comigo até a biblioteca.-Tudo bem pra você ?
- Claro.-Eu não era mulher de temer a nada, tinha noção da minha força e resiliência, não seria dois babacas que me colocaria medo.
Quando entramos juntos, Taylor e Paul se viraram para nossa direção, nos encarando.
- Boa noite!-Falei com um risinho.
- Boa noite Lauren, está deslumbrante.-Taylor me analisou dos pés a cabeça, me comeria de ódio se pudesse.
- Eu sei.-Caminhei livremente para mais perto.
Eu realmente estava linda, apostei em um rosé golden, decotado nas costas e nos seios, ele era longo e colado no corpo. Bem maquiada e em cima dos meus belos saltos.
- Quer senta-se?-Paul me perguntou.
- Estou bem de pé.
- Bom, estamos aqui porque quero esclarecer alguns maus entendidos e aproveitar pra dizer que a partir de hoje nenhum de vocês dois tem o direito de se meter na minha vida pessoal, pra deixar bem claro, eu aceito suas opniões mas não sou obrigado a concordar e aceitar.-Michael falava em tom sério gesticulando com as mãos.
- Tudo bem.-Taylor assentiu.
- Dito isto, me diga, porque diabos você falou pra Lauren que eu costumo brincar com as mulheres como crianças brincam de Barbies ?-Michael intimidou o homem a sua frente, cruzando seus braços.
Por mais que Taylor tentasse disfarçar o seu medo, era visível. Tive vontade de ri alto da cara dele.
- Na verdade eu até comentei com Paul que me arrependi, mas eu preferia falar isso pra que ela fosse embora.-Taylor deu os ombros.-Ela foi até Neverland e ficou insistindo em falar com você, queria entrar...
- É claro que eu queria entrar, queria que ele me falasse olhando em meus olhos tudo que foi capaz de me dizer ao telefone. Queria saber o que Talita estava fazendo com ele.-Falei enquanto tentava manter a calma.
- Eu não consigo entender o motivo de Talita estar em Neverland naquela noite.-Michael parecia tenso.
- Ela queria ficar com você, talvez lhe consolar depois da carta. Eu não chamei, ela quem foi. Ela queria cuidar de você.-Taylor parecia ter uma boa resposta pra tudo.
- E como Talita sabia que eu não estava bem ?
- Ela estava ao telefone com Bain quando ouviu seus berros.-Taylor colocou as mãos no bolso de sua calça.
- E porque não me deixou entrar naquela noite?
- Eu pensei que talvez você nunca tivesse visto Michael dopado e pudesse se assustar.
Eu pensei em ter ouvido errado, no impulso questionei.
- O que ?
- Taylor.-Michael impediu que ele falasse.-Você já explicou o que importava.
- Michael dopado, de que ?-Me virei pra ele, sentindo minha mãos formigarem.
- Podem nos deixar sozinhos um instante por favor ?-Michael suspirou.
Pude vê Taylor prender o riso, me fazendo odiar-lo.
- No fim quero que saibam que foi tudo pelo bem de ambos, que fique claro. Peço perdão de entenderam ao contrario, aos dois.-Taylor fazia cara de triste. Aquele homem me cheirava a maldade.
Assim que a porta de fechou, encostei na mesa e encarei Michael.
- Então tudo o que a Talita me disse em Manhattan, é verdade.- Tentava manter o controle no tom da minha voz e das minhas emoções, mas estava difícil com tanto gatilho.
- O que ela falou?-Michael se demonstrou indiferente me olhando com intensidade.
- Que eu precisaria ter muito jogo de cintura para lidar com seus vícios e o seu lado mesquinho e egoísta.-Naquele momento eu queria que ele fosse honesto comigo.
- De onde ela tirou isso?-Riu sem humor, na defensiva.
- Eu sei que você já esteve em habilitação antes...
- Lauren, eu não sou um viciado, tomo alguns remédios porque preciso, nada além disso. Nada!-A foram séria com que falava me mandava acreditar nele mas algo dentro de mim me dizia o contrário.
- Então naquela noite você estava dopado e não bêbado ?-Olhei bem pra ele e pude vê sua respiração acelerada.
- Quando vou ao dermatologista passo por uma sedação, nada demais, dura pouco...-Encolheu os ombros receoso.
- Eu só preciso que seja honesto comigo Michael.-Deixei claro.
- Eu sou!-Michael se aproximou levando as mãos a minha cintura.-Não se preocupe.
- Eu acredito em você.-Beijei seus lábios com amor.
- Tudo resolvido?-Me perguntou ao término do beijo.
No fundo eu tinha certeza que não, não estava tudo resolvido, mas preferi não acabar com o nosso primeiro Natal juntos. Um Natal e uma benção a caminho.
- Sim!-Menti e forcei um sorriso.
- Então vamos curtir nossa noite.-Michael segurou minha mão e saímos da biblioteca aos risos.
Aos poucos algumas pessoas já haviam chegado e estavam conversando com os meus pais e amigos.
Michael foi me apresentando aos poucos amigos que não me conheciam, entre eles Diana Ross e Elizabeth Taylor, eu gostei muito delas. Mulheres fabulosas sempre me encantava. Alguns dos amigos de Michael parecia confusos ao me vê lá com ele e não com o James, principalmente aqueles que estavam na festa. Eu e Michael fizemos um breve resumo sobre e eles entenderam.
Aquela noite estava mágica, muito linda, fui praticamente idolatrada por estar namorando o Mike.
- Eu sabia que era você.-Katherine Jackson disse enquanto se afastava depois do nosso abraço apertado.- Sua beleza é inconfundível e não falo somente em sentido externo.
- Ah, que gentileza senhora Jackson, muito obrigada.-Sorri em admiração pelo elogio.-Tenho muita admiração pela senhora, é sempre tão doce e linda. Michael teve a quem puxar.
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Até Depois do Fim
Fanfiction"A história de amor de um casal não está baseada somente em momentos fofos, brigas e alegrias. Eles transam e narrar isso sem tabu é o que torna essa história ainda mais envolvente e viciante. Quebre os paradoxos que lhe prendem e venha viver essa l...