Capítulo 63- Até Quando?

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Capítulo 63- Até quando ?

                            Michael

No outro dia, enquanto servia uma xícara de café para Lauren, resolvi falar sobre o nosso casamento ser finalmente revelado ao público.
- Estive pensando.-Coloquei o bule de volta na mesa e sentei de frente para ela.-Se não seria a hora de abrir nosso relacionamento ao público.-Lauren voltou seus olhos para mim.-Eu quero poder sair com você despreocupado e agora que você vai morar comigo, ficaria ainda mais fácil. Finalmente dar adeus as estratégias mirabolantes de esconder você. De esconder o nosso amor.-Dei um gole no suco olhando pra Lauren sob o copo.  Ela parecia estar pensando bem antes de falar.
- Amor...-Ela deu um longo suspiro e continuou.-Eu sei que Você quer isso, eu também quero. Mas só em pensar que a minha privacidade seria invadida, todo assédio e...
Não conseguiesperar ela concluir e interrompi educadamente.
- Quando começamos você já tinha noção de quem eu era...
- Eu não sabia que nosso relacionamento iria tão longe.-Agora foi a vez dela rebater me interrompendo. -Na minha cabeça era só um date e pronto.
- Agora você já tem noção do que temos, há anos, inclusive.-Disparei olhando em seus olhos.
- Eu sei.-Lauren encarou xícara em suas mãos.-Não me sinto preparada para isso ainda, Michael.
Era Sempre a mesma desculpa, ela nunca estava preparada. Até quando eu teria que viver um romance em segredo? Esconder dos meus fãs, a quem eu devia uma vida. Até quando eu não iria poder ter a minha mulher ao meu lado em eventos? Ou até mesmo ser flagrado aos beijos com ela em Las Vegas? Ou quem sabe poder agradecer-la por me fazer feliz em público? Até quando Lauren seria o meu segredo?
- Eu ouço isso há muito tempo Lauren, você deveria mudar o disco antes que arranhe.
Ela me lançou um olhar incrédula.
- Por que tem que ser sempre como você quer, Michael?-Ouvir sua voz se tornar mais áspera.
- Há tempos não é do do jeito que eu quero Lauren.-Sorri sem humor. -Eu sempre faço da forma como você quer ou acha que é melhor, colocando de lado a minha opinião.
- Se você está se referindo aos remédios, eu sinto muito por tentar lhe salvar desse maldito vício.-Sua postura arqueada me mostrava sua raiva crescer.-Eu sinto muito em querer o melhor pra você.
- Talvez não saiba o que é o melhor para mim.-Dei os ombros.-E não, eu não estou me referindo só aos remédios, mas também sobre as suas exigências como a de não querer morar comigo por exemplo.
- Eu...-Lauren passou a mão em seu cabelo jogando para trás.-Michael, eu não sou um móvel que você faz tudo o que você quer e fica mudando ele de lugar quantas vezes dá na telha. Eu tenho uma vida, eu tenho um trabalho. Sou um ser individual.
- Eu sei disso.-Assenti calmamente.- Mas eu acredito que uma hora você vai precisar decidir. Saber de certeza o que realmente você quer. Uma vida comigo ou a sua vida, individualista.-Afastei a cadeira com o corpo e levantei.-Não vou ser o segredo às sete chaves de ninguém Lauren. Você disse "sim", lembre-se disso.-Sair dali com coração apertado não foi tarefa fácil, mas necessário.
Lauren parecia ter vontade de falar algo a mais, mas eu preferi não ouvir. Subi para o quarto e deitei na cama. Me senti no direito de encurralar ela. Poxa, anos juntos e ela só consegue pensar nela mesma. Ou me esconder é uma estratégia positiva por algum motivo ?

                          Lauren

Depois daquela discussão em plena lua de mel, peguei uns petiscos com champanhe e fui para areia da praia, sentei e fiquei observando um mar.
Enquanto bebia uma taça, as lágrimas desciam. Pensei em tudo que já havia vivido até o presente momento, o quanto eu me doava para aquele relacionamento. Eu tinha total noção de quem Michael era e como carregava a indústria da música em seus ombros, mas existe um lado podre nisso tudo , os vampiros interesseiros e cheios de poderes, a mídia nojenta e as pessoas que o-odiava. Eu queria ficar longe disso tudo, eu queria deixar a minha família longe disso. Eu amava a liberdade de ser anônima e passar despercebida, fazer tudo que gostava de fazer. Pensar que eu era obrigada a escolher uma vida com o Michael ou a minha vida comum, me corroía. Qual a necessidade que ele tinha em me expor? E de expor o nosso relacionamento? Eu não conseguia compreender. Dizer "não" para Michael era o fim do mundo, ele nunca reagia bem e foi exatamente aquilo que ele fez. Simplesmente trancou-se no quarto e me deixou falando sozinha na mesa. Não fui atrás, eu odiava que aquele tipo de comportamento e ele já sabia disso. Deixei ele refletir sozinho.
Continuei sentada olhando o mar, o sol estava tímido devido às nuvens que ainda carregavam o céu depois da tempestade da noite anterior. Eu senti saudade das crianças, eles iriam amar curtir aquele mar, pensei no filho que eu não tive, aquele vazio nunca seria preenchido, imaginar como ele seria me causava angústia.
O cheiro de comida me surpreendeu. Frutos do mar com certeza. Eu sequei a garrafa do Rose e levantei, caminhei rumo a casa e assim que entrei e o cheiro vinha de lá, quando adentrei a cozinha meu homem estava lá, no fogão cozinhando. Eu me perdia em sua beleza tão intensa, seus cabelos amarrados no rabo de cavalo com os cachos caindo em seu rosto, usava uma camisa branca e sua calça preta. Quando ele notou minha presença, virou-se para mim me olhando da cabeça aos pés.
- Está com fome?- Perguntou.
- Estou.-Coloquei a garrafa seca no lixo.-O cheiro está ótimo.
- Estou fazendo moqueca de frutos do mar. -Apoiou as mãos no balcão e sorriu como se nada tivesse acontecido.
- Sério que você sabe fazer ?-Franzi o cenho em surpresa. Quis deixar a discussão para outro momento.
- Remy me ensinou. Era minha cozinheira e era brasileira.
Que homem prendado. Não existia uma única coisa que aquele homem não dominasse da melhor forma.
- Interessante.-Mordi os lábios. O champanhe me deixou meio ativa e a figura daquele homem ali tão... gostoso.-Tem algo que você não saiba fazer?
- Bom...-Michael passou a língua nos lábios umedecendo.-Acredito que se eu me empenhar, eu consigo. Então...-Deu os ombros convencido.-O meu maior desafio é sempre fazer você ceder.
Balancei a cabeça negativamente e girei meu corpo para ir ao banheiro.
- Preciso de um banho.-Falei.-Estou morrendo de calor.

Quando voltei, a mesa já estava posta, ele tinha organizado tudo com seu toque perfeccionista. Sentei e fiquei observando ele me servir. Aqueles movimentos tão sutis, aquelas mãos enormes e dedos cumpridos, já estava ficando doidinha e o banho não me ajudou.
- Você está bem ?-ele me perguntou sensualmente quando sentou-se de frente para mim.-Está ofegando.
- Estou faminta.-Quase saiu como um sussurro e eu corei.
Michael deu um sorriso de lado, sabia exatamente o que eu queria. Ele usava isso pra me tentar ainda mais, amava me deixar implorando por ele.
- A comida está servida, Lauren.-Seu tom de voz rouco me deixou ainda mais sedenta.-Espero que esteja do seu agrado.-Ele deu uma risadinha e pegou os talheres iniciando sua refeição.
Tentei me concentrar na comida, mas era difícil, eu estava explodindo de desejo por aquele macho.
A comida estava incrível, o sabor era dos deuses, uma explosão de sabores. Comíamos em silêncio. Talvez nem ele queria voltar a tocar no assunto, eu também não estava disposta a entrar naquilo outra vez.
- Vou fazer uma sobremesa pra gente.-Eu disse enquanto levantava.
- Ok, vou lavar as louças.-Ele recolhia os utensílios da mesa.
A flexibilidade de Michael sempre me deixava chocada, ele era muito dinâmico e humilde. Naquele momento ele nem lembrava ser o dono do álbum mais vendido de todos os tempos.
Michael lavava as louças enquanto eu despejava leite condensado na panela. Me aproximei dele para pegar uma colher na gaveta, propositalmente encostei meu corpo no dele, vi ele suspirar. Voltei para o fogão e coloquei chocolate em pó na panela, misturei e acendi o fogo.
Começamos a conversar sobre coisas aleatórias para quebrar aquele silêncio carregado de tensão sexual. Assim que o brigadeiro ficou pronto, me deliciei com a panela suja, Michael enxugava as mãos me olhando.
- Quer baby?-Sugerir, apontando na colher para ele.
Michael caminhou até onde eu estava, segurou na minha mão que segurava a colher e lambeu a mesma me olhando nos olhos. Aquilo me fez arrepiar-se, minha intimidade pulsou no mesmo instante.
- Que delícia Lauren.-Falou ainda me olhando.-Eu quero mais.
Ele tomou a colher da minha mão e pegou mais na panela que estava morna. Mais uma vez ele lambeu o doce.
- Quer baby ?-Seus olhos safados era uma perdição.
- Muito!-Suspirei indo em sua direção.
- Hummm...-Michael enfiou a colher em sua boca me impedindo de comer.-Não sei se você merece. Tem sido uma menina muito má ultimamente.
- O que eu posso fazer para me redimir?-Me fiz de coitadinha me aproximando dele.
- O que você acha que merece?-Me olhou sem me tocar.
- Umas boas palmadas, talvez.-Mordi os lábios com os olhos pidões.
Michael suspiro e largou a colher na panela me olhando fixamente.
- Ajoelha!-Ordenou.
Eu obedeci imediatamente olhando em seus olhos, vi ele abrir a calça e o seu membro duro pular para fora ser dificuldade.
- Me faça gozar Lauren!-Ele ordenou friamente, porém cheio de desejo e a prova disso era a sua glande molhada.
Eu já não podia resistir, segurei com as duas mãos e enfiei na boca. Lambi da glande as bolas, subindo e descendo com a língua molhada. Apertei meus lábios em torno do seu pau e fiz um vai e vem tão gostoso, ele gemia alto. Seria capaz de gozar só em ouvir Michael  gemer. Ele agarrou em meus cabelos fortemente e os puxou para trás, encarei seus olhos negros e ele agarrou com a outra mão em seu pau batendo com ele em minha bochecha repetidas vezes. Era pesado. Roliço.
- É isso que meninas más merecem!-Disse entre os dentes.
Soltou os meus cabelos, enfiou os dedos no brigadeiro e levou até seu pau, lambuzando sua glande, corpo e suas lindas bolas.
- Me limpe!-Ele lambeu seus próprios dedos.
Obedeci com prazer, eu amava aquela autoridade toda, aquela vulgaridade sexy e prazer inigualável. Eu também estava suja, saliva e brigadeiro. Alguns minutos depois senti as veias do pau dele pulsarem em meus lábios, ele iria gozar.
- Ughhh baby, eu... puta merda, eu vou gozar...-Michael gemeu abafado.-Porra.
Seu leite morno inundou a minha boca, engoli tudo deixando ele limpo. Ele ficou recuperado o fôlego enquanto eu encarava seu belo rosto.
Michael enfiou mais uma vez os dedos na panela enquanto eu levantava. Ele passou os dedos em meus lábios, sujando e abriu passagem com os dedos invadindo minha boca. Me obrigando a sugar seus dedos sujos de brigadeiro. Assim eu fiz enquanto ele se masturbava assistindo atentamente minha sucção. Ele desceu com os dedos entre meus seios por cima da blusa, minha barriga até chegar na minha boceta. Fechei os olhos assim que ele chegou lá.
- Fique nua pra mim baby.
Michael afastou-se um pouco para que pudesse ter uma visão melhor do meu corpo despido. Fui tirando peça por peça sensualmente encarando seus olhos, vi ele retirar sua camisa branca e sua calça. Que visão! 
Já completamente nua sentei na mesa e abrir as pernas pra ele.
- Agora me foda do jeito que eu gosto.-Agora foi minha vez de mandar.
Michael veio como um leão para cima de mim. Naquela tarde exploramos cada canto daquela casa. Meu homem era o Deus do sexo. Insaciável e viril sempre, empenhava-se a me dar o melhor em tudo que podia me oferecer. Eu sou uma mulher de sorte.

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