Minecraft

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     No fim da tarde, Cellbit escuta a porta bater e presume que algum dos caras esqueceu as chaves, porque eles são os únicos que sabem do seu problema com super sensibilidade auditiva para não tocar a campainha.

     O loiro usava um pijama todo marrom com uns botões de tecido fofinho e a sua toca costumeira para esconder as orelhas.

     Ele abre a porta e a primeira coisa que vê é um saco de balinhas de café e o moletom do homem aranha atrás dele.

      — Hola.

     O loiro dá espaço para o moreno passar e eles vão em direção ao quarto. Quando chegam começam a colocar as coisas do trabalho sobre a cama e a base na mesinha sempre abarrotada de livros sobre temas não muito interessantes: atividades paranormais, enigmas e os mais normais de mistério, ficção e terror; dessa vez a mesa estava arrumada só com alguns livros de enigmas e outros itens que o dono não tira de lá.

     — Você já fez a pesquisa? — Roier pergunta, ele tinha pesquisado por medo de ser inútil no trabalho, mas sabia que, se o loiro não quisesse o testar ou sei lá, teria feito a pesquisa ele mesmo.

     — Aqui. — ele aponta para um caderninho. — Como tá sua perna..?

     — Vamos começar então.

     Já eram sete horas quando os dois decidem dar uma pausa.

     — As balinhas são para você. — Roier comenta após um silêncio.

     — Tem veneno nelas?

     — Nem pensei nisso, bem que podiam.

     Cellbit pega o pacote e abre, pega uma, tira a embalagem e come, deixando o saquinho num pequeno lixo debaixo da mesa.

     — Eu fiz pão de queijo se você quiser. Também tem Guaraná.

     Roier sorri muito animado.

     — Às vezes você é legal.

     Cellbit sopra um sorriso.

     — Só não posso garantir que não envenenei como você.

     E o trabalho foi para o saco; quando Roier volta com os pães de queijo, Cellbit está jogando mine no celular enquanto come os doces, Roier se senta ao lado na cama e o observa ser explodido junto a sua casa por um creeper e dar um tapa na cama frustrado, o que o faz rir.

     — Callate pendejo! — Cellbit sai do mapa e entra num de parkour, ele vai passando de forma satisfatória até agarrar em uma fase, toda vez que ele caia a risada de Roier aumentava. Já tinham se conformado que a atividade do momento era o maior jogar enquanto o menor o observava como uma plateia barulhenta e risonha.

     — No mames, Cellbit.

     — Que!?

     Roier se desata a rir mais.

     — Me dá aqui.

     Cellbit já estressado passa o celular para Roier que erra o primeiro pulo.

     — No mames, es un idiota puta merda muito ruim — é a vez de Cellbit rir, ele tenta pegar seu celular de volta.

     — Essa não contou, essa não contou — Roier repete, a esse ponto falando em espanhol. Ele tentou mais uma vez, nessa tentativa, passando. — Ta vendo, ta vendo?

— Não. — ele pega o celular e continua jogando

     — não sabe perder — Roier ri com um pão de queijo na mão que Cellbit abocanha como vingança — EI, ESSE ERA O ÚLTIMO!

     — oops... — Cellbit sorri sarcástico.

O parkour segue seu curso até batidas na porta serem escutadas, Cellbit diz "entra" e Forever aparece. Ele olha incrédulo para Roier e depois só encara o outro loiro, que se dá conta do que está acontecendo e se levanta, desliga o celular e o joga na cama, voltando à mesa com as coisas para o trabalho.

Forever pigarreia.

— Hã, oi. — Cellbit o encara, desastroso.

— A gente pode conversar?

Cellbit senta no sofá da sala e Forever não diz nada com uma careta. Roier espera no quarto que foi deixado lá em cima enquanto Cellbit escuta o silêncio do amigo.

— Vocês... se resolveram? — Forever finalmente quebra o silêncio.

    — Não.

     — Quanto mais tempo passa, menos esperança eu tenho de que ele possa explicar. — ele suspira, cansado e compreensivo na mesma medida.

     — Não há o que explicar.

     — Mas por que ainda parece que vocês se gostam?

     — Que? Eu prefiro gostar de lixo do que dele.

     Um ruído de algo caindo e rolando nas escadas começa, e quando os loiros olham, há uma lata de Pringles no chão e Roier no topo da escada.

     — Foi mal. — ele diz e corre para pegar a latinha recém derrubada — meu irmão me ligou e eu acho que está meio tarde, então melhor eu ir. Obrigado, a gente pode continuar o trabalho quando você quiser, só me mandar mensagem.

     Roier deixa a casa e os loiros se entreolham.

    — Acha que ele escutou? — Forever pergunta.

     — Espero que sim.

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O celular de Roier começa a tocar assim que os loiros saem do cômodo, ele verifica quem é e atende.

Hola.

Ey! — a voz infantil grita do telefone.

— Ai Bobby! Mis oídos!

No me importa! Você já vai voltar a me trocar pelo Cellbit de novo!? Cellbit!! Não beija esse abandona-irmãos!

— EI! Do que você ta falando culero! — Roier olha ao redor para ver se ninguém havia ouvido.

— Vem logo para casa, Roier.

— Já vou, já vou. Adiós!

Apenas um ruído de alguém soprando a língua é ouvido e a ligação é encerrada, Roier ri e passa a descer a escada - levando secretamente uma pringles. Ele escuta a voz de Forever, mas não presta atenção até ouvir Cellbit:

— que? Eu prefiro gostar de lixo do que dele.

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Bodia!!

Durante td a fic, pode me avisar se tiver qualquer errinho, dar sugestões, vou adorar ler!

- é isso, bjinhos<3

Gatinho? - Guapoduo AUOnde histórias criam vida. Descubra agora