Hoje é o dia em que Cellbit vem a casa de Roier para passar o resto da tarde e lanchar. Esses poucos dias de espera foram dias diferentes para ambos.
Assim que chegou em casa depois do parque, Richas o encheu de perguntas que Cellbit tinha que responder para não chegar em Forever, e consequentemente no grupo todo. Também pensava em como gostaria de revelar aos seus amigos sua identidade - seus amigos mais íntimos, a favela, reagiram bem.
Roier, por sua vez, fez questão de encher Cellbit de mensagens duvidosas e propositalmente provocantes, apesar de sempre desconversar e manter o tom de piada. Além disso, Bobby ficaria na casa de Jaiden este fim de semana.
Logo que o horário marcado se aproxima, Roier toma um banho bem tomado, escova os dentes e põe a roupa mais confortável e aceitável de se usar, ele coloca um anime que está tentando terminar há décadas na TV e se deita. O aracnídeo veste uma camiseta branca com detalhes vermelhos e uma bermudinha vermelha.
No instante em que sua cabeça encosta no travesseiro, a campainha toca. Normalmente, Roier ficaria frustrado, entretanto dessa vez, tinha coisas melhores para fazer.
Roier abre a porta e vê Cellbit com um sorriso fofo no rosto. O felino está de moletom verde e um short e tênis pretos, mesmo com a touca é possível ver que seu cabelo está amarrado em um rabo de cavalo.
Quando os dois se olham, Roier puxa o loiro pela nuca e o beija, sentindo as mãos do outro sobre sua cintura, apertando-a. O beijo parecia desregulado no começo, muito rápido, necessitado, porém logo eles o estabilizam, sentindo o gosto um do outro com calma depois de muito tempo.
— pro meu quarto. — Roier separa-se rapidamente e segura a mão do híbrido correndo para o local
— seus pais estão em casa? — Cellbit pergunta e repara assim que entra no cômodo o anime que Roier pausou na TV
— não sei — ele ri. Quando nota o interesse do brasileiro na tela dá play no anime. Ele se joga na cama apenas para ver Cellbit engatinhar até seu lado, sorrindo com a ação
Aquele sorriso sobre os lábios de Roier é capaz iluminar tudo na mente conturbada de Cellbit, e é por isso que quando o vê não consegue prestar atenção na TV e só entrega-se ao calor dos lábios do mexicano.
Roier traz Cellbit pela cintura para seu colo, ele encosta a cabeça em seu ombro e o moreno passa a beijar o pescoço do outro, que faz um cafuné em seus cabelos escuros.
Os beijos passam a se tornar chupões - que certamente deixariam marcas - depois mordidas. A questão é, Cellbit adora mordiscar e quando o mexicano faz isso espera que o brasileiro ceda a seus próprios desejos também. E é o que acontece, o loiro sorri e morde a orelha do moreno que quase imediatamente abandona a pele pálida, agora colorida em vermelho e roxo, para poder apreciar o leve dorido quente sobre sua pele.
Vendo a satisfação de Roier, o outro se empenha a deixar marcas de mordidas em seu ombro, que ambos tinham certeza que não sumiriam tão cedo. Em certo ponto, Cellbit morde-o com força tirando um gemido do outro, ao invés de se desculpar, sorriu, sabendo que tinha feito seu trabalho.
— filho da puta — Roier o joga contra a cama, ficando por cima. Cellbit ri, animado
Eles ficam um tempo assim, se olhando, podendo relembrar os nunca esquecidos detalhes do rosto um do outro. As manchinhas, pintinhas, a boca, os olhos. Cellbit morde a bochecha de Roier.
— Ai, pendejo! — Roier adorava as mordidas do outro, principalmente quando elas machucavam
Roier puxa Cellbit de novo para cima, o fazendo sentar, porém sua touca não vem junto. O mexicano é o primeiro a perceber e propositalmente disfarça mal, olhando para todos os cantos menos para o loiro a sua frente.
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Gatinho? - Guapoduo AU
FanfictionFaz um tempo desde o término dos dois, e daí em diante Roier se sente culpado pelo que fez a Cellbit, e o loiro não sente remorso nenhum ao culpa-lo. Mas o que os dois sentem um pelo outro é bem mais do que arrependimento. Enquanto Cellbit tem...