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Tom coloca uma mecha do meu cabelo para trás e me dá um selinho — Vamos voltar a trabalhar na música — sorri de forma travessa e sinto minhas bochechas corarem. 

Tá bom — seus dedos entrelaçam os meus e o rubor toma conta.

Eu e Bill vamos participar de um evento do Spotify em Hamburgo, então... posso, sei lá, te mandar mensagem ou te ligar? — ele parece sem jeito e mordo o lábio para conter um sorriso. 

Claro! — não consigo raciocinar perto dele. Ele é tão bonito, tão charmoso, cheiroso, tão... lindo! 

Então tá — seus olhos se estreitam. Intensos, inebriantes. — Vai voltar com ele? — essa pergunta me pega desprevenida, tanto que pisco os olhos algumas vezes antes de responder.

Não, não vou — seus dedos acariciam minha bochecha. Meus olhos se fecham ao toque suave e carinhoso.

Sonha comigo, baby — se aproxima e beija meus lábios, calmo e intenso ao mesmo tempo. Coloco meus braços em volta do seu pescoço e ele me puxa mais para perto. O cheiro do seu perfume invade meus sentidos, me deixando tonta. Quando nossas bocas se afastam, me apoio em seu corpo para não desmanchar. Ele sorri para mim! Aquele sorriso que me deixou desconcertada desde a primeira vez que o vi ao vivo. 

Observo enquanto ele caminha em direção ao seu carro. O caminhar malandro, cheio de banca com as mãos nos bolsos e os cabelos balançando. Ele é de tirar o fôlego!

Bato a porta e me escoro, buscando o fôlego. O que eu fiz? O que fizemos? Ele é meu professor, meu técnico. Ele é casado! E eu sou uma boba, burra e idiota. Toco meus lábios, ainda com a sensação da sua boca na minha e respiro fundo. 

O que fizemos? 
O que fizemos? 
O que fizemos?

E porquê isso tinha que ser tão bom? Por que ele tem que beijar tão bem? Por que ele tem que ser tão lindo?

Burra burra burra. 

Respiro fundo algumas vezes, buscando recobrar a sanidade. Tom Kaulitz me beijou. Tom Kaulitz deu uns amassos comigo. Eu só posso tá ficando maluca...

[...]

Alguns dias se passaram desde o dia que Tom foi embora da minha casa. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação, nada. Vi algumas notícias de entrevistas e prêmios que eles ganharam por conta do podcast, mas foi apenas isso. Será que ele percebeu que foi um erro o que fizemos? Por que foi um erro, né? Essa pergunta fica martelando em minha mente. Mas, se foi um erro, porquê não sinto remorso nenhum? Por que sinto vontade de... fazer de novo? Boba boba boba.

Guardo o resto das coisas na bolsa e começo a caminhar para fora do vestiário.  Quando estou quase chegando na porta, meu celular apita e o puxo do bolso da calça. Saio no corredor e abro a mensagem no whats. Ele. Dou um sorriso quando leio ele me chamando de "baby".

Lily —  dou um gritinho de susto, quando Lucas aparece do nada na minha frente. Bloqueio a tela do celular rápido e o coloco no bolso. Engulo em seco.

Não posso falar agora — tento contornar, mas ele se mete na minha frente. Não encosta em mim, mas levanta as mãos para me impedir de andar. 

Precisamos conversar — ergo as sobrancelhas e o encaro. Ele não pode estar falando sério.

Não! Não precisamos —  arrumo a alça da minha bolsa no ombro e tento passar por ele, que me impede. 

—  Lily, porra, me desculpa, eu... — respira fundo — Eu perdi a cabeça aquele dia.

Deixa para lá —  tento passar e novamente ele me bloqueia — Sai, Lucas! Não tenho nada para conversar com você.

Lovely - The Voice | Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora