Lovely - The Voice | Tom Kaulitz

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Minha boca seca quando vejo meu ex-namorado parado a minha frente, com os olhos escuros e a mandíbula cerrada, suas mãos estão paradas ao lado do corpo e seu olhar vai de mim para Tom. Me afasto dele e tento fingir que nada estava acontecendo. Abro a boca para falar, mas é a voz tranquila de Tom que me interrompe. 

— Já fizemos os pedidos. — diz, com calma e serenidade. Mas, seus olhos se mantém presos aos de Lucas. 

— Lily? — pergunta para mim, mas sem me olhar. Então percebo, que Lucas trabalha aqui e eu não fazia ideia disso, se não nem teria aceitado vir aqui. 

Seu olhar está nele, e eles que travam uma luta silenciosa e sem espadas. Um sorriso desafiador surge nos lábios do Tom, seus dedos tamborilam na mesa, então ele faz o que jamais esperaria que fizesse. Passa o braço em minha cintura e me puxa para sentar grudada a ele. Dou um suspiro alto, curto e surpresa por isso. Não consigo respirar não consigo respirar não consigo respirar. Lucas infla as narinas e seu queixo balança de leve. A raiva dele está saindo pelos poros. Tom inclina a cabeça sutilmente para o lado, então Lucas olha em minha direção. 

— Vai querer algo? — ele pergunta e engulo em seco. Como respira? Como faz para sair dessa situação? Dou um pigarro e faço que não. Antes de sair, ele dá uma olhada rápida para Tom, então se afasta. 

Finalmente o ar entra em meus pulmões, quase me deixando tonta. Conta minha total vontade, empurro o corpo para o lado, colocando uns quarenta centímetros de distância entre nós. 

— Podemos ir embora? — pergunto a Tom e ele franze o cenho. 

— Por quê? — devo ter feito uma cara muito engraçada, pois ele dá uma risada alta e exagerada. — Tá tudo bem, baby. — me puxa para ficar perto dele de novo e roça seu nariz em meu pescoço. 

Reajo ao toque dele com um suspiro baixo e fecho os olhos. Toco seus ombros e minha mão sobe até sua barba, os pelos macios que fazem cócegas na minha pele. Raspo as unhas em sua bochecha e ele beija meu pescoço e minha mente fica embaralhada. Deuses, é tão difícil pensar perto dele, que por alguns segundos quase esqueço onde estamos. E quem está aqui. Me afasto dele novamente, que suspira fundo e toca meu rosto. 

— Lucas está aqui, ele... não podemos arriscar... — Tom coloca o dedo em meus lábios e me silencia. 

— Tá tudo bem. 

— Como não está nervoso dele ter nos visto juntos? — ele sorri, então franzo as sobrancelhas. — Você sabia que ele estaria aqui? — ele não diz nada, mas sua expressão denuncia tudo. Ele queria que Lucas nos visse. — Como pode fazer isso? — tiro sua mão do meu rosto. 

— É bom ele ver que você não está sozinha. — pisco algumas vezes até conseguir formular uma resposta. Ainda sem acreditar que ele fez isso. 

— Você... isso foi por ciúmes? — me afasto dele. — Perdeu a noção? Como pode fazer uma coisa dessas? — ele pega minha mão. 

— Ele não contará nada, fica tranquila. 

Puxo minha mão da sua. 

— Como pode fazer uma coisa dessas, Tom? Eu tô começando... você é meu técnico, já pensou se ele conta para as pessoas? A carreira que eu nem tenho acaba.

— Isso não vai acontecer, confia em mim. 

— Confiar? Depois de ter me exposto assim para o meu ex-namorado, no qual o relacionamento não terminou nada bem? — minha voz sai um pouco alta e ele respira fundo.