X - Jenlisa ABO.

Capítulo 2.

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Minha barriga já estava roncando de tanta fome, mas não era o meu foco, a tia Jun devia estar preocupada por eu não ter chego, o corpo da minha irmã com certeza a essa altura foi encontrado, e se meu carro ficou no local podem a confundir comigo, a confusão que vai se formar, não gosto nem de imaginar.

Escutei uma batida na porta do meu quarto mas não deixei de encarar o teto, estava perdida nos meus pensamentos, que nem notei que estava chorando, um perfume familiar invadiu o quarto e respirei fundo, ela tinha um cheiro forte de framboesa.

Não a encarei e escutei o barulho dos seus passos parar do lado da minha cama, ela colocou uma bandeja do meu lado e saiu do quarto, a comida cheirava bem, quando escutei a porta se fechar me sentei na cama e encarei aquela bandeja, havia um prato de comida, uma tigela de morangos e suco de limão.

Eu amo morangos, mamãe deixou de comprar porque dizia a mim que meu cheiro era insuportável e eu já fedia a casa toda, mas o cheiro de morangos não é ruim. Ela por algum motivo não gostava desse cheiro e me privou, mas papai dizia que eu tinha o cheiro igual da minha avó e sempre que ele sentia ele, ele se sentia perto da vovó.

Levei um dos morangos a minha boca e me senti ao céu, era tão bom, minha loba interna estava animada até demais, comi tudo que tinham trago pra mim e terminei de beber meu suco de limão, afastei a bandeja e coloquei do lado da minha cama, me senti melhor e minhas forças até se revigoraram.

Escutei uma batida na porta e encarei a mulher loira que acidentalmente arranhei mais cedo, ela me olhou e me deu um sorriso.

-Vejo que está mais calma, eu trouxe um pijama, não sei se vai servir mas..

-Obrigado.

Agradeci, ela sem permissão se sentou na cama e me olhou.

-Rosé, meu nome é Rosé.

Ela se apresentou e estendeu a mão pra mim e peguei em sua mão.

-Prazer..

-Já que vai ficar um tempo aqui, temos que ter uma boa convivência, então, Jennie podemos ser amigas? Foi mal por mais cedo, eu precisava te manter calma.

-Tá tudo bem, não guardo ressentimentos!

-Mas sua loba interna sim, você tem um cheiro bem doce de morango.

-Ele é enjoativo, eu sei.

-Não pelo contrário, eu gosto dele!

Ela disse animada e soltou uma risada baixinha.

-Não, você está dizendo isso para tentar me levar para a cama.

-Não de forma alguma.

-Como posso acreditar em você?

-Se eu fizer isso tem cinco alfas lá embaixo que ficariam irritados comigo, pois você está assustada e não é do nosso nível abusar do momento com ômega's indefesos.

Ela se explicou e estendeu a peça de roupa pra mim, e aceitei de bom grado, claro que ficariam um pouco grande, mas pelo menos eu tomaria um banho.

-Onde fica o banheiro?

-Na última porta do corredor, nas gavetas do armário tem peças íntimas.

Ela disse e saiu do quarto, por que será que tem isso aqui, tirando o fato que ela parece ser bem mulherenga, mas não faz sentido nenhum, andei até o armário e fiquei na dúvida se usava, mas elas estavam empacotadas, então não foram usadas, peguei um conjunto de peças íntimas pretas e o pijama, acredito que no banheiro tenha toalhas que não foram usadas.

No banheiro havia produtos de higiene pessoal separados, ele devem ser acostumados com visitas.

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Escutei a porta do banheiro abrir e encarei aquela alfa, ela olhou na minha direção e logo cobri meu corpo me culpando mentalmente por aquilo.

-Desculpa, a porta não estava trancada, foi mal.

Ela se explicou segurando a risada pelo meu espanto, depois que ela saiu do banheiro peguei a toalha e fui me trocar, desembacei o espelho e percebi que aquele pijama ficou justo, apesar do short está um pouco curto, mas eu gostei do jeito que ficou.

Sai do banheiro e o corredor estava escuro, minha loba estava inquieta, tinha alguém nos olhando no escuro, escutei a porta ao meu lado ser aberta e tomei um susto soltando um grito um tanto alto.

-Jina?

-Você está se confundindo, meu nome não é Jina, Jina é..

-Para de mentir garota, o que está fazendo no corredor, eu achei que estava transando com sua namorada.

-Namorada?

-Você bateu a cabeça, só pode, Lalisa, sua namorada bebeu novamente!

Ele gritou e escutei alguns passos atrás de mim e um braço envolver em minha cintura.

-Está tarde pra ficar parada no corredor.

Aquela mulher disse em um sussurro no meu ouvido, tirei suas mãos de mim e sorri tensa.

-Já estava indo dormir.

Ela exalava cheiro de álcool, ela deu um sorriso pra mim e me puxou pra perto de volta.

-Poe que está apavorada, meu amor? Tenho uma surpresa pra você, eu encontrei a sua irmã.

Isso está estranho, ela estava bêbada e estava me confundindo com minha irmã, não sabia que Jina tinha uma namorada.

-Por que não está me olhando nos olhos?

Ela disse e segurou meu queixo a fazendo encarar, ela sorriu pra mim e se aproximou mais um pouco e cheirou meu pescoço, minha loba estava em pânico, eu não conseguia me mover.

-Não posso esperar mais.

Ela disse e mordeu meu pescoço me marcando, arregalei meus olhos e tampei minha boca pra não gritar, me soltei dela e cai no chão. Ela bocejou e me me jogou em seu ombro caminhando até o seu quarto.

-Eu quero apenas dormir com você hoje, Jina.

Ela disse e me colocou sentada na cama, o quarto estava escuro então não consegui enxergar os móveis detalhadamente, eu me mandaria dali quando ela dormisse, eu só tinha que ficar quieta, mas agora com essa marca, não quero ficar a comando de uma alfa que eu nem conheço, mas temos um contrato.

Ela me puxou para me deitar ao seu lado e agarrou minha cintura me deixando grudada a ela, eu nunca havia sido mordida antes, mamãe nunca me explicou porque ela disse que se dependesse dela, eu nunca acharia um alfa pra mim.

Eu nunca sofri tanto na mão de alguém como da minha mãe.

-Não chore, estou aqui.

Ela sussurrou e me virou na direção dela, ela limpou algumas lágrimas que escaparam e selou nossos lábios em uma beijo calma, mas não era quem ela queria que estivesse correspondendo.

{...}

Continua..