Capítulo 13.

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P.O.V LALISA

Esses últimos dias tem sido uma correria imensa, dei o trabalho para Rosé de conseguir o número de Jennie, e ela realmente conseguiu, mas Jennie não responde minha única mensagem a dois dias, algo está muito errado.

-Senhorita Lalisa..

-Agora não, o que você quer fazer, faça, não me consulte, ao menos que seja algo que possa colocar nossa vida em risco.

Continuei a mexer em meu celular, e encostei minha cabeça na cadeira, larguei o celular encima da mesa, e tentei entender porque Jennie estava me evitando tanto quando eu sabia que ela estava sentindo minha falta.

Meu celular vibrou e o peguei na mesma intensidade e atendi sem ver quem era.

-Eai Lalisa, como estão as coisas por aí?

Era Rosé, ela seria meu pião para descobrir notícias de Jennie, uma ótima hora para me ligar Rosie.

-Preciso de notícias de Jennie.

-Eu te passei o número dela, não foi?

-Mais parece que não funciona, porque ela não me responde a dois dias.

-Que estranho.. não tem motivo para ela ter passado o número errado..

-Tem como ir ver como ela está pra mim?

-Eu vou, mas só porque estou preocupada também.

-Por que está preocupada com Jennie? Aconteceu alguma coisa?

Perguntei e vi Rosé desligar, só aumentei meus questionamentos e minha preocupação, eu teria mais 11 dias aqui, eu surtaria, escutei entrarem no meu escritório e não era nenhum dos meus homens.

Eu estava irritada, eu precisava de notícias dela, saquei minha arma e atirei no pé do rapaz o impedindo de chegar perto da minha mesa.

-Isso não são modos de entrar em uma sala privada.

Me levantei da cadeira e andei até ele, dois dos meus rapazes entraram na sala correndo mas pararam na porta encarando o rapaz caído no chão.

-O tire daqui antes que eu dê um fim nele.

Apontei a arma para os dois e eles pegaram o rapaz sem questionar nada, fechei a porta do meu escritório e respirei fundo.

-Por que você está fazendo isso, Jennie?

Escutei meu celular vibrar e o peguei, era mensagem dela, lá estava escrito.

"Mil desculpas!! Eu acho que dormi demais.."

Respirei aliviada por ela ter respondido, mas por que caralhos ela passaria dois dias dormindo? Por acaso ela é parente dos ursos? Mas não faz sentindo, eles não hibernariam nessa época do ano.

Liguei para o seu contato, ela demorou um pouco para atender mais atendeu, escutei ela bocejar do outro lado e outra voz feminina se fazer presente.

-Até que enfim a bela adormecida acordou.

-Não enche, Soo..

-Então, ela realmente estava dormindo?

-Oh se dormiu, dois dias inteirinhos, pensei até que ela tinha morrido.

Não sabia que minha ausência a afetaria tanto assim, Jennie estava com voz de sono, a vontade de cuidar dela e a proteger com minha vida a cada dia aumentava mais.

-Levanta, vai comer alguma coisa, você está pálida.

Escutei a outra mulher dizer para Jennie e sair do quarto.

-Lisa..

-Estou aqui.

-Posso ver o seu rosto?

Jennie perguntou, sua voz soava doce, deixei meu celular em um suporte e liguei a câmera, ela ligou a dela também, seu rosto inchado de tanto dormir e seu cabelo em um coque bagunçado que destacava suas bochechas, eu daria de tudo para a mordê-la agora.

Sorri quando vi seu rosto, havia algo nela diferente, talvez porque ela estivesse mais feliz com sua família.

-Eu estou com saudades de você, e é estranho confessar isso..

Me sentei na cadeira e sorri por conta do que falou.

-Você está bem, Jennie?

-Eu acho que sim..

Ouvi baterem na porta e encarei um dos meninos, fiz um sinal que entrasse.

-Querida, eu te ligo mais tarde, vá se alimentar, não quero saber que você ficou doente durante minha ausência, se cuida.

Ela assentiu com a cabeça e mandei um beijo para ela, e ela fez o mesmo, desliguei a chamada me sentindo mais aliviada por saber que ela estava bem, encarei o homem a minha frente e respirei fundo.

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-Por que você ainda insiste em achar que vai sempre se livrar?

Chutei as costas do rapaz, ele já estava completamente ferido, mais só a agressão não adiantaria, ele ultrapassou os limites, onde já se viu bater em uma criança que não tem um terço da força dele.

-A polícia pode não ter feito nada com você, mas para você não ficar tão tranquilo.. meus rapazes vão tirar suas duas mãos para você aprender a não tocar mais em uma criança, seu idiota.

Meu sangue tinha fervido, eu nunca perdoaria caso fizessem isso com meu filhote, e acredito que se fosse o meu filho nesses caso, eu mataria ele sem pensar duas vezes.

O dei um último golpe e fiz um sinal para os outros rapazes, andei até o carro e acendi meu cigarro, eu havia parado de fumar, mas diante aos últimos acontecimentos, é a única coisa que me acalma.

Jennie tem sido minha droga nesses últimos meses, estar perto dela faz com que eu esqueça todos os meus problemas, todos os crimes que eu já cometi.

Pude escutar o homem gritar de dor e soltei a fumaça no ar mas guardei o cigarro quando vi uma mulher passar com um bebê de colo, faz mal esse cheiro para criança, então por respeito eu apaguei, ela sorriu e fingiu não estar vendo o rapaz estar sendo ferido.

Entrei dentro do carro e atendi a ligação de Rosé.

-Lisa, se senta que lá vem bomba, e é das grandes!

Escutei um tiro ser disparado contra o meu carro me impedindo de responder a Rosé, meus rapazes olharam na direção de onde vieram os tiros, me abaixei e peguei a arma no banco e trás, olhei pelo espelho do carro e massageei as têmporas.

-Já te respondo, Rosé.

Desliguei meu celular e atirei de volta nos homens, eu nunca errei um alvo se quer e não seriam amadores que escapariam das minhas balas, acertei o braço de um e andei em direção ao carro deles disparando diversas vezes contra eles.

Senti um tiro passar de raspão pela minha bochecha, só restava um de pé, toquei o local e fiz uma expressão de dor e atirei na cabeça desse garoto sem pensar duas vezes.

-Filho da puta.

Xinguei e andei até o carro deles, alguns se arrastavam para longe, cruzei meus braços e fiz um sinal para que os meus aliados se aproximassem.

-Revistem o carro e tentam pegar qualquer informação de quem os mandou, desde que chegamos é sempre um ataque diferente, alguém está por trás disso.

-E o que fazemos com eles depois?

-Deixem os ai, se forem sortudos saíram vivos, menos aquele ali, faço questão de ir ao enterro dele.

Apontei para o rapaz que levou o tiro no rosto e sorri.

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Continua..

X - Jenlisa ABO. Onde histórias criam vida. Descubra agora