Introdução.

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{...}

Seria estranho dizer que bem, eu sabia que um dia me daria mal pelas palhaçadas da minha irmã, digo.. dividimos o mesmo útero, sabe. Mas ela sempre foi o oposto de mim, mas não sabia que seria algo tão grave.

O começo..

-Eu não quero saber, pegue suas coisas e suma da minha casa, infelizmente o seu conto de fadas onde você é a Cinderela não vai acontecer, Jennie, você não vai destruir o destino da sua irmã!

Mamãe disse e jogou minha mala na rua de casa, naquela altura todos os vizinhos estavam parados na calçada. Eu nunca entendi o porquê da minha "mãe" me tratar tão mal assim, sempre foi assim.. não que eu fique com inveja, longe disso, minha irmã é encrenqueira e mamãe quer se livrar dela e eu não posso defendê-la se não estivesse sendo uma filha da puta.

-Você vai se arrepender disso.

Disse e peguei minha mala, a coloquei no porta-mala do meu carro e sai dali dirigindo sem rumo, minha irmã não estava em casa quando essa confusão aconteceu, ela devia estar se drogando junto com aqueles amigos de merdas dela, ela não tem futuro, nem a faculdade começou, literalmente uma perda de tempo e dinheiro ela.

Dirigi até a casa da minha melhor amiga e eu sei que ela vai me acolher, ela sabe de tudo que acontece na minha casa, desde que papai foi embora de casa quando tinha 10 anos de idade, ela se tornou uma viciada, papai tentou a cada custo pegar minha guarda da minha mãe pois ele não queria se afastar de mim, mas mamãe mandou o matar e assim fez.

Ela alegou que ele abusou de Jina, uma informação falsa para tirar a culpa do assassinato das costas dela, minha família só tem louco, no caso eu e papai seríamos os que mais temos sanidade mental em casa. Diferente das histórias que o pai é o arrombado, meu pai foi um anjo ele trabalhava 12 horas por dia para trazer o sustento para casa e os mimos da minha irmã.

-Já estava começando a preocupar, eu já estou sabendo de tudo, fofocas rodam rápido, mamãe preparou seu quarto, sabíamos que viria ficar pra cá.

Minha melhor amiga disse no momento que coloquei os meus pés para fora do carro, a abracei e eu me senti acolhida nos seus braços, Jisoo é minha melhor amiga desde que éramos do berçário, e nossa amizade só fortaleceu com os anos, eu me senti segura nos seus braços, me senti em casa.

{...}

-Jennie, venha cá, querida.

A tia Jun disse enquanto passava pelo corredor, dei a meia volta e andei até a sala e me sentei ao lado dela.

-Eu estou um pouco velha e não sei se consigo ir colher arroz, você poderia ir fazer isso por mim?

-Claro que posso, é o mínimo que consigo ajudar, não se preocupe, eu vou ir ao mercado porque percebi que há algumas coisas faltando, na volta eu vou ir colher o arroz para a senhora.

Disse e deixei um beijo na mão dela, ela me deu um sorriso acolhedor e logo me levantei. Eu trabalho, mas não ganho o suficiente para me manter sozinha, faz uma semana que estou aqui e a tia Jun se aposentou, ela ganha bem, mas sustentar 3 bocas é difícil.

Entrei no meu carro e virei a chave sorrindo ao saber que ele ligou, ele está dando trabalho no motor, também né, o carro é velho demais, papai deixou pra mim quando morreu, como mamãe não quis eu disse a ela que quando eu tirasse a carteira eu ficaria com ele, e ela somente deu os ombros e aceitou.

Dirigi até o mercado mais próximo o estacionei o carro, olhei os carros em volta e suspirei fundo, fechei a porta e entrei no mercado.

-Pão, leite, ovo.. farinha, feijão, suco e..

Bati na minha cabeça tentando me lembrar do que faltava e senti segurar em meu braço.

-Não se machuque.

A pessoa disse e se foi, não consegui ver seu rosto, mas sua voz fez todos os meus pelos se arrepiarem, neguei com a cabeça e voltei ao meu foco, peguei uma cesta e deixei o que eu me lembrava.

-CARNE!!

Gritei me lembrando do que faltava e me culpei mentalmente por estarem olhando pra mim, soltei uma risada nasal e andei até a área do açougue.

{...}

Estava passando pela estrada onde estava a plantação de arroz e parei o carro e coloquei meus fones de ouvido, fechei o carro e sai dele e me xinguei por estar com um sapato branco, escutei umas conversas mas fingi que não ouvi nada, aumentei minha música e vi 3 pessoas reunidas, havia uma mulher e dois rapazes ao seu lado, ela segurava uma.. arma.

Me inclinei mais um pouco e vi uma garota ajoelhada e ela parecia estar chorando, tirei um dos meus fones para ouvir melhor a conversa.

-Você sabe que o que você fez não tem perdão, Deus não vai vim te salvar e mesmo que pense não pouparei sua vida.. você é tão linda, mas é tão burra não deveria ter se metido conosco, não costumo ser boazinha, ainda mais com vagabundas iguais a você!

A mulher mudou a arma de mão e deu um tapa no rosto da garota, ela caiu e logo vi que ela me olhou, era minha irmã.

-Jennie.. me ajude.

Ela disse chamando a atenção daquelas pessoas pra mim, dei alguns passos pra trás mas acabei tropeçando, escutou um barulho de tiro e vi o sangue da minha irmã escorrer molhando aquela grama dando outra cor, me levantei o mais rápido possível e sai correndo dali.

-Peguem ela!

Escutei aquela mulher falar, entrei no meu carro e girei a chave várias vezes mas o carro não ligava, aqueles homens se aproximaram do carro e comecei a entrar em desespero, eu não queria morrer, maldita curiosidade.

-LIGA!!

Gritei e bati no volante enquanto começava a chorar de desespero, minhas mãos tremiam, ouvi o vidro quebrar ao meu lado e desmaiei.

{...}

Em breve completa na biblioteca de vocês.
Estreia: 15/12/2023!

X - Jenlisa ABO. Onde histórias criam vida. Descubra agora