5. "Han Jisung.."

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Caminhando pelos corredores, Yang olhava fixamente para Minho com um sorriso no rosto, o vendo desfocar olhando em volta, com uma certa raiva nos olhos.

— Por que você foi lá pro ginásio? — Disse de repente olhando para o mais baixinho, o vendo mudar de expressão drasticamente, um ilhar triste que sabia que mexeria com o Lee.

— Eu só tava passando por alí, e eu achei interessante o jogo deles, quando aquele seu amigo começou a gritar comigo! — Disse fazendo um rostinho entristecido.

Minho suspirou, não acreditava na forma em como Jisung agia, suspirava pesado a cada passo, ainda pensava nele, em como ele se sentia, a final, tinha sim sentimentos por ele, mas o fato de que Jisung não teria o machucava, e prefere não se apegar mais do que já é, algo que é impossível, ele ama, ama mesmo o Han, mas essa percepção poderia mudar se ele apenas focasse em outras coisas.

Agora que estava mais próximo de Jeongin, sabia que as coisas iriam mudar, queria ser forte, forte o suficiente pra entrar no seu quarto, e tentar não virar a noite olhando cada foto que ficava escondidas entre gavetas, fotos essas da sua inspiração, Jisung, fotos que talvez tenha tirado e dito que apagou, fotos do mesmo sendo atrapalhado, fotos tiradas escondidas, esse era o remédio das suas dores de cabeça, e maior segredo.

Outra coisa que permanecia na sua cabeça, era como Jisung parecia cansado, e de rosto inchado e que parecia que iria chorar a qualquer momento, queria tanto o ajudá-lo. Odiava estar apaixonado.

— Ei, Innie... Quer matar aula em casa? — Perguntou tristonho, recebendo uma concordância, um sorriso e abraço no braço.

Era um fim de tarde, e Minho se encontrava jogado na cama em quando o mais novo conversava e ria com a sua mãe, tal essa que deixou o menino entrar na sua casa com a presença do Yang. Seu dia estava sendo um lixo, e totalmente desperdiçado, estava com tanta raiva de Jisung, tanta que não deixava de pensar no tal nem por um segundo. Estava com raiva de si mesmo por ainda estar completamente apaixonado pelo mesmo. 

Olhou em volta e aproveitou os minutos que lhe sobravam antes do outro subir ao seu quarto de volta. Se espreitou até a gaveta, caçando lá no fundo, sentindo os papeis plastificados entre os dedos. Pegou cada foto, veio junto e papeis de desenhos rabiscados que faziam quando estavam sem nada para fazer.

Passando entre fotos e rabiscos achou um pequeno papel rosa, dobrado e fechado com um adesivo, estranhou estar fechado, guardou as fotos e abriu o papelzinho em especifico. Ajeitou a postura, sentindo um misto se nervosismo e ansiedade, ele abriu.

"MM (Meu Minho),

Hoje, enquanto conversávamos, não deixei de notar o brilho nos teus olhos. É louco como você me olha tão admirado, confesso que fico muito tímido. Tenho tanta sorte por ter você como amigo, e queria que soubesse que estou aqui para você, hoje e sempre.

(Hyung, obrigado por me ajudar no teste de matemática.)

Com carinho, muitos beijos e reclamações, SJ (Seu Jisung)"

— Han Jisung..

Minho sorriu tão largamente, tinha esquecido de tudo tão drasticamente, mas esse sentimento foi interrompido com a porta de seu quarto sendo aberta. Jogou o papel na gaveta, querendo agir naturalmente, se sentou na cama mostrando inquietação.

Jeongin chegou falando e falando, fazendo o Lee apenas o escutá-lo 'atentamente'.

Por outro lado, o Han estava em casa, sendo mimado com carinhos de suas irmãs, quem cuidava do menino, agora calmo após ter tomado seus remédios de ansiedade, além de massagens para tranquiliza-lo mais. Além das milhares de mensagens que tanto Felix quanto Seungmin mandavam extremamente preocupados.

Pensava de olhos fechados, se apenas tivesse esquecido da mãe do Lee, se apenas tivesse realmente aceitado, queria gritar, mas nem seu corpo o permitia. Estava fraco, por conta do cansaço extremo que o choro desnecessário causou, mas culpava a si mesmo, pensando em estar a beira da morte. Não deixava seu drama até em horas como essas.

Suas irmãs ficaram tão preocupadas com o caçulinha, dedicram a tarde apenas para ele, a senhora Han achava drama da sua carte, claro que ficou preocupada, mas tranquila, sentia e sabia que logo logo iriam se resolver, aliás, quando os sentimentos estão a flor da pele, sempre há o desentendimento.

Os dois pensavam um no outro, os momentos mais marcantes, quando estavam juntos fazendo bobeira, ou caminhado  por ai, a noite que tanto os marcou.. Lembravam muito bem do sentimento palpável e a tensão tão gostosa.

Jisung lembrava com saudade.

Já Minho.. Com a oportunidade em que Jeongin foi embora, e sua mãe ter saído para a embresa, queria descontar aquela raiva, raiva essa que se tornou um problema que teria que resolver sozinho e com as mãos, se me entenderem bem.

Foi resultado de pensar as besteiras que faziam. Tinha se tornado o que mais temia, mas se sentia tão bem pensando em coisas tão libidinosas, querer até mesmo coisas mais gráficas pensava, realmente com os 'sentimentos a flor da pele', puberdade aos dezessete o realmente atacou.

Bem mais tarde, conversava com um de seus amigos, Hyunjin, um certo pintor que ia visita-lo quase todo final de semana, sempre ocupado com suas pinturas.

"Sei que pode ser difícil, mas não custa tentar se resolver, essa briga toda por que não tirarem um momento para se entenderem." Lee via a mensagem na tela, batendo os dedos sonolento.

"Jeongin sempre está na minha cola, depois que ele se aproximou de mim na sala, ele não me larga, confesso que ele me faz me sentir bem, mas cara. Jisung mexe comigo, é louco como eu gosto realmente dele."

"Jeongin?"

"Sim."

Hyunjin sumiu, deixou um Lee confuso, porem mais determinado ainda com as palavras do Hwang que grudaram como chiclete.

Resolver & Entender. Não seria tão difícil.

Logo bem cedo, tomava café com a esperança de falar com seu Jisung novamente, tentando esquecer a loucura que estava fazendo, como seu amigo o havida dito, talvez Lee fosse zangado demais, e não conseguia terminar uma conversa que já saia emburrado.

Pensativo, não deixou de notar a sua mãe, focada demais para uma unica mensagem, palavras da mesma. 

"Tome os cuidados e medidas que preferir, só não quelo aquele menino no meu campo de visão, e nem perto do meu Minho, I.n você é a minha salvação." 

"Pode deixar Senhora Lee! Consigo me livrar de Jisung rapidinho!"

— Vamos filho, mamãe vai te deixar na escola. — A mulher disse com um sorriso satisfeito no rsoto, balançando as chaves do carro.

𝗛𝗬𝗣𝗘𝗕𝗢𝗬 !MINSUNG.Onde histórias criam vida. Descubra agora