13. "Eternizar."

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Minho olhava Jisung caminhar pela rua extensa, queria tanto leva-lo para casa, mas deixou, não queria insistir, ele parecia incomodado com algo e não quis puxar o assunto.

— Cadê seu amigo? — Sua mãe perguntou olhando em volta em tanto o rosto calmo do filho a olhou.

— Foi a pé, eu pedi que ele fosse com a gente, mas ele disse que não queria incomodar. — O mais alto saiu na frente em direção do carro.

Era notável o desconforto em Minho, parecia preocupado com o seu Han, queria sair correndo e acompanha-lo até sua casa. Mas Jisung estava tão... Estranho?

Os dois Lee voltaram para casa conversando normalmente, esse mísero tempo que passavam juntos melhorou a relação entre mãe e filho, não andavam brigando tanto, afinal era resultado de Jeongin não era?

— Por favor Jeongin não quero ter que ouvir uma coisa dessas! Não quero meu filho perto de gente daquele tipo! — A mulher exclamava com dor de cabeça, apertando o senhor em quanto via o garoto o implorar.

— Tia.. a senhora precisa entender que o seu filho tem um amigo e que esse amigo significa tudo pra ele, que mal a senhora vê nisso?! O Han consegue ser uma pessoa incrível, sei que ele deve estar com raiva de mim, mas por favor, eles se completam! — Falou tendo a reprovação no fundo dos olhos da Lee.

— Ele é homossexual. Jeongin, meu filho não anda com gente daquele tipo.

— A senhora sabe que consegue me ofender? — Recebeu um olhar assustado da mesma, mas antes que pudesse escuta-la, começou a falar. — Tia, as coisas não funcionam assim, e se ele for? E se seu filho for?

— Por favor não me fale nisso.

— Então me escute, dê uma chance, oi quer perder o próprio filho? Eles são tão apegados um ao outro. Isso é ridículo, eu realmente gosto de Minho, por isso tô tentando conversar com a senhora! Não consigo separa-los, e isso seria impossível.

— Jeongin... — Ela suspirou, desacreditada, estava para enlouquecer e então aceitou. — Certo, obrigada.

Chegaram por volta das sete, estranhou sua mãe estar preparando o jantar sedo, se jogou no sofá jogando algo nos seu celular, estranhou mais ainda quando ouvia sua mãe conversar empolgada no telefone, não conseguiu prestar atenção na conversa e deu continuidade ao que estava fazendo.

Não notou quando o relógio marcou 20:30, e ouviu mais vozes entrarem, a familia Yang havia aparecido, e deixou o Lee empolgado, correu até a cozinha que ligava com a entrada da enorme casa, os olhos rápidos caçavam o raposinha que entrou sorridente e correu para abraça-lo.

— Jeongin! Nossa tenho tanto o que te contar...  Tenho que te agradecer, sério mesmo. — Soltou o mais novo e puxou para a mesinha com alguns bancos para continuarem conversando.

— Foi o mínimo que eu pude fazer, hyung. Mas me diga que está pegando o Han! —  Exclamou animado, rindo com a reação de Minho, quem olhava para os lados rindo.

— Ei! Bom... Você está certo..

— Eu sabia! Vocês estão realmente tendo algo? Sempre vejo vocês juntinhos. — Via o Lee coçar a nuca tímido rindo com as bochechas avermelhadas.

— Estamos ficando... Ainda nada oficial. — O mais novo bateu palminhas observando a inquietação e timidez do moreno.

— Mas tô vendo que algo tá te deixando incomodado... — Disse sorrindo, ouviu um suspiro e riso nasal.

Realmente, Minho estava preocupado com o Han e notou o incomodo que o mesmo tinha quando ficavam em um momento mais íntimo.

— Acho que estou sendo muito ansioso. Ele parece um pouco incomodado quando ficamos...

— Lee Minho sempre sendo Lee Minho... Vai com calma, ele não vai sumir de você. — Zombou.

— Não consigo evitar, ele é tão...

— Chega! Não quero detalhes. — Riram, ficando com um silêncio confortável, até iniciarem outro assunto.

Os dois passaram a noite conversando, Minho não sabia como agradecer o mais novo, percebia Guns traços que não deixavam o Yang, como ficar de grude com o Lee e coisas do tipo, não que incomodasse mas sentia que era um pouco estranho.

A noite caiu, o Lee tomou uma ducha quente após a saida dos Yang e estava deitado na sua cama, sem fazer nada, pensava no dia seguinte, se chamaria o Han para sair, se recordando se teria algo na sua agenda maluca, quando de repente seu celular começou a tremer na sua barriga nua — eventualmente estava apenas vestido de uma bermuda moletom.

— Jisung?... — Sussurrou para si mesmo, sorriu automaticamente, se ajeitando e atendendo o telefone. — Oi?

— Min? Acabei de chegar em casa, quer dizer, vim deitar agora. — Apesar de estar inseguro, Jisung não conseguia deixar de falar com Minho, escutar a voz relaxada o relaxava.

— Eu poderia ter te levado, jagi. — Sorriu colocando o telefone no ouvido, escutando o chiado baixinho do Han, seguido de uma risadinha.

Não precisava, gatinho. — Minho sentiu seu corpo arrepiar por inteiro, o apelido recebido foi tão repentino, ele era quem o apelidava, nunca achou que estaria tão apaixonado quando agora.

— Gatinho? — Repetiu, de bochechas vermelhas, em quando jogava a franja para trás.

Cala a boca. — Riu mais uma vez, Lee ouviu um pequeno bocejo, sorrindo caloroso do som fofo que o Han emitiu. — Boa noite, Min hyung.

Mas já? — Choramingou com dengo ouvindo a risada alta do outro, suspirou fazendo um bico.

Amanhã eu vou passar o dia treinando, preciso descansar.

Poxa. Boa noite jagiya, descansa. — Fechou os olhos abraçando o próprio corpo, como se Jisung estivesse em seus braços, escutando os murmúrios sonolentos e tão fofos.

Boa noite meu Min. — Uma pausa foi instalada, como se fosse desligar logo após de falar, Minho tirava o telefone do ouvido para encerrar a ligação, mas foi parado quando o ouviu mais uma vez. — Eu te amo.

O telefone foi desligado.

Seu maxilar travou, e sorriu, sorriu largo e tão caloroso, jogou o celular na cama, rindo baixinho para si mesmo, suas bochechas esquentavam, estava tão animado com um simples te amo.

O calor tênue da paixão que sentia por Han espalhava por seu corpo, fechava os olhos com força, até se acalmar e encarar o teto.

— Porra, eu te amo tanto Hanji... — Talvez precisasse realmente esclarecer como uma real relação.

𝗛𝗬𝗣𝗘𝗕𝗢𝗬 !MINSUNG.Onde histórias criam vida. Descubra agora