17. "Bombom"

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Eram quase sete da noite, e os dois garotos corriam pelo gramado da casa do Lee, correndo para porta dos fundos que dava para a cozinha.

Entraram rindo baixinho, caminhando de dedos entrelaçados, parando na sala quando deram de cara com a mulher alta que trajava um blazer, e extremamente bonita.

Ela parecia ligar para alguém no telefone mas parou assim que os encarou.

O Lee nervosamente largou a mão do Han, que o encarou confuso, mas entendeu que seria para se curvar, assim fez, tentando mandar um sorriso tranquilo.

- Mamãe? Achei que a senhora não estaria em casa. - O Lee perguntou batendo os pés no chão querendo passar logo.

- Como vou sair se meu filho estava fora até tarde?! Agora estou indo, trouxe um amigo? - A mulher sorriu para Jisung, que se mantia tímido e de cabeça baixa.

- É o Jisung, mamãe. Trouxe ele pra gente... Jogar.

- Ah claro! Mal reconheci, desculpe Han.. - A Lee murchou o sorriso rapidamente, mas não deixou de tê-lo no rosto. - Estou saindo agora garotos, estou atrasada, chego depois das nove, sem meninas aqui em casa! - A mulher riu em quanto saia ligeiramente.

O mais novo riu também, sem entender, talvez teria confundindo? Pelo jeito que ela parecia apresada poderia o ter confundido.

- Garotas? - Ele perguntou rindo, em quando caminhava olhando em volta da sala.

- Ela deve ter confundido... Quer ver meu quarto? - Mudou de assunto, o puxando pela mão, subindo as escadas quase correndo.

Ao chegar, Minho hesitou um pouco por vergonha, não parecia alguém realmente apegado aos presentes ou mínimas coisas, mas seu quarto era recheado de fotos e algumas outras coisas, ao entrar e fechar a porta Han reparou nas fotos coladas atrás, estás tiradas de ambos quando saiam encontravam essas máquinas de fotos.

- Não achei que você guardava tudo. - Sorriu se aproximando e ficando na frente do Lee em pé. Ficou calado, sorrindo como resposta.

Não que fosse orgulhoso demais para responder, tinha medo de passar a ideia de ser intimidador. Mas aquela inquietude o fez reprimir de todos os pensamentos.

Suspirou mais uma vez, puxando Jisung para sentar sob suas coxas.

- Tá com fome?

[...]

Assistindo algum dorama que estava em destaque no streaming, os dois garotos riam conversando besteira, mas aquela sensação se pânico fazia Minho mal conseguir falar com o namorado.

A ideia de querer se o namorado perfeito para Minho o estava afetando, havia apedido lanches que o mesmo gostava, preparado alguma receita com o mesmo, e agora estavam ali, deitados juntos no sofá da sala, Minho deitado sob o ventre de Jisung, com o rosto na barriga magra do menino, que acariciava os fios morenos e admirava o rosto cansado.

- Sério que você pediu comida pra mim, e foi você que comeu quase tudo? - Jisung ria dando tapinhas nas costas do corpo pesado.

- Desculpa jagi... - Minho levantou meio tonto por estar deitado demais. - Que merda... A mamãe já deve estar vindo.. - Minho recolhia alguns pacotes de salgadinho e outras coisas.

- Tá tarde mesmo, vou te ajudar e lavar algumas coisas! - Jisung beijou a bochecha do namorado, pegando pratos e copos indo aelte a cozinha.

Minho sentiu seu coração acelerar mais uma vez, Jisung era tão perfeito..

Ao longo que Minho foi ajeitando tudo perfeitamente no lugar, até mesmo seu quarto, Jisung lavava e se perdia pelas milhares gavetas onde deveria guardar tudo certinho, se colocava nas pontas dos pés pra guardar o último prato quando tropeçou ao se assustar com o som da porta de livro ser aberta.

A senhora Lee estava de volta, um leve arrepio na espinha o assombrou pelo fato de ainda estar ali a altas horas, ainda tinha medo da mulher.

Respirou fundo, era a mãe de Minho não era? Não deveria ter medo, era a mãe de seu namorado!

- Oh a senha já voltou? - Falou com um nó na garganta.

- Ainda está aqui, querido? - A mulher notou o lixo cheio de embalagens de lanche e suspirou rindo um pouco. - Trouxeram garotas? Por Deus, Minho não pode trazer meninas aqui em casa!

- Desculpe? - Jisung sorriu envergonhado.

- Ah meu bem, não se preocupe, sempre que os amigos de Minho aparecem por aqui falam em trazer garotas, mas fico aliviada de ver que não ocorreu! - Jisung já não entendia mais nada, garotas? Amigos do Minho? Chan.. e Hyunjin?!

Riu sem acreditar, sua cabeça doeu, ria para não alterar as coisas.

- Não quer que seu filho fique com uma garota? - Perguntou em falsa dúvida.

- Pelo contrário! Não quero nenhum viadinho encostando no meu filho, não quero manchar a imagem da minha empresa com coisas desse tipo.

Então, ele não tinha dito?...

Deveria ter desconfiado, quase poderia estragar tudo! Seu peito doeu na verdade mas queria manter como estava!

Sorriu um pouco, estava tudo bem relaxe Jisung era apenas ficar falado, que confusão.

Minho apenas poderia o ter dito que ainda não estava pronto para falar, ou coisa assim, não tinha ficado bravo, se não fosse pelas palavras que tinha deixado escapar.

- Você não pode arruinar com o nosso relacionamento!

Silêncio, muito silêncio.

A mulher pousou sob o balcão, deixando a bolsa de marca ali, em quanto o Han, engolia seco, se arrependendo, nunca quis tanto arrancar sua língua fora!

Suas mãozinhas cobriram a boca nervosamente expondo o anel visivelmente para a mulher que riu desacreditada.

- Como? Mas que-

O menino saiu correndo descalço pelo gramado, saindo pela porta da cozinha.

A mulher apertava o cenho quando se deparou com seu filho, quem assistiu tudo com raiva.

- Lee Minho..

- O que foi?! Minha nossa eu achei que tava tudo resolvido! Não me olha como se eu fosse um bicho! - Minho tremia a voz, falando alto, em quanto o olhar arrependido e raivoso de sua mãe o cercava, como se várias e milhares cópias de sua mãe o estivesse encarando. - Eu não sou uma aberração pra você me olhar assim! - Não conseguiu manter contato visual com a mesma, olhava para o piso, em quanto seus olhos ardiam, não queria chorar na frente da sua mãe, não mesmo. - QUE MERDA PARA DE ME OLHAR! - Gritou com a mulher, sua voz rasgou sua garganta, correu dali, em quanto se rosto pingava algumas lágrimas.

No meio do gramado, encontrou Jisung assustado, ouviu de longe o grito de Minho, se assustou e por isso tinha parado ali.

Porém quando olhou, Minho voltava sorrindo, com o rosto pouco avermelhado.

- Desculpa por isso meu amor...

- Minho... - Jisung o chamou, se aproximando e pegando alguns dedos da mão alheia.

- Eu não tive coragem de contar nada.. Eu sei lá! Eu só quero ser um bom namorado, e-

- Minho!

- Oi...

- Você é um idiota! - Jisung riu engasgando algumas palavras, o abraçando. - Desculpa eu que falei demais, eu sei como se sente, bombom..

Bombom?

Minho corou, e sentiu seu corpo todo esquentar.

- Ruim demais? Meio que você sempre me dá chocolate... Eu não sei dar apelidos... - O mais novo riu constrangido, mas foi surpreso com o outro puxando suas bochechas e beijando a boca macia.

𝗛𝗬𝗣𝗘𝗕𝗢𝗬 !MINSUNG.Onde histórias criam vida. Descubra agora