𝗛𝗬𝗣𝗘𝗕𝗢𝗬 !MINSUNG.

10. "Amor de tempos."

O sofá estava bagunçado, as almofadas no chão, indicando uma movimentação ali.

Jisung fora completamente dominado pelo Lee. Apenas o via aproveitar de seu corpo, claro, não fazia nada por que aquela visão de Minho beijando seu corpo já lhe excitava tanto.

Minho descia seus beijos até a clavícula quente, entre os dedos, Jisung apertava os fios morenos ansioso.

O Lee estava por cima do corpo deitado no sofá, tendo todo aquele pecado apenas para si, o silêncio que tentavam manter estava se tornando impossível de controlar, pensar que a qualquer segundo a mãe ou as irmãs de Jisung poderiam aparecer dava nos nervos do Han. Estava prestes a avisar, se se o Lee não tivesse completamente perdido em seu corpo.

- M-Minho! - Ofegou, viu o outro se afastar sorrindo, o mesmo explorava com as mãos a cintura nua, a camiseta de Jisung já estava em algum canto dali, marcas avermelhadas por toda a extensão do pescoço e peitoral do mais novo. - Vem.. Vamos pro' meu quarto.. - Jisung, subiu primeiro, sendo acompanhado do outro.

O clima estava tenso, os dois mantinham aquele silêncio apenas para garantir que não fariam barulho, os passos com sons imperceptíveis, risos nervosos e cochichos podiam ser escutados como o som do vento.

Jisung fechava a porta rindo sem parar, se virando e dando de cara com o mais alto arrancando a sua camiseta do seu corpo. Andou até a frente dele, olhando o corpo definido, e tão atraente. Não conseguia desviar o olhar, babava com o corpo do Lee, era incrível como o físico alheio era impecável, já havia olhado escondido algumas revistas em que tinha milhares de fotos de Minho quase com o torço semi nu, na época, invejava e sentia algo estranho, aquele calor interno que sentia em ver o amigo...

Suas mãos pegaram o rosto bonito que o olhava de cima a baixo, beijou de forma apaixonada e lenta, subiu no corpo de Minho sentindo as mãos colarem e apertarem seus quadris.

- Tudo bem, agora chega! - Disse baixinho fazendo Minho chiar, saiu de cima do outro, cruzando os braços em tentativa de esconder o torço nu, ria envergonhado indo até a porta do banheiro e se encostando.

- Na melhor hora? Poxa gatinha! - Riu sentado na beira da cama, vendo o outro fechar a cara zangado.

- Gatinha? Saiu com alguma menina da festa pra tá' me chamando assim? Cretino!

- Desculpa meu bebê, vem cá! - entrou no banheiro vendo o mais novo tropeçar vestindo seu pijama tentando empurra-lo.

- Saí seu merda! Aí! Lee Minho! - Se empurravam dentro do box, brincavam de se bater como criancinhas, saindo rindo feito bobos.

Sorrisos lavaram a cara dos dois garotos, estavam tão felizes, sorriam tanto que suas bochechas doíam, aquele calor instalado havia deixado Jisung envergonhado de certo forma, nem mesmo conseguia imaginar fazendo algo a mais que beijos com Minho.

Se deitaram relaxando os corpos na cama macia, com um curto silêncio relaxante.

- Ei. - Minho chamou o olhando.

- Oi... - Começaram a rir, nem mesmo sabiam o por que, Jisung correu de volta até a cama deitando aí lado do Lee, o olhando quase imediatamente.

- Sabe aquela sensação estranha, de quando você gosta de alguém, e esse alguém gosta de você também? - Falou mexendo nos dedos que eram iluminados pela claridade da lua que atravessava a janela. Jisung riu, deitando como Minho, olhando os dedos dele e esticando a mão e entrelaçando com a do mais velho.

- Você disse que gosta de mim, e gosta a muito tempo. - Fechou a cara com os lábios juntos o olhando calmamente.

O Lee suspirou, ah nossa era verdade, já fazia muito tempo, dês que se conheceram, estavam no nono ano, bem no início, quando toda a escola ficou sabendo que o filho de uma das maiores empresárias e modelo iria estudar lá. Todos surtaram, principalmente a sala de sorte, o nono ano.

Jisung era um deles que estava nervoso, sabia muito bem quem era o Lee, o achava tão bonito, e queria ser como ele. E felizmente, se deram muito bem, bom nós já sabemos no que deu.

- Dês do segundo semestre do nono ano. - Confessou rindo e suspirando, vendo o Han espantado.

- Nono ano?! Isso é muita coisa! Uns três anos? Você tá doido?!

- Dês que eu vi seu primeiro treino no vôlei, tá! Realmente faz tempo, eu tinha vergonha de gostar de garotos, você sabe, minha mãe e esse negócio de mídia.. - Jisung ascendiu, dando um breve beijo na bochecha alheia.

- Eu sei.. alias, e sua mãe? - Continuou olhando Minho, desta vez mais próximo, deitado com a bochecha encostada no seu ombro.

- Amanhã eu vou passar o dia no ensaio, e com ela, vou ter que tirar foto com mais um monte de gente, você quer ir? - Perguntou olhando para o rosto dele.

- Posso mesmo? Não vai ter problema? - perguntou animado, se aconchegando no corpo maior.

- Pode, te pego as duas.

- Você pode me pegar toda hora.. - Fechou os olhos ouvindo a risada exagerada de Minho.

- Eu sei. - Beijou a testa do bochechudo.

Os corpos cansados buscaram naturalmente o calor um do outro, e, sem perceber, encontraram-se abraçados de maneira suave e reconfortante.

Enquanto a noite avançava, o ritmo suave da respiração de ambos começou a se harmonizar, indicando que o descanso havia finalmente os alcançado. Dormiram calmamente, abraçados, como se encontrassem uma paz especial naquele gesto de proximidade, selando a noite com um momento de serenidade e conexão íntima entre eles.

Era quase sete da manhã, e Jisung acordou com a movimentação pouco fora do normal na sua casa, levantou com o rosto inchado, descendo as escadas e vendo suas irmãs agitadas tomando café.

Não viu Minho por nenhum lugar na sala, mas não checou o banheiro e não voltou por preguiça.

- Cadê o Minho?... - Disse com sono, com os olhos fechados encostado com a cabeça encostada na parede fria. Claro, dês da noite passada, seus sentimentos iam a loucura, e queria tanto estar com Minho agora mesmo.

- Han Jisung você ainda não tá' de farda? Filho são quase sete! Vá logo! - A mãe de Jisung disse impaciente ouvindo os resmungos chorosos do filho mais novo. - E você não tem vergonha de fazer essas safadezas na minha casa não, Han? Cria vergonha moleque! Você só tem dezessete! - A mulher correu até o menino lhe dando puxões de orelha. O menino ficou quase imóvel de vergonha.

- Mamãe! A gente só dormiu! Por isso eu nunca digo as coias pra senhora! - Subiu de volta alguns degraus fazendo um bico.

- O menino até saiu sem camisa Han Jisung! Não vem com seus papinhos, eu mandei se vestir!

Em casa, o menino ainda teria que conversar melhor com a sua mãe, apesar disso, estava feliz por tudo estar indo tão bem, correu apressado até seu quarto de volta. Cada movimento que Jisung fazia enquanto se arrumava mostrava uma intenção cuidadosa de se apresentar da melhor maneira possível para encontrar com Minho. Mesmo que se encontrassem todos os dias, hoje parecia especial, realmente especial.

Se olhou no espelho, reparando em uma camiseta enorme jogada debaixo da sua escrivaninha, riu, a pegando e deixando em cima da cama bagunçada, aquela com certeza seria seu novo pijama favorito.

|19 dias pro meu aniversário!
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