Era Heian
Em uma noite de luar na antiga capital Heian, as sombras dançavam entre os templos e os becos estreitos. Sukuna, o demônio de quatro braços, vagava pelas ruas escuras, sua presença inspirando temor entre os humanos.
Em uma das vielas, uma jovem chamada Yuki estava a caminho de casa. Seus passos ecoavam nas pedras desgastadas, e ela sentia a presença sinistra ao seu redor. De repente, Sukuna surgiu das sombras, uma figura imponente que emanava escuridão.
Yuki, apesar do medo, manteve-se firme. "O que você quer, demônio?" perguntou, encarando Sukuna com coragem.
Sukuna, com um sorriso sardônico, respondeu: "Quero nada além do meu prazer nas trevas. O que mais eu poderia querer de uma humana?"
Os dias se passaram, e Sukuna continuou sua jornada de desolação, espalhando temor por onde passava. Até que uma noite, algo mudou. Ele observou Yuki novamente, mas desta vez algo diferente aconteceu em seu peito escurecido.
"Por que você não foge? Não teme a morte?" Sukuna questionou, curioso com a audácia dela.
Yuki olhou nos olhos sombrios de Sukuna e respondeu com uma sinceridade surpreendente: "Todos morremos um dia. Prefiro encarar meu destino de frente do que viver com medo."
Essas palavras ressoaram na mente de Sukuna, uma semente plantada em sua escuridão. Intrigado, ele começou a observar Yuki de longe, questionando as emoções que surgiam em seu interior. Ele, que se considerava destituído de compaixão, sentia algo novo, algo que não podia ser ignorado.
Uma noite, enquanto Yuki olhava para as estrelas, Sukuna apareceu diante dela, seus olhos agora revelando uma faísca de desconcerto. "Humana, por que não teme a minha presença? Por que não se curva perante o seu destino?"
Yuki sorriu, tocando a mão fria de Sukuna. "Talvez eu veja algo em você que ninguém mais vê. Talvez haja mais do que trevas em seu coração."
A partir desse momento, algo mudou em Sukuna. Uma luz que ele nunca conheceu começou a brilhar em sua escuridão. Yuki, com sua compaixão e coragem, desencadeou uma transformação inesperada em seu ser.
Ao longo dos dias, Sukuna se encontrava cada vez mais atraído por Yuki. Suas conversas, antes cheias de amargura, agora eram pontuadas por uma estranha suavidade. Ele, o demônio sem coração, começou a questionar as próprias convicções.
Em uma noite estrelada, Sukuna, com um toque de hesitação em sua voz, confessou: "Yuki, eu não entendo o que está acontecendo dentro de mim. Sinto algo que nunca senti antes, algo que me perturba."
Yuki, olhando nos olhos de Sukuna, respondeu com um sorriso gentil: "Às vezes, mesmo as criaturas mais sombrias encontram luz no lugar mais improvável. Talvez você não seja tão irredimível quanto pensa."
Sukuna, o demônio sem coração, se viu mergulhado em um abismo desconhecido de emoções. O amor, um conceito que ele desdenhava, agora florescia em seu peito, transformando sua existência e desafiando as noções que ele próprio acreditava serem inabaláveis. A presença de Yuki, uma humana destemida, tornou-se a chama que iluminou as trevas profundas de Sukuna.
À medida que Sukuna continuava a ser envolvido pelos sentimentos desconhecidos, ele e Yuki compartilhavam momentos que desafiavam todas as expectativas. Em uma tarde tranquila, caminharam pelos jardins de um antigo templo, onde as flores de cerejeira desabrochavam em profusão.
Yuki, percebendo a contemplação silenciosa de Sukuna, perguntou: "O que você vê nas flores, Sukuna?"
Sukuna, com olhos distantes, respondeu: "Vejo a efemeridade da beleza, algo que floresce por um breve instante antes de desaparecer. É como a natureza efêmera da vida humana."
Yuki sorriu, tocando suavemente o rosto de Sukuna. "Mas, mesmo efêmera, a beleza ainda merece ser apreciada. Às vezes, são os momentos fugazes que deixam as lembranças mais profundas."
Aquelas palavras ecoaram na mente de Sukuna enquanto ele contemplava a verdade por trás delas. A beleza da vida humana começou a penetrar nas camadas de sua escuridão.
Em uma noite estrelada, à beira de um riacho sereno, Sukuna e Yuki compartilharam um momento íntimo. A luz da lua refletia na água, criando um cenário etéreo. Sukuna, ainda lutando com suas próprias contradições, sussurrou:
"Yuki, por que você não foge de mim? Por que se aproxima de alguém que se considera uma criatura sem coração?"
Yuki, com gentileza nos olhos, respondeu: "Talvez eu veja algo em você que você mesmo não vê. E, Sukuna, eu não acredito que alguém seja verdadeiramente sem coração. Às vezes, precisamos apenas descobrir onde estão as sombras e onde está a luz."
Naquele momento, Sukuna, movido por uma força que ele não podia mais negar, inclinou-se, encontrando os lábios de Yuki em um beijo suave. O universo pareceu congelar por um instante, como se o próprio tempo estivesse testemunhando a transformação de um demônio.
Ao se afastarem, Sukuna olhou nos olhos de Yuki, uma mistura de surpresa e fascínio em seu olhar. Yuki, com um sorriso terno, disse: "Às vezes, um beijo pode dizer mais do que palavras."
Sukuna, pela primeira vez, sentiu-se vulnerável, mas também vivo de uma maneira que nunca experimentara antes. Ele, o demônio sem compaixão, estava agora imerso em um amor que o desafiava a questionar sua própria natureza.
Assim, sob a luz da lua e o sussurro do riacho, Sukuna e Yuki embarcaram em uma jornada imprevisível, onde as sombras do passado encontraram uma nova narrativa, uma história de amor que florescia nas encruzilhadas entre trevas e luz.
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One Shots - JUJUTSU KAISEN
Fanfiction------ "𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑓𝑒𝑖𝑡𝑖𝑐̧𝑜 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑗𝑢𝑡𝑠𝑢, 𝑠𝑒𝑢 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑚𝑒 𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑣𝑒, 𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑢𝑚𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑎𝑙ℎ𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑢 𝑛𝑢𝑛𝑐𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑒𝑟." ------ Em um universo onde a magia do amor...