Confiança

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MA: "Me aguarde ♡"

AP: "♡"

Amapá agora estava em sua cama encarando as mensagens com um sorriso bobo, pensando em tudo que aconteceu naquela noite, as conversas, os elogios, os abraços, o beijo...

- Eu beijei o Maranhão - pensou alto com os batimentos ainda acelerados - e ele retribuiu, e ainda mordeu meu lábio...

O amapaense passava os dedos no lábio inferior, ainda conseguia sentir o calor da boca do maranhense em sua própria, "É que tu fica com um bico muito fofo quando faz birra, dá vontade de morder" lembrou.

- Então naquela hora ele já queria ficar comigo?! - o amapaense começava a corar novamente

A informação de que Maranhão também gostava dele fez o coração de Amapá se aquecer por completo, toda a ansiedade, todo aquele medo de perdê-lo de desfez, dando lugar a uma sensação de conforto e felicidade genuínas. Estava tão perdido em pensamentos românticos que se assustou ao ouvir alguém batendo na porta.

- Quem é a essa hora?

Quando abriu a porta a amiga roraimense pulou em cima dele num abraço orgulhoso.

- Parabéns Ama! Tu conseguiu! Eu falei que ele gostava de ti! - comemorou

- Obrigada Rô, mas... - Amapá estava confuso - como tu sabe?

- Ah, eu vi pela janela a moto chegando e fiquei lá assistindo a despedida do casalzinho - Rô respondeu com um sorriso cínico

- Tu tem que parar com essa mania de espiar a vida de todo mundo - disse meio tímido em saber que estava sendo observado

- E de onde vou tirar minhas inspirações pra escrever?

- Abestada - brincou

Amapá fechou a porta e os dois foram em direção a sala de estar, Rô se acomodou no sofá enquanto o amapaense foi buscar água para tentar acalmar os ânimos.

- Quer beber alguma coisa Rô?

- A única coisa que quero é saber como foi o encontrinho de vocês - a roraimense estava curiosa - conseguiu falar o que sente por ele?

- Foi melhor do que eu podia imaginar...

Amapá contou tudo que aconteceu naquela noite enquanto a roraimense ouvia tudo cheia de orgulho do amigo.

- A única coisa que não fiz foi me confessar, foi tudo muito rápido e acho que ainda é muito cedo - refletiu o amapaense - talvez ele queira ir devagar com as coisas...

- Ama vocês estão se falando a menos de uma semana e ele já mal pode esperar pra te ver de novo, olha essas mensagens - disse apontando para o celular de Amapá - ele nem disfarça o que sente por ti!

- Eu sei, mas sei lá - o receio tomava conta dele - parecia que ele tava inseguro de me beijar...

- Claro que tava! Se olha no espelho Ama! Ele deve acordar todo dia incrédulo de que um cara como tu deu bola pra ele! - indagou, levantando o astral do amigo

- Ah, mas ele também é tão lindo, e tem uma voz tão... - suspirou - e aquele cabelo...

- Ô boiolagem - brincou - vou logo voltar pro meu apartamento antes de ficar diabética com essa doçura toda - os dois riram enquanto a roraimense andava até a porta de entrada

- Ai me deixa! - disse, fingindo drama

- Deixo sim, mas antes de ir vou logo te dizer - ela parou em frente a porta - não fica com medo de se declarar Ama, tenho certeza que ele já até comprou as alianças - aconselhou num tom brincalhão

Minha CalmariaOnde histórias criam vida. Descubra agora