Capítulo 17

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Chegamos na porta da balada e não era nem 22:00 ainda, mas o movimento estava bom para uma noite de quinta-feira. Angélica desceu do carro e foi em direção ao Vitor que estava na porta esperando, eu parei o carro em uma rua sem movimento próxima e desci com Lucas. Até que fomos abordados por um menino vendendo balas na porta da balada. 

- O casal aceita comprar um pacote de balas para me ajudar? 

Olhamos sem graça um para o outro, então sorri por saber que as pessoas nos viam como um casal. Nem pensei em corrigir. Peguei um troco que tinha na carteira e comprei um pacote de balas do menino que saiu todo feliz. Então com as mãos no bolso seguimos em direção a balada. Olhei de lado para Lucas e percebi que ele estava sorrindo. 

- Qual e a graça? 

- As pessoas acham  que somos um casal. 

- Algum problema nisso? 

- Por mim não, mas eu lembro da cena que você fez quando me beijou. Não imaginava que um cara com aquela atitude fosse reagir assim. 

- Não e nada demais, além disso eu estou mudando, você me fez mudar. 

Ele me olhou de novo, mas dessa vez sério, eu vi em seus olhos que ele estava surpreso, e fiquei feliz demais. Eu ainda estava lidando com algo novo dentro de mim, mas era algo tão bom que eu conseguia deixar todo o resto de lado. 

Entramos na balada e depois de pegarmos as comandas fomos até o bar pegar algo para beber, fiquei surpreso quando ele pediu whisky. 

- Bem forte não acha? 

- Nada, como eu disse eu quero ficar louco, e além disso, você e o motorista. - Ele se curvou no balcão e sorriu para o barman- Dá uma água pro meu amigo, coloca na minha comanda. 

O barman pegou uma água todo sorridente para Lucas, aquilo me deixou com ciumes então fechei a cara para ele quando peguei a garrafa de sua mão. Fomos para a pista e encontramos Angélica e Vitor quase transando no meio das pessoas. 

- Meu Deus amiga, se controla, aqui e um lugar público. 

Eles se soltaram e Angélica sorriu safada com a boca toda manchada de batom. 

- Me deixa gay. 

Vitor se aproximou de Lucas e o cumprimentou. 

- Sinto muito pelo lance com o Diego. Eu não tinha idéia de que ele era casado. 

- Sem problemas. Já foi, agora e vida que segue. 

Fiquei com raiva de Vitor por ele lembrar daquele canalha, mas Lucas parecia realmente não se importar com o assunto. Ficamos ali conversando os 4, até que algumas horas depois, Lucas já estava mais pra lá do que pra cá. Sorria e dançava que nem louco, Angélica também não estava diferente, sobrou pra mim e Vitor ficar de olho nos dois. Nos encostamos no balcão de bar e ficamos olhando de longe, até que percebi quando um cara se aproximou de Angélica, ela sorriu, e então o apresentou para Lucas, e alguns minutos de conversa depois os dois começaram a se beijar. 

Foi como se um leão despertasse em meu peito, senti tudo ao meu redor girar, e uma raiva que eu não conhecia tomou conta de mim. Quem aquele cara pensava que era para pegar o meu Lucas daquele jeito? Sim, meu Lucas, porque por mais que não estivéssemos juntos ainda, ele era  meu. Vitor que estava ao meu lado percebeu minha mudança de humor. 

- Cara, tá tudo bem?

Olhei para ele, foi quando percebi que eu estava amassando a garrafa de água na minha mão como se fosse um slime. 

- Conhece aquele cara que tá beijando o Lucas?

- Nunca vi ele por aqui. 

- Deve ser um idiota querendo tirar proveito dele como o Diego fez. 

Eu Odeio Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora