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Assim que ele me ligou chorando, eu saí correndo de casa para ajudá-lo, já tinha uma ideia do que havia acontecido ao mesmo.

Quando cheguei ao apartamento e vi a porta arrebentada, meu coração parou, pensei terem o sequestrado ou coisa assim, mas logo me aliviei quando o vi sentado no sofá da sala, totalmente desesperado.

Nos conversamos sobre o que aconteceu e o que poderíamos fazer para evitar outra invasão, é claro que ele concordou.

Arrumamos a porta primeiro, não havia quebrado nem nada do tipo, só havia soltado da parede. Assim que terminamos de colocar no lugar, coloquei uns trincos extras só por precaução, as janelas tivemos que colocar outra.

Stiles havia comprado duas a mais quando reformou o apartamento, então deu tudo certo, colocamos as duas que estavam faltando no lugar e também reforcei com uns trincos extras por dentro.

Paramos um pouco para comer já que se passavam das 5 da tarde.

- Agora você vai poder dormir um pouco mais tranquilo.

- Sim, mas ainda assim dá medo, não sei qual o objetivo dele fazendo isso, ou dela, nem sei do que se trata aquilo.

- Realmente, mas stiles me diz, você tem saído? Ido para alguma festa? Balada ou comemorações?

- Por que quer saber?

- Qual é, me importo com você e, além disso, você é jovem, bonito e tem que aproveitar a vida.

Ele suspirou e me olhou com aquela cara de quem não estava nem um pouco a fim de falar daquilo.

- Não, eu não saio, não vou a festas, baladas ou comemorações, não tenho tempo para isso, vou para a faculdade de manhã e só volto à noite, quando chego faço as atividades e durmo, não tem como eu fazer algo!

- Qual é stiles, quando você estudava nem ficava em casa direito, e agora que tem seu próprio lar, não sai para se divertir?

- Primeiro, eu não chamaria isso de lar, lar é onde a gente se sente seguro e quer voltar, e eu com certeza não me sinto seguro e nem quero voltar.

- Segundo, eu fazia aquilo porque tinha companhia, coisa que atualmente eu não tenho.

— Stiles, você é como se fosse meu filho, e sabe disso, então vou te falar uma coisa: você não precisa de ninguém para se divertir, sua companhia é a melhor que existe.

— E quanto àqueles idiotas que não souberam aproveitar a sua companhia, saia, vá a festas, baladas, beije, beba, volte tarde, faça tudo o que um universitário faria, você é jovem.

— E quando se der conta, isso tudo já vai ter passado, então não desperdice, porque você não quer ser um adulto amargurado.

— Eu não consigo, o void foi embora, mas é como se ele ainda estivesse aqui. Tenho medo de que ele volte e acabe matando mais pessoas, não quero arriscar a vida de ninguém.

— Ele não vai voltar, não para você, e nem tão cedo, mas não adiantaria nada você ficar aqui, quando ele estava com você, ele fazia o que queria lembra? Mesmo que você não saísse e aproveitasse a vida, ele mataria de uma forma ou de outra.

Meu Admirador-stalion [REVISADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora