Capítulo 3 - "Reencontro"

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Naquela noite ela estava diferente, eu a vi de longe como das outras vezes mas ainda pude notar seu olhar triste, marejado, como se tivesse acabado de chorar

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Naquela noite ela estava diferente, eu a vi de longe como das outras vezes mas ainda pude notar seu olhar triste, marejado, como se tivesse acabado de chorar. Consegui observar apenas seus olhos, a metade de seu rosto estava coberto por um quadro onde ela estava fazendo uma pintura.

Seus cabelos presos em um coque, e a inconfundível tiara cor de rosa se fazia presente, vez ou outra ela mexia com a cabeça para afastar a franja que caia sobre seus olhos. Tento me aproximar mas a cada passo que eu dava parecia que ela se afastava, como a areia da praia quando a ondas vem e voltam.

— Olá — tento chamar sua atenção e parece que consegui.

A garota levanta o rosto e sorri com os olhos, aqueles lindo olhos azuis.

Sorrio para ela, a menina desvia o olhar de volta para a tela a sua frente.

Continuo tentando me aproximar mas parecia impossível, cada passo dado era um pouco da esperança perdida, a impressão que eu tinha era que nunca iria conseguir falar com ela. Mais uma vez a garota me encara e vejo uma lágrima escorrer em seu rosto, eu não sabia o motivo mas ela estava triste, e eu apenas queria abraça-la.

— Você está bem? — pergunto na tentativa de alguma resposta.

Ela apenas concorda com a cabeça e em segundos desaparece feito fumaça.

Sou acordado pelo meu despertador, levo a mão até o cômodo e arremesso o objeto gritante ao chão, passo as mãos pelo rosto tentando afastar o sono, respiro fundo me preparando para enfrentar mais uma rotina árdua de trabalho. Sem vontade alguma me levanto da cama indo em direção ao banheiro, eu precisava de um banho para acordar por completo.

Logo após me visto adequadamente para trabalhar; opto por uma calça jeans preta, uma camisa manga longa com a gola alta, e um casaco de couro de cor marrom, nos pés calço uma bota militar confortável.

Sigo para a sala e apanho as chaves do carro já saindo do apartamento, como sempre eu estava atrasado. Pelo caminho escuto meu estômago roncar e me lembro que não havia comido nada antes de sair, logo me recordo de Lucy comentando que ali perto do hospital havia uma cafeteria.

Procuro no GPS a localização e sigo por onde o aparelho me indica, ficava a uma quadra do hospital.

Estaciono o carro em frente ao estabelecimento e em seguida saio do veículo, me certifiquei que as portas estavam trancadas e caminhei até o local.

Assim que entro na cafeteria o cheiro de café invade minhas narinas, e faz com que meu estômago ronque mais uma vez, o ambiente era aconchegante; as paredes eram em num tom marrom parecido com madeira, os quadros pendurados davam um charme.

Algumas mesas estavam espalhadas pelo local, escolho uma perto da janela e me sento na cadeira estofada. Enquanto esperava ser atendido fico observando o vaso de flores que enfeitavam a mesa, certamente aquele lugar era um dos mais confortáveis que eu já estive.

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