Capítulo 18 - Um passo para a liberdade

353 25 48
                                    

Adentro o consultório de Lucy, cumprimentando-a com um aceno tímido antes de me dirigir ao sofá de veludo preto que conheço tão bem

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Adentro o consultório de Lucy, cumprimentando-a com um aceno tímido antes de me dirigir ao sofá de veludo preto que conheço tão bem. A sensação reconfortante do tecido macio contra minha pele contrasta com a turbulência que sinto dentro de mim. Lucy observa-me com olhos perspicazes, percebendo instantaneamente que algo não está certo. Ela se aproxima com uma calma tranquilizadora e se acomoda na poltrona em frente a mim, um gesto que me faz recuar involuntariamente.

Meu coração dispara enquanto tento reunir coragem para enfrentar o que precisa ser dito. As palavras parecem pesadas em minha língua, como se estivessem lutando para encontrar uma maneira de sair. A atmosfera da sala parece carregada de expectativa, e a tensão aumenta à medida que eu hesito em compartilhar meus pensamentos mais profundos.

Lucy espera pacientemente, seus olhos gentis transmitindo um apoio silencioso. Sinto-me acolhida por sua presença tranquilizadora, mas também assustada com a vulnerabilidade de revelar meus verdadeiros sentimentos. No entanto, sei que não posso adiar mais.

Respiro fundo, reunindo toda a minha determinação, e começo a falar.

— Eu decidi que vou denunciar meu padrasto, estou cansada de me esconder dentro da minha própria casa — Sinto o nó de minha garganta se desfazer. — Eu preciso me libertar disso, e ninguém pode fazer isso além de mim.

Cada palavra é um esforço, mas à medida que minha história se desenrola, sinto um peso sendo levantado de meus ombros. Lucy ouve atentamente, oferecendo palavras de encorajamento quando necessário e um silêncio compreensivo quando as lágrimas ameaçam dominar.

A mulher se aproxima e se senta ao meu lado, ela segura minhas mãos.

— Sei que não foi uma decisão fácil de tomar.

Assentindo com a cabeça.

— Não foi mesmo. Estou com tanto medo do que ele pode fazer quando descobrir... Mas não posso mais ficar em silêncio.

— Você não está sozinha nisso. Eu estarei ao seu lado, Mavie. Posso te acompanhar à delegacia, se quiser.

Sinto um peso sendo levantado de meus ombros.

— Obrigada, Lucy. Eu aceito sua ajuda.

— Estou aqui para você, sempre. E depois disso, se precisar, há opções para você não ficar mais em casa. Sua segurança é prioridade.

Sinto meus olhos marejarem, Lucy realmente era uma mulher incrível.

— Ele é capaz de qualquer coisa, Lucy... Não posso mais arriscar.

— Entendo. Vamos cuidar disso juntas, Mavie. Você não está sozinha.

À medida que a sessão avança, sinto um alívio gradual se instalar em meu peito. A confiança que deposito em Lucy e a segurança de seu espaço terapêutico me permitem explorar emoções e pensamentos que antes estavam escondidos nas sombras. Apesar da dor e da vulnerabilidade, sei que estou dando passos em direção à cura.

A Garota dos Meus Sonhos Onde histórias criam vida. Descubra agora