Victor Evans é um dos cirurgiões mais bem pagos de Seattle. Um homem fechado para os sentimentos e com uma personalidade forte. Tem vivido dias de tormentas, desde quando começou a sonhar com uma mulher misteriosa.
Por coincidência do destino, exis...
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Os olhos azuis que haviam alegria aquela tarde, estavam cobertos por uma completa tristeza e vergonha. Mavie mal conseguia me olhar no olhos, com certeza ela estaria achando que eu a julgaria por tal acontecimento, a culpa não foi dela, ela não sabia de nada, ela foi a vítima nessa trágica situação. E vê-la daquela forma, fez-me sentir um ódio seja lá de quem for que esteja sujando a sua imagem.
Assim que analisei a situação por completo, eu sabia que poderia resolver aquele problema. Liguei para um amigo que era muito bom em hackear sistema de internet e afins, não era nada barato, mas era a minha garota que estava sendo exposta ao ridículo, e eu não iria permitir aquilo. O meu amigo hacker conseguiu, em poucos minutos, apagar todas as imagens de Mavie da internet.
Eu o agradeci imensamente por aquilo.
Mas eu não queria entrar em detalhes com Mavie, afinal uma parte do problema havia sido resolvido, a outra, era recuperar essas fotos das mãos de pessoas más intencionadas. Mavie merecia recuperar o que sobrou da sua dignidade e eu iria ajudá-la, mesmo que isso custasse muito caro. Ela não merece passar por isso, nenhuma mulher merece.
E eu vou descobrir quem está por trás disso.
Depois de encontrá-la no parque, a convidei para jantar em minha casa. Pensei que ela fosse recusar mas para a minha surpresa, acabou aceitando, e dessa vez eu iria cozinhar para ela. Antes de chegarmos ao apê, resolvo passar no supermercado e comprar alguns ingredientes para preparar um macarrão ao molho bolonhesa. Tá bom, eu não sou um ótimo cozinheiro, mas qualquer um ama macarrão.
Depois do supermercado fomos para o meu apartamento, a viagem foi silenciosa, Mavie não estava querendo conversar e eu a respeitei, afinal era um momento delicado. Então eu apenas dirigi e a acompanhei no silêncio. Falar talvez parecesse invasivo nesta situação em que ela se encontra, Mavie precisava de seu próprio espaço e eu dei isso a ela.
Chegamos no meu condomínio, estacionei o carro e desci, fazendo questão de abrir a porta do carro para a garota. Pegamos o elevador sem dizer uma só palavra, o silêncio ainda era vitorioso. Caminhamos até a porta do meu apartamento, e antes de abri-lo eu a encaro com um meio sorriso, Mavie retribuí ainda tímida. Destranco a porta e abro a mesma, dou espaço para que ela entre primeiro.
Seus olhos curiosos passeiam por toda sala, percebi o sorriso se abrir quando ela enxerga meu aquário de peixes, é eu tenho um aquário. A garota se aproxima do vidro e o toca com as pontas dos dedos e em seguida olha para mim, talvez impressionada ou fascinada. Era um olhar ao qual eu não conseguia decifrar, naquela noite ela estava indecifrável.
Ela se vira para mim e caminha mais um pouco pela sala, agora, olhando alguns porta retrato que haviam sobre o hack de madeira.
Mavie apanha uma foto onde Elisa estava retratada.
— Quem é ela? — A garota questiona sem tirar os olhos do porta retrato.
