Victor Evans é um dos cirurgiões mais bem pagos de Seattle. Um homem fechado para os sentimentos e com uma personalidade forte. Tem vivido dias de tormentas, desde quando começou a sonhar com uma mulher misteriosa.
Por coincidência do destino, exis...
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Enquanto volto ao trabalho, sinto uma mistura de alívio e nervosismo. Coloco meu avental de atendente e apanho minha caderneta de pedidos, voltando à rotina que me é tão familiar. É reconfortante estar de volta à cafeteria, um lugar onde me sinto em casa e que me traz um senso de normalidade em meio ao caos.
Ao atender alguns clientes e limpar as mesas, minha mente vagueia, incapaz de se concentrar completamente no trabalho. A todo momento, meus olhos se voltam para a porta, esperando ansiosamente que Victor entre no estabelecimento. Cada ruído ou movimento na entrada me faz ficar alerta, na esperança de vê-lo aparecer a qualquer momento.
Apesar da agitação interior, estou determinada a manter-me focada em minhas tarefas, sabendo que é importante cumprir minhas responsabilidades profissionais. No entanto, a presença constante da expectativa por sua chegada torna difícil manter minha mente totalmente presente no que estou fazendo.
À medida que o dia chega ao fim, assumo a responsabilidade pelo fechamento do caixa e da cafeteria. Observo enquanto Ethan se despede, informando que está indo encontrar Lucy para uma sessão de cinema. Assinto, desejando-lhe uma boa noite e garantindo que ficarei bem sozinha para terminar o trabalho.
Com determinação, começo a fechar o caixa e, em seguida, as persianas da cafeteria, seguindo os procedimentos habituais. O silêncio do estabelecimento vazio ecoa ao meu redor enquanto concluo as tarefas, e o relógio no pulso serve como uma lembrança constante do tempo que passa.
Ao verificar a hora, sou surpreendida ao constatar que já passa das sete da noite. Um calafrio percorre minha espinha, e percebo que o tempo voou enquanto eu estava imersa no trabalho. Uma sensação de solidão e vulnerabilidade se instala em meu peito, mas respiro fundo, lembrando-me de que posso cuidar de mim mesma e que logo estarei em casa, em segurança. Com essa certeza, termino de fechar o café e me preparo para sair, pronta para enfrentar o que quer que a noite traga.
Ao me preparar para sair do estabelecimento, sou tomada por uma onda de pânico ao avistar Rick parado do lado de fora do café. Meu coração começa a bater descontroladamente no peito, enquanto o medo se apodera de mim. Instintivamente, tento trancar a porta pelo lado de dentro, na esperança de manter uma barreira entre nós, mas antes que eu possa agir, ele já está perto o suficiente para me impedir.
Meus dedos tremem ao tentar trancar a porta, mas o desespero cresce dentro de mim quando percebo que não consigo impedir que ele entre. A sensação de impotência me domina enquanto Rick se aproxima, sua presença sinistra pairando sobre mim como uma sombra ameaçadora.
Tento manter a calma, mas o medo me paralisa, prendendo minha respiração na garganta enquanto me vejo cara a cara com o homem que um dia me fez sofrer tanto. Seus olhos frios e seu sorriso malicioso me fazem tremer de terror, enquanto eu me vejo diante de um pesadelo que pensava ter deixado para trás.
— O que você está fazendo aqui, Rick? Você deveria estar longe de mim.
Seu sorriso sinistro e malicioso aparece, na medida que Rick se aproxima eu continuo a dar passos para trás.
