Capítulo 9 - Agenda cor de rosa e Confusão

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Com os pensamentos um pouco mais organizados e a convicção de eu não estava apaixonado, decido procurar por Lucy; subo até o andar da psicologia e caminho em direção a sua sala

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Com os pensamentos um pouco mais organizados e a convicção de eu não estava apaixonado, decido procurar por Lucy; subo até o andar da psicologia e caminho em direção a sua sala. Diferente da outra vez, bato em sua porta e espero uma resposta para entrar, escuto Lucy balbuciar um "entra".

Adentro a sala e vejo minha amiga deitada sobre o sofá de veludo preto, fecho a porta e caminho até a poltrona e me sento. Ficamos alguns segundos em silêncio, nós éramos tão próximos que ficarmos calados não era incomodativo. Lucy que estava com os olhos fechados, os abre e me encara, eu permanecia quieto com a cabeça apoiada em uma das mãos.

A mulher se senta e cruza os braços.

— Você está bem?

— Estou, só um pouco pensativo, Elisa voltou a residir em meus pensamentos.

Lucy se aproxima e se abaixa, apoiando as mãos em meus joelhos.

— Oh meu amigo, eu sinto muito por você. Eu sei o tanto que você se esforça para não se lembrar dela.

— Lucy, o meu coração dói tanto ao lembrar dela, só Deus sabe o quanto eu a amei.

— Ela era uma boa mulher, boa com todos, um coração imenso e generoso.

Seguro suas mãos e levo ao lábios depositando um beijo.

— Obrigado por tudo minha amiga, você é importante pra mim.

— Eu sei. — Ela diz e também beija minhas mãos. — Agora eu tenho que ir, tenho uma consulta particular. Fique bem, nos vemos depois.

Ela se levanta e apanha sua bolsa em seguida sai do consultório, fico ali sozinho, me levanto e caminho até a janela onde ficava a mesa de Lucy. Permaneço em pé observando a paisagem, as pessoas andavam sempre correndo, nem prestavam a atenção no que havia em seus arredores; outras olhando para a tela do celular o que era ainda pior.

Me viro para a mesa de Lucy e por pura curiosidade decido olhar alguns prontuários, e sem querer acabo encontrando o de Mavie.

Me sento na cadeira estofada e apanho o prontuário e começo a ler as informações.

Mavie Carson, vinte e quatro anos, morava com a mãe, padrasto e o irmão mais velho.

Certamente deveria ser o homem que esbarrou em mim na cafeteria

Continuo lendo as informações, Mavie não tinha uma relação boa com o padrasto, ao que parece ele era um homem agressivo, senti um calafrio ao ler aquilo. Faz uso de medicamentos controlados, tem transtorno de ansiedade e depressão.

Mais a baixo, ao ler as duas últimas linhas, meu coração fraquejou e um frio passou pelo meu corpo.

Tentativa de suicídio: duas.

O quão ruim deve ser a vida dela para a mesma querer se matar, o que aquela garota vem vivendo para querer dar cabo da própria vida. Respiro fundo e afasto os pensamentos ruins, termino de ler o prontuário e na parte de trás do papel, havia uma ficha com algumas informações pessoas.

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