Victor Evans é um dos cirurgiões mais bem pagos de Seattle. Um homem fechado para os sentimentos e com uma personalidade forte. Tem vivido dias de tormentas, desde quando começou a sonhar com uma mulher misteriosa.
Por coincidência do destino, exis...
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Um mês se passou desde a terrível discussão entre eu e Mavie, e cada dia que passa parece mais uma eternidade na minha alma. A ausência de Mavie pesa sobre mim como um fardo insuportável, uma dor constante que não cede nem por um momento. Toda vez que tento me aproximar, sou repelido com uma frieza que corta até os ossos, uma barreira impenetrável erguida entre nós.
Eu me pergunto o que aconteceu com o amor que nos uniu, onde se perdeu no labirinto de mágoas e desconfianças que se acumularam entre nós. Toda vez que bato à porta da casa dela, sou recebido com silêncio gelado, como se minha presença fosse um lembrete doloroso do que perdemos.
Tento me comunicar de todas as formas possíveis, mensagens, telefonemas, cartas, mas cada tentativa é em vão. Mavie se mantém distante, como se estivesse decidida a cortar todos os laços que nos ligavam. Às vezes me pergunto se ela sente metade da dor que eu sinto, se também carrega o peso do que perdemos.
É um ciclo interminável de esperança e desespero, uma dança sem fim entre o desejo de reconciliação e a dura realidade da separação. E no meio desse caos, eu me sinto perdido, incapaz de encontrar uma saída para o labirinto de emoções que me consome.
Durante aquele tempo que ficamos afastados, eu decidi que terminaria o livro que comecei a escrever sobre a garota dos meus sonhos. Eu mergulhei de cabeça na escrita do livro, deixando que as palavras fluíssem livremente do meu coração para a página. Cada frase, cada capítulo era uma ode à Mavie, uma tentativa desesperada de capturar a essência da mulher que havia dominado meus pensamentos e emoções.
Eu revivia cada momento que passamos juntos, desde o instante em que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez até o doloroso momento da separação. Cada palavra era carregada de emoção, um reflexo sincero do amor que eu sentia por ela.
Enquanto escrevia, me sentia mais próximo de Mavie, como se sua presença estivesse ali, ao meu lado, guiando minha mão e sussurrando palavras de conforto. Era como se eu estivesse criando um vínculo eterno entre nós dois, um testemunho imortal do que vivemos juntos.
Ao terminar o livro, eu senti uma mistura de alívio e tristeza. Por um lado, estava feliz por ter imortalizado minha história de amor em palavras, mas por outro, sabia que aquilo não substituiria a presença real de Mavie em minha vida.
Mesmo assim, eu guardei o livro com carinho, como um tesouro precioso, uma lembrança viva do que havíamos compartilhado. E enquanto o mundo continuasse a girar, eu sabia que o amor que sentia por Mavie permaneceria inabalável, mesmo que apenas nas páginas de um livro.
Depois de pensar muito por alguns dias, decidi que eu não iria desistir tão fácil. Me levantei da cama buscando energia naquela manhã ensolarada, tomei um longo banho e fiz a barba; aparei alguns cachos dos meus cabelos que já estavam grandes demais. Logo após o banho, visto uma roupa confortável e elegante para tentar impressionar Mavie. Passei um pouco de perfume e estava pronto.
